A ideia de produzir alimentos nos grandes centros em que são consumidos vem se tornando uma tendência mundial. A agricultura urbana representa não somente uma forma de garantir a segurança alimentar de populações em vulnerabilidade social, como a possibilidade de se criar oportunidades para geração de trabalho e renda.
Muitos outros benefícios podem ser listados com essa iniciativa – que precisa apenas encontrar um espaço na cidade e pessoas dispostas e aptas a plantar -, como a aproximação e o convívio social dos envolvidos, o consumo mais consciente, que privilegie alimentos livres de agrotóxicos, e o processo produtivo próximo ao consumo, evitando assim impactos ambientais e custos de transportes.
Nesta entrevista, o engenheiro agrônomo e coordenador do Centro de Referência em Agricultura Urbana e Periurbana, ligado à Universidade Estadual de Maringá, Ednaldo Michellon, conta como é o projeto de implantação de hortas em comunidades e escolas da região metropolitana de Maringá, e seus benefícios para as comunidades envolvidas.
Rede Mobilizadores – O que é o Centro de Referência em Agricultura Urbana e Periurbana? Qual seu principal objetivo?
R.: O Centro de Referência em Agricultura Urbana e Periurbana, ligado à Universidade Estadual de Maringá (Ceraup/UEM), tem como objetivo fundamental promover e assegurar a segurança alimentar e nutricional, bem como contribuir para o processo de desenvolvimento regional sustentável em várias frentes. De forma pontual, representa a entrega à comunidade de um instrumento de assistência técnica e extensão rural (ATER*1) numa linha humanizadora. Também realiza dias de campo, reuniões, cursos de capacitação e outros, focados na agroecologia, entre várias atividades de acompanhamento do público beneficiário.
Rede Mobilizadores – Como começou o trabalho em torno da agricultura urbana? O que o despertou para esta prática?
R.: A necessidade de se produzir alimentos saudáveis para alimentação própria e venda do excedente foi o “impulso” para o trabalho nessa área, principalmente nas regiões metropolitanas, que têm uma grande população em situação de risco. Em outras palavras, o despertar para essa prática foi motivado pela necessidade de dar condições às famílias de baixa renda da região metropolitana de Maringá (RMM), para que elas pudessem produzir seu próprio alimento de maneira saudável, sem o uso de agrotóxicos. Além disso, essas famílias podem conseguir uma renda extra, com a venda do excedente da produção. Isto torna possível uma reeducação alimentar e uma capacitação, não somente do público envolvido diretamente na iniciativa, como também de toda população que se localiza ao redor desses espaços de agricultura urbana.
Rede Mobilizadores – Como foi criado o projeto? Quando e em que locais já foi implantado? As ações são voltadas para que tipo de público?
R.: O Centro de Referência em Agricultura Urbana e Periurbana foi criado por meio de convênio realizado com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), e vem atuando, desde 2008, prestando assistência às famílias que buscam seu protagonismo, por meio de atividades produtivas nos municípios da região metropolitana de Maringá. Este projeto procura dar condições às famílias mais necessitadas da região e já coordenamos a instalação de cerca de 30 hortas em diferentes comunidades. As hortas são geralmente instaladas em comunidades da periferia da região de Maringá, em situação de vulnerabilidade social.
Rede Mobilizadores – Quantas pessoas participam diretamente do projeto e quantas são beneficiadas? Qual é o destino dos alimentos produzidos?
R.: Participam diretamente do projeto 13 pessoas, incluindo o coordenador, quatro profissionais e oito estagiários, dos cursos de Pedagogia e Agronomia. O Ceraup/UEM tem trazido muitos benefícios para aproximadamente 800 famílias que fazem parte do Programa de Agricultura Urbana e Periurbana, implantado na região metropolitana, com investimentos conseguidos no MDS, na sua fase inicial. Como exemplo, tem-se a presença dos profissionais e estudantes no trabalho de ATER e também atuação organizacional e de logística local e regional. Os alimentos produzidos pelas famílias beneficiadas são vendidos diretamente na horta ou em mercados e restaurantes próximos. Há ainda famílias que produzem os alimentos para serem doados ou somente para consumo próprio.
