Dados da pesquisa “Chega de fiu fiu” revela que, no Brasil, 99,6% das mulheres já foram assediadas na rua. Dessas, 83% afirmaram não gostar da prática e 81% já deixaram de ir a algum lugar por medo de assédio.
Você já deixou de fazer alguma coisa devido ao assédio ou conhece alguém que se limite por essa razão?
- Sim. (63%, 158 Votos)
- Não. (37%, 93 Votos)
Total: 251

A violência contra a mulher vem almentando muito, pois quem sofre com esse tipo de agresão tem medo de denucia.Mais isso não é motivo de medo exsiste a lei maria da penha que protege contra esse tipo de abuso,então não vamos fica calado denucie faça sua parte.
SIM!!
Nao
sim
Desde muito jovem trabalhando com construção civil (ambiente masculino), me habituei à vestimentas discretas, deixando o glamour para minhas horas de folga e passeios. Quem me encontrava fora do trabalho sempre elogiava! Agindo com critério, evitei sempre ser alvo de comentários e observações. Eu estava lá para trabalhar. Meus dotes físicos ficaram sempre em segundo plano no trabalho. Discreta e eficiente sempre fui escalada para os mais diversos trabalhos, pois meus superiores sabiam que poderiam contar comigo em todas as situações, menos as que envolvessem seus trabalhadores em “fofocas”. Se eu pudesse orientar as jovens profissionais e executivas falaria para agirem assim e se por ventura encontrassem problemas de assedio (como eu também encontrei), enviassem àquele(a) que tenta assediar um recado bem claro sobre a atuação de cada um. As mulheres começam por sentirem-se lisonjeadas e depois ficam em situações complicadas, tanto com colegas como com seus superiores!
Ficou complicado responder a enquete, pois eu nunca me deixei intimidar pelo assédio (não fazer tal coisa porque “sou mulher”) mas conheço muitas que se limitam. minha resposta correta é nao(nunca deixi de fazer algo) e sim (conheço muitas q se limitam)
Os homens, as mulheres e o assobio
Fabio Hernandez, 9 ago 2013
“A maior homenagem que podemos fazer a uma garota é assobiar para ela”, diz Fabio Hernandez.
Muitas só percebam a grandeza do tributo quando o silêncio substituí o frêmito
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Lembro um livro de Milan Kundera.
O título me foge e, para ser sincero, o enredo também. Mas uma passagem jamais me saiu da cabeça. É a dor de uma mulher atraente e provocadora no dia em que, pela primeira vez, um grupo de homens que sempre assoviavam quando ela passava fica em silêncio indiferente.
O choque de perceber que deixara de ser uma mulher que fazia os homens olharem para trás.
E que não havia nada capaz de mudar isso.
Sempre existe esta hora em que o mundo desmorona. A única escolha que temos é aceitar ou nos revoltarmos. Melhor a primeira alternativa, embora nem sempre viável.
“Não se agaste contra as circunstâncias”, escreveu Marco Aurélio, o rei filósofo, em suas Meditações. Às vezes, não conseguimos isso por mais que tentemos seguir as lições dos sábios. Montaigne, que tanto dissertou sobre como devemos encarar a morte, ficou desesperado quando seu maior amigo morreu. “Éramos dois, e agora me sinto meio”, escreveu.
No caso específico da mulher na situação descrita por Kundera. Me pergunto se há coisa mais fascinante para uma mulher do que atrair assovios de homens na rua. Talvez, imagino, muitas não se deem conta do tamanho dessa homenagem masculina às vezes tosca e grosseira.
E só percebam a grandeza do tributo no dia em que o silêncio substituí o frêmito.
Primeiramente gostaria de parabenizar o COEP pela publicação.
Creio que hoje vivemos a chamada “objetificação nociva”, ela consiste em “tornar” um objeto ou produto outro alguém porém, mesmo que indiretamente, a pessoa objetificada sente-se “fora da sua zona de conforto”. O estereótipo pré-concebido dos gêneros ainda é muito presente em nossa sociedade. As discussões são muito atuais.
Gostaria de trazer uma pesquisa bem coerente, realizada pelo coletivo “Juliana Kenski”, na qual foram ouvidas 7.762 mulheres e, dentro desse número 90% relataram o incômodo com atos que se configuram em assédios. Os assédios são descritos como atos simples, que vão desde um assobio, até formas de abuso extremas.
Questionadas sobre o “fiu fiu”, apenas 17% das mulheres disseram gostar.
Por fim, hoje é passível recorrer à Justiça por tais atos e isso não se restringe somente às mulheres mas, a todos aqueles que se sentirem incomodados. Atos obscenos, ofensas contra a dignidade, injúria, agressões, são passíveis de multa e detenção.
naotol com cigietra