<div>
<span style=”font-size:12px;”>De acordo com Gl&oacute;ria Moreira, o modelo de desenvolvimento da forma como est&aacute; implantado, espelhado no desenvolvimento industrial europeu e americano, dominado por empresas multinacionais e orientado pelas atividades do mercado, n&atilde;o pode ser identificado como aquele que pode conduzir a um desenvolvimento sustent&aacute;vel.</span></div>
<div>
&nbsp;</div>
<div>
<span style=”font-size:12px;”>Gl&oacute;ria defende o chamado desenvolvimento humano dur&aacute;vel, baseado na distribui&ccedil;&atilde;o de renda, na educa&ccedil;&atilde;o ambiental, no exerc&iacute;cio da liberdade de express&atilde;o e no pleno acesso ao conhecimento oferecido por uma escola de qualidade. Sem isso, ser&aacute; praticamente imposs&iacute;vel realizar mudan&ccedil;as nos padr&otilde;es de produ&ccedil;&atilde;o e se buscar um desenvolvimento mais apropriado &agrave; realidade.</span></div>
<div>
&nbsp;</div>
<div>
<span style=”font-size:12px;”>&Eacute; preciso, portanto, que a sociedade oriente suas a&ccedil;&otilde;es no sentido de buscar, n&atilde;o um enriquecimento industrializado e agressivo &agrave; natureza, mas uma forma de conviv&ecirc;ncia humana que possibilite a todos usufruir do que o meio natural oferece e frear as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas. Neste sentido, a educa&ccedil;&atilde;o ambiental &eacute; um pr&eacute;-requisito fundamental.</span></div>
<div>
&nbsp;</div>
<div>
<span style=”font-size:12px;”>Segundo Gl&oacute;ria, a pobreza e a degrada&ccedil;&atilde;o ambiental s&atilde;o consequ&ecirc;ncias do modelo de desenvolvimento tradicional imperante. E, deste ponto de vista, os grupos pobres considerados poluentes fazem parte de uma grande parcela da popula&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o tem acesso &agrave; informa&ccedil;&atilde;o sobre meio ambiente, e que, portanto, pode provocar consequ&ecirc;ncias desastrosas do ponto de vista ambiental ao migrarem para periferias e favelas de grandes cidades, com alta densidade populacional, e onde os h&aacute;bitos s&atilde;o bastante diferentes daqueles de suas comunidades tradicionais.</span></div>
<div>
&nbsp;</div>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Mobilizadores COEP – <b style=”font-size: small;”>Quais os pressupostos para um desenvolvimento sustent&aacute;vel e no que ele difere dos modelos de desenvolvimento tradicionais?</b></span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”><b style=”font-size: small;”>R.:</b> Inicialmente, gostaria de chamar a aten&ccedil;&atilde;o para alguns aspectos, que, no meu entender, s&atilde;o poucas vezes levados em conta, ou ficam apagados diante das preocupa&ccedil;&otilde;es relacionadas com as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas. Em primeiro lugar, como diz Edgar Morin, n&oacute;s somos habitantes de um planeta (ele &eacute; a nossa casa) e, todos, fazemos parte de um s&oacute; povo, a Humanidade. Independentemente da origem que tenhamos tido, das cren&ccedil;as que professemos, dos h&aacute;bitos que tenhamos, somos iguais, devemos ter as mesmas oportunidades, precisamos nos alimentar, nos proteger das intemp&eacute;ries, ser felizes.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Em segundo lugar, estamos, hoje, dentro de um processo, que chamamos de Globaliza&ccedil;&atilde;o e que corresponde &agrave; extens&atilde;o de uma &uacute;nica cultura aos confins da Terra, a Cultura Ocidental. Sempre foi este o seu projeto de sociedade, que est&aacute; se completando. Ent&atilde;o, ao falarmos de <i style=”font-size: small;”>desenvolvimento</i>, estamos falando de um movimento que est&aacute; sendo realizado por um grupo humano (origin&aacute;rio da Europa), em dire&ccedil;&atilde;o a um objetivo que ele pr&oacute;prio tra&ccedil;ou: desenvolver-se, desenvolver suas potencialidades, estender-se por todo o planeta, na busca de um progresso, em todos os