Rede Mobilizadores – Quais os principais resultados obtidos com o projeto?
R.: Dentre os vários resultados alcançados, vale ressaltar a notória melhoria na qualidade de vida das pessoas beneficiadas, incluindo saúde física e emocional, por meio de uma alimentação mais saudável e prática de exercícios físicos, através do trabalho nas hortas. Ou seja, o trabalho nas hortas também serve como terapia e lazer para as famílias beneficiadas. E, ainda, por meio desse trabalho, a comunidade pode se integrar e se motivar, o que gera uma grande articulação de ideias, beneficiando o convívio social comunitário, além de contribuir para a melhoria socioeconômica.
Rede Mobilizadores – Quais os benefícios da implantação de hortas em comunidades e escolas? E quais as principais dificuldades?
R.: A nossa análise do projeto “Hortas escolares como instrumento de promoção da segurança alimentar e nutricional nas escolas municipais de Paiçandu-PR” se deu em nível local, ou seja, na turma escolar, pois trabalhamos apenas com uma turma em cada escola. A horta escolar foi, acima de tudo, um local de convivência onde as pessoas se conheceram melhor por meio da troca de experiência em várias áreas do saber e do viver. Ela teve uma função paisagística, pois é possível encontrar escolas com áreas vazias e nem sempre limpas. Geralmente, estes espaços são utilizados como depósitos de entulhos, onde as plantas daninhas crescem. Quando construímos a horta, temos um espaço organizado, com manutenção e limpeza frequentes, tornando o ambiente agradável.
A horta escolar criou um clima de organização e responsabilidade dentro da turma porque, cada indivíduo, ao ter uma função na construção desse projeto, passa a assumir uma postura responsável dentro do grupo. Além disso, percebe-se uma conduta diferente nos alunos que participam, como por exemplo, de não jogar lixo no chão, separar as verduras dos outros alimentos na hora do lanche, ser mais consciente quanto à coleta seletiva, entre outros. Uma horta escolar, se mantida pela escola toda, poderia manter a produção de vegetais demandados na alimentação escolar, embora esta não seja sua função principal. Sabe-se que há um custo fixo diário, por criança, com a merenda escolar, que é financiado pelo Estado. Se a escola reduzir esse custo com a produção de vegetais, poderia utilizar essa diferença na aquisição de outros itens, como por exemplo, frutas. A horta escolar é também um espaço lúdico de aprendizado, o que é uma forma de desenvolver a criatividade, os conhecimentos, através de jogos, música e dança. O intuito é educar, ensinar, permitir que as crianças se divirtam e interajam uma com as outras.
A horta escolar também é um ambiente de recreação, pois nela há um contato direto com o sol, com a sombra das árvores, com a terra nua sob os pés, etc. Neste local, as crianças têm a oportunidade de se comportarem como crianças. Como tem sido observado, em muitas brincadeiras de pega-pega as crianças ficam correndo ao redor da horta, por exemplo. Talvez essa seja uma das principais dificuldades em se fazer hortas escolares, pois alguns professores perdem o controle da turma, e acabam desistindo da horta; não veem que isso é importante para o desenvolvimento dos alunos.
Percebemos ainda que alguns pais de crianças que participam do projeto têm proibido seus filhos de participarem de atividades que as exponham a algum tipo de sujeira ou acidente. Quando essas crianças estão na horta escolar descobrem um mundo desconhecido de liberdade e divertimento, e acabam extravasando suas energias. Em algumas escolas, presenciamos crianças que ficam completamente marrons de terra, após o plantio na horta, e depois vão tomar banho sob a torneira.
Muitas amizades são criadas na horta escolar, e, em alguns casos raros, inimizades também. Ademais, a horta escolar cria um clima de confraternização, e isso é levado para a sala de aula. Temos observado alunos ajudando uns aos outros nas atividades da horta. Nos exemplos ruins, alunos jogam carrapicho ou terra nos demais, outros ficam se empurrando. Mas esses exemplos negativos são a minoria.
Em alguns casos, os alunos criaram uma ligação sentimental com a horta e, diariamente, tomaram a iniciativa de cuidar do local, observando o desenvolvimento das plantas, o que mudou de um dia para o outro. A chegada dos estagiários do projeto causava grande euforia na turma, com aplausos, exaltações, abraços, etc. Além disso, alguns alunos realmente melhoraram sua alimentação e levaram a motivação e os conhecimentos para a família.
Mas, também são diversas as dificuldades na implantação de um projeto de hortas escolares:
– Comportamento das crianças: como os professores estão acostumados a trabalhar entre quatro paredes, na sala de aula, onde o espaço é limitado e todos podem ouvi-los, quando saem para a horta, não conhecem uma forma de administrar a turma, e acabam perdendo o controle. Isso acontece principalmente em turmas com mais de 20 alunos;
– Falta de conhecimento técnico: é raro encontrarmos professores que sabem como cultivar uma horta;
– Pessoal para construir a horta: alguns trabalhos de construção da horta dependem de força bruta, como preparar os canteiros, por exemplo. E pouca gente se dispõe a isso;
– Uso de insumos específicos: uma horta necessita de sementes, mudas, enxadas, irrigação, etc. E, em geral, as escolas não dispõem desse material;
– Formação dos professores: mais diretamente, os estagiários de Pedagogia do CERAUP/PROEXT, relataram que, em seus cursos, não aprendem a trabalhar com a horta como instrumento pedagógico;
– Professores interessados: poucos se interessam em trabalhar na horta escolar, por diversas razões, como salários baixos, trabalham em mais de uma escola, não sabem como fazer, etc.
– Pais dos alunos: alguns são contra o projeto, pois vão reclamar na escola quando seus filhos voltam sujos para casa, ou quando desprezam o que os alunos aprendem sobre o projeto. Esses casos ocorreram com baixa frequência, mas vale a pena citar.
Rede Mobilizadores – Que mudanças puderam ser sentidas nas comunidades depois da implantação do projeto?
R.: Além das questões já respondidas anteriormente, uma horta bem conduzida cria uma boa atmosfera em seu entorno, pois as pessoas sentem prazer em falar de uma boa paisagem, de alimentos naturais, e sentem-se orgulhosas quando veem os filhos produzindo algo mais sólido.
Rede Mobilizadores – Nas escolas, os alunos são envolvidos na implantação e manutenção das hortas? Como se dá essa participação?
R.: Sim, nas atividades mais leves, como por exemplo: plantio de sementes e mudas;
cobertura do solo com matéria seca; irrigação; colheita; retirada do mato; cercamento da horta. Essas atividades se dão através de escalonamento, ou então, em fila, onde cada aluno faz um pouco do trabalho.
Rede Mobilizadores – O projeto pode ser replicado em outras comunidades? O que é necessário para isso?
R.: Sim, o projeto pode ser replicado em outras comunidades e para isso é necessário que exista uma equipe formada pelos seguintes profissionais:
– Engenheiro Agrônomo: que ensinará os professores a trabalhar com hortas urbanas e fará os projetos;
– Colaborador braçal: construirá a horta;
– Professor interessado: profissional com perfil inovador, que queira aprender a trabalhar com a horta escolar como instrumento pedagógico;
– Apoio da diretoria da escola e da Secretaria da Educação: para a aquisição de insumos e ferramentas.
Em suma, sem o desprendimento e a vontade de trabalhar não se vai longe com uma horta escolar.
*1 – A Lei de Ater (12.188/2010) instituiu a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pnater) e o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária (Pronater) e define os princípios e os objetivos dos serviços prestados. Para o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o principal objetivo dos serviços de assistência técnica e extensão rural (Ater) é melhorar a renda e a qualidade de vida das famílias rurais, por meio do aperfeiçoamento dos sistemas de produção, de mecanismo de acesso a recursos, serviços e renda, de forma sustentável.
Entrevista para o Eixo de Meio Ambiente, Clima e Vulnerabilidade
Concedida à: Flávia Machado
Editada por: Eliane Araujo
Muito importante essa ação. Entretanto parece-me que faltam Nutricionistas para elevar as propostas; afinal esse profissional é fundamental para pensarmos na qualidade de vida nutricional da população.