sentidos, mas, principalmente, <i style=”font-size: small;”>material</i>, pois como a regi&atilde;o de origem deste povo &eacute; fria, produzia-se, de in&iacute;cio, pouca comida durante o ano e foi com muita dificuldade e sofrimento que este grupo humano conseguiu defender-se das intemp&eacute;ries e descobriu formas de preservar os alimentos, proteger-se do frio; enfim, <i style=”font-size: small;”>sobreviver</i>. S&atilde;o exemplo disto, o presunto, as salsichas, o queijo, as compotas europ&eacute;ias. &Eacute; este mesmo grupo humano que, de tanto buscar o seu desenvolvimento, descobriu o Caminho das &Iacute;ndias, criou o m&eacute;todo cient&iacute;fico e hoje, se autodenominou Civiliza&ccedil;&atilde;o Ocidental, e n&oacute;s a denominamos Sociedade do Conhecimento, ou da Ci&ecirc;ncia e da Tecnologia.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Em terceiro lugar, n&oacute;s, os brasileiros, fazemos parte dela, pois, em 1500, este povo chegou &agrave;s nossas praias e se instalou por aqui, colonizando quem aqui estava e transferindo, para c&aacute;, a Cultura Ocidental. Repetimos exatamente, embora isto d&ecirc; resultados por vezes incoerentes, o que nos est&aacute; sendo passado desde ent&atilde;o. Exemplo disto &eacute; a afirma&ccedil;&atilde;o de que existem quatro esta&ccedil;&otilde;es no ano, ver&atilde;o, outono, inverno e primavera, quando n&oacute;s, aqui no Brasil, vivemos e convivemos apenas com duas esta&ccedil;&otilde;es, na maior parte do nosso territ&oacute;rio. N&atilde;o fosse a situa&ccedil;&atilde;o hil&aacute;ria de, no Natal, no calor do nosso ver&atilde;o, o Papai Noel ser associado &agrave; neve e tren&oacute;….</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Ent&atilde;o: a no&ccedil;&atilde;o de <i style=”font-size: small;”>desenvolvimento tradicional</i> est&aacute; ligada &agrave; ideia de expans&atilde;o do ocidente, da expans&atilde;o da industrializa&ccedil;&atilde;o, como a ela se refere Claude L&egrave;vy-Strauss, em 1976, no &uacute;ltimo cap&iacute;tulo de seu livro <i style=”font-size: small;”>Antropologia Estrutural 2</i>, em especial, na p&aacute;gina 350, num pequeno par&aacute;grafo, onde ele fala das consequ&ecirc;ncias dessa expans&atilde;o: uma &uacute;nica cultura, obviamente, muito forte (at&eacute; porque seus membros lutaram muito e se fortaleceram), cobre, com seus conhecimentos cient&iacute;ficos e tecnol&oacute;gicos, todo o planeta e vai, &agrave; medida que este processo se desenvolve, destruindo as superestruturas das outras culturas, eliminando os motivos da sua auto-estima, as raz&otilde;es simb&oacute;licas que estes outros grupos humanos teriam para viver.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Este seria, ent&atilde;o, o modelo de desenvolvimento tradicional, aquele que, antes de come&ccedil;arem a aparecer os problemas relacionados a esta expans&atilde;o e ao que se chamou de progresso, era buscado com ansiedade pelos chamados pa&iacute;ses em desenvolvimento, incluindo-se o Brasil entre eles. Agora, completado o processo, difundida a industrializa&ccedil;&atilde;o por todo o planeta, onde o Mercado tem a primazia, precisamos encontrar formas alternativas de sobreviv&ecirc;ncia, embora todos os problemas que afetaram os ocidentais no in&iacute;cio da constru&ccedil;&atilde;o da sua sociedade pare&ccedil;am estar resolvidos: produ&ccedil;&atilde;o abundante de alimentos e vestu&aacute;rio, garantia de transporte e fornecimento em todo o planeta, comunica&ccedil;&atilde;o &aacute;gil e imediata na maior parte da Terra.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