A matéria é muito boa!Porém fica uma critica construtiva ao projeto, que é tentar a inserção do profissional de Nutrição nessas atividades também, pois a visão destes poderia contribuir bastante para o desenvolvimento das atividades.
há uma cultura a ser implementada, que é a da responsabilidade pelo ambiente e também o conhecimento precisa ser regatado, para que o caminho da horta ao prato seja encurtado.E no sentido contrário, o reaproveitamento das sobras, a distribuição dos excedentes, os cuidados naturais com as pragas, que fatalmente aparecerão, são conhecimentos que tem se perdido com o exodo rural, em que o individuo está cada vez mais distante da terra e desconhece o tempo de cada processo produtivo.Só o desprendimento e a vontade são pouco para manter uma horta funcionando.Persistência e resultados concretos devem ser cobrados e “cases” de sucesso divulgados. A produtividade, a qualidade e incentivos(reconhecimento), vão além da vontade dos individuos. As organizações tembém devem participar.
A entrevista de Michellon nos aponta um aspecto da agricultura que vem sendo sufocado pelo agronegócio: o lado humanitário. Esse projeto vai além do oferecer recursos para uma alimentação saudável e segura. Uma horta, seja comunitária ou escolar é sempre um espaço onde as pessoas se sentem em co-pertencimento devido à colaboração entre elas.
É gratificante tomar conhecimento dessas iniciativas.
A experiência retrata um ambiente muito propício para alterar a cultura hegemônica de produção de alimentos, baseada em grandes monoculturas distante muitas vezes do local de consumo. As escolas, enquanto espaços de aprendizagens e integração, tem condições únicas para organização de experiências demonstrativas com grande poder de sensibilização de toda comunidade escolar (professores, funcionários, pais e comunidade no geral).
Muito interessante e proveitosa a matéria. Estimular as crianças e incluir a comunidade, direta ou indiretamente, é tudo de bom. Mas o meu grande desafio está sendo fazer a horta praticamente sem espaço físico adequado e fazendo da garrafa pet uma grande aliada no desenvolvimento do trabalho com as crianças. Gostaria de obter mais informações para este tipo de situações.
muito bom nossa estou bolando umas idéias aqui pra minha ETEC
O agrônomo Ednaldo Michellon me encantou quando disse “Dentre os vários resultados alcançados, vale ressaltar a notória melhoria na qualidade de vida das pessoas beneficiadas, incluindo saúde física e emocional, por meio de uma alimentação mais saudável e prática de exercícios físicos, através do trabalho nas hortas. Ou seja, o trabalho nas hortas também serve como terapia e lazer para as famílias beneficiadas”. Como na minha prática de ambulatório oriento o uso de vegetais e atividade física como meio de melhora de qualidade de vida, a possibilidade de que a horta urbana sirva inclusive para a prática de atividade física, veio somar. Excelente a entrevista.
Graça.
Excelente exemplo e projeto!Concordo plenamente com todas as questões abordadas com relação a realização de hortas escolares, urbanas e seus benefícios para as pessoas em todos os âmbitos.Dificuldades temos em tudo né, temos que conseguir enxergar o maior, o positivo e não desistir, acho que a força de vontade é essencial e com certeza mobiliza as pessoas,e assim o conhecimento chega a todos e as mudanças vão acontecendo. Que em muitos lugares possam ter esses projetos sempre e poderemos divulgar mais e mais!
É muito importante a implantação de horta comunitária, na escola. Imaginem só poder ensinar ás crianças desde pequenqas a importância de cultivar a terra e produzir seus próprios alimentos. Eu já tive essa experiência na escola em que a minha neta estudava. No pátio tinha um pequeno espaço e a Diretora da escola era a primeira a incentivar ás crianças a plantar verduras, que depois de crescidas serviam para ajudar na merenda escolar. Eu mesma por diversas vezes mandei mudinhas de couve, alface e outras para eles plantarem, adorava ver o entusiasmo deles ao verem que as plantinhas estavam crescendo. Penso que esse tipo de iniciativa deveria fazer parte do programa escolar. Também em comunidades carentes esse tipo de projeto precisa ser desenvolvido, como forma de geração de trabalho e renda.
Muito importante a abordagem do professor e engenheiro, Ednaldo Michellon, coordenador do Centro de Referência em Agricultura Urbana e Periurbana, da Universidade de Maringá na entrevista sobre Agricultura Urbana: Alimentos saudáveis e benefícios para as comunidades.
O professor apresenta o relato de um projeto prático de Agricultura Urbana com características interessantes, pela participação da universidade, comunidades e escolas. As duas ações, horta familiar e a escolar, são interessantes, pois, compreendem o processo de conscientização, educação ambiental, produção e consumo de alimentos saudáveis e formam um circulo de formação produção. Além das vantagens elencadas como os aspectos da saúde física, emocional, terapêutico, estético e paisagístico, e envolvimento social e comunitário.
Sem dúvida é uma bela experiência, que possibilita a troca de informações e estimula as novas iniciativas de ações nesse tipo de trabalho, que além de tudo é prazeroso, lúdico e saudável.
O professor, também relata um aspecto importante, que são as dificuldades encontradas devido a falta ou perda da cultura tradicional. Sabemos, que nem tudo são flores ou frutos. É necessário, um trabalho (braçal e mental) para se chegar a uma visão mais holística, uma atitude mais responsável para encontrar uma forma de desenvolvimento mais sustentável.
Mas, o trabalho é desafiador e ao mesmo tempo empolgante porque os resultados aparecem; a natureza responde melhor quando as ações são coerentes e as pessoas percebem e começam a valorizar esse resultado, porque reconhecem que a prática predominante hoje em dia é predatória.
São pequenas iniciativas, que a princípio parecem sem importância, mas que se somadas as inúmeras ações que estão crescendo em número e qualidade de abordagem, irão proporcionar uma revolução verdejante, pacífica e saudável nas cidades, acredito.
João Maria Lopes
Gostei muito de ler sobre a horta escolar. O fato é que quando lidamos com pessoas, nós encontramos as barreiras pessoais de cada indivíduo e consequentemente a resistência ao novo e às mudanças. A área de educação me atrai muito. Achei muito interessante trabalhar a horta como instrumento pedagógico. Imagino o benefício na saúde física e emocional para uma criança quando ela vivencia o trabalho com a horta, quando ela vivencia uma fase que hoje prefere-se evitar porque “dá trabalho”. Muitas pessoas importantes na educação de uma criança preferem a criança dentro de casa em frente a uma tv, computador e ou similar do que correndo, brincando,interagindo pessoalmente com outras crianças, vivenciando a sua energia e criatividade de forma saudável. realmente é necessário uma preparação e um esforço maior para trabalhar assim mas eu acho que a recompensa é muito maior, que o resultado é muito melhor e perene. A criança aprende e multiplica em seu ambiente social todos os benefícios citados no texto acima. Quanto ao lado “difícil”, ele faz parte e só torna mais valiosa a conquista.
Olá,
Supervisiono estagiários na área de Nutrição Social e estou tendo algumas experiências exitosas com a implantação de horta, devido a questões espaciais estamos começando com hortas suspensas em creches,escolas e uma clínica psiquiátrica, espero que o curso posso acrescentar ainda mais ao que ja estamos construindo. Abraços!
Parabéns pela matéria e com certeza muito educativa também, eu acho fundamental essa questão do incentivo a produção das hortas escolares. E um importante instrumento, que pode ser utilizado pela administração publica, com parceria de empresas privada, de produzir alimentos de boa qualidade e com custo reduzido e garantindo a segurança alimentar nas escolas.
Em relação às dificuldades na implantação de um projeto de horta escolar, devemos em primeiro lugar ver quais as possibilidades que temos em relação a logística e infraestrutura local, pesquisar quais os programas que a prefeitura dispõe e busca parceiros realmente interessados em participar do projeto.
Agradecido Ednaldo Michellon, Flávia Machado e Eliane pelo material inclusive por ter citado as dificuldades que devem ser superadas pra que se tenha sucesso, isto demonstra a seriedade e responsabilidade com o tema exposto. Mas o desprendimento e a vontade de trabalhar também resultam em uma horta escolar produtiva e com os alunos conscientes da cidadania e do poder que reside na capacidade de poder produzir seu próprio alimento de forma sustentavel.