&nbsp;</p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Mobilizadores COEP &ndash; <b style=”font-size: small;”>E este processo n&atilde;o estaria dando sinais de exaust&atilde;o?</b></span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”><b style=”font-size: small;”>R.:</b> Sim. E talvez n&atilde;o seja poss&iacute;vel aplic&aacute;-lo a todos os habitantes da Terra. Foi para esta dire&ccedil;&atilde;o que Karl Marx apontou ao alertar para a exist&ecirc;ncia de uma grande maioria de seres humanos vivendo em condi&ccedil;&otilde;es de extrema pobreza. O que se vinha obtendo de progresso n&atilde;o estava sendo distribu&iacute;do equitativamente para todos os habitantes do planeta, para toda a Humanidade.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>N&atilde;o seria este o ideal? Se somos todos humanos, as vantagens e desvantagens de viver por aqui nos afetam a todos, ou deveriam nos afetar! Qualquer outro modelo de desenvolvimento que se pense deveria levar em conta os quase sete bilh&otilde;es de habitantes. &Eacute; muita coisa! Certamente, ao dividir as riquezas existentes no nosso planeta, nesta propor&ccedil;&atilde;o, a tend&ecirc;ncia n&atilde;o ser&aacute; a riqueza, mas a pobreza, ou ent&atilde;o, ser&aacute; necess&aacute;rio aprender a viver simplesmente, gastar pouco (principalmente os recursos naturais), produzir o necess&aacute;rio e n&atilde;o o sup&eacute;rfluo. Estamos bem longe disto, o processo de industrializa&ccedil;&atilde;o e o Mercado com todos os seus aparatos de produ&ccedil;&atilde;o est&atilde;o a pleno vapor.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”><span style=””>Some-se a isto o significado da pr&oacute;pria palavra desenvolvimento sustent&aacute;vel, que sugere algo que, n&atilde;o sendo j&aacute; previsto que dure, vamos tentar sustentar por algum tempo. Seria, al&eacute;m disso, interessante perguntar: desenvolver o qu&ecirc;? Para qu&ecirc;? Em qual dire&ccedil;&atilde;o? Se n&atilde;o &eacute; a tradicional &ndash; ocidental, visando &agrave; industrializa&ccedil;&atilde;o e ao mercado -, qual outra? O que queremos ser?</span></span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Existem outras propostas de desenvolvimento, como aquela de Ignacy Sachs, do Ecodesenvolvimento (quando ainda n&atilde;o se falava de Desenvolvimento Sustent&aacute;vel); existe a ideia do Desenvolvimento End&oacute;geno, no sentido de se buscar um desenvolvimento de dentro para fora, isto &eacute;, procurar encontrar, dentro das condi&ccedil;&otilde;es reais daquele grupo humano e daquele meio ambiente, um desenvolvimento mais apropriado ao seu perfil, tanto humano, quanto econ&ocirc;mico e sociocultural. Seria como responder &agrave;s perguntas acima, sem se preocupar em importar modelos externos (ex&oacute;genos). A quest&atilde;o &eacute; que n&atilde;o se procurou por modelos externos. O desenvolvimento chegou a todas as portas das culturas terrenas e, na maioria dos casos, n&atilde;o houve escolha.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Outro tipo, que &eacute; proposto por Milton Santos (no livro &ldquo;Por uma outra globaliza&ccedil;&atilde;o&rdquo;) &eacute; o desenvolvimento local: partir do que se tem como recursos, estabelecer o que se pretende, relacionado &agrave; identidade do grupo e do ambiente e criar as condi&ccedil;&otilde;es necess&aacute;rias para que se efetive, social, cultural e economicamente o crescimento desta comunidade. Chamo aqui a aten&ccedil;&atilde;o para o fato de que, se focarmos o sentido da palavra <i style=”font-size: small;”>crescimento</i> apenas no aspecto econ&ocirc;mico, estaremos, de in&iacute;cio, fadados a nos perdermos em aspectos secund&aacute;rios, desde que o humano &eacute; mais amplo, exige mais profundidade no tratamento dos problemas do que apenas a quest&atilde;o da sobreviv&ecirc;ncia. Por isso, a distribui&ccedil;&atilde;o dos recursos precisa ser universal: sen&atilde;o teremos entre n&oacute;s aqueles que est&atilde;o lutando para comer e n&atilde;o, como se espera de cada ser humano, buscando a felicidade, fruto da realiza&ccedil;&atilde;o humana.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Outro tipo, ainda, &eacute; aquele que prop&otilde;e um Desenvolvimento Humano Dur&aacute;vel, defendido por Henri B&aacute;rtoli, um intelectual franc&ecirc;s que militou nos movimentos relacionados ao campo do trabalho. Ele diz, j&aacute; de in&iacute;cio, que se trata de um novo paradigma. Eu entendo esta afirma&ccedil;&atilde;o no sentido de que um tipo de Desenvolvimento como este, sendo humano e dur&aacute;vel, n&atilde;o poderia ser calcado apenas no aspecto econ&ocirc;mico, nem dependeria de uma expans&atilde;o ocidental para ocorrer; muito menos, teria a inten&ccedil;&atilde;o de ser sustent&aacute;vel, mas que buscasse durar no sentido de promover a perman&ecirc;ncia de tudo o que se acredita ser importante para a Humanidade. Deveria levar em conta aspectos que promoveriam um desenvolvimento da pessoa humana e n&atilde;o a expans&atilde;o econ&ocirc;mica de uma cultura. Isto, certamente deveria conduzir a um movimento semelhante ao que prop&otilde;e o Desenvolvimento End&oacute;geno de Cao Tri e Pan Nhu H&ocirc;*; Henri B&aacute;rtoli mesmo trata do assunto dentro de uma perspectiva de regionalizar alguns de seus aspectos; ou ainda a uma proposta de se focar na inten&ccedil;&atilde;o de crescimento na pessoa humana e suas potencialidades e, n&atilde;o, na produ&ccedil;&atilde;o de bens e sua atua&ccedil;&atilde;o como Mercado.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
&nbsp;</p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Mobilizadores COEP – <b style=”font-size: small;”>Como o Brasil pode assegurar crescimento econ&ocirc;mico com responsabilidade social e preserva&ccedil;&atilde;o ambiental?</b></span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”><b style=”font-size: small;”>R.:</b> De in&iacute;cio, &eacute; preciso lembrar que <i>crescimento econ&ocirc;mico</i> estar&aacute; sempre associado ao que foi dito na pergunta anterior: &eacute; um projeto de uma sociedade humana determinada, que buscava sobreviver e lutava contra o meio ambiente em que estava instalada.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>N&atilde;o &eacute; o caso do Brasil. Somos um territ&oacute;rio rico em recursos naturais, em &aacute;gua, principalmente, e com todas as discrep&acirc;ncias culturais em rela&ccedil;&atilde;o ao que aqui foi implantado h&aacute; 500 anos. Mesmo assim somos um pa&iacute;s rico, desenvolvido, se a palavra n&atilde;o estivesse t&atilde;o fortemente associada &agrave; sua cultura de origem, identificando-se com ela. Ser desenvolvido &eacute; ser ocidental.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Com a no&ccedil;&atilde;o de progresso ocidental em a&ccedil;&atilde;o, agindo como modelo, fica dif&iacute;cil pensar de outra forma. Mas, podemos, agora, quando a compreens&atilde;o a respeito de certos aspectos ligados &agrave; igualdade dos seres humanos est&aacute; mais forte e, em alguns casos, at&eacute;, aplicada, orientar nossas a&ccedil;&otilde;es no sentido de buscar, n&atilde;o um enriquecimento industrializado e agressivo &agrave; natureza, mas uma forma de conviv&ecirc;ncia humana que possibilite a todos n&oacute;s usufruirmos das belezas e vantagens que nosso pa&iacute;s oferece.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Para isto, sem nenhuma d&uacute;vida, o conceito de <i style=”font-size: small;”>responsabilidade social</i> &eacute; fundamental: n&atilde;o se pode, hoje, pretender criar mecanismos de desenvolvimento seja do que for se n&atilde;o quisermos levar em conta que ele precisa ser distribu&iacute;do entre todos da comunidade humana; n&atilde;o faz mais sentido deixar seja quem for de lado. Alerte-se, no entanto, que, neste caso, ao distribuir, a quantidade que cabe a cada um vai diminuir: n&atilde;o teria sido por isso que as classes dominantes mantiveram uma grande parcela da popula&ccedil;&atilde;o fora dos processos econ&ocirc;micos e sociais? Para poderem enriquecer? Sen&atilde;o n&atilde;o seria poss&iacute;vel! Consciente ou inconscientemente, foi o que fizeram.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”><span style=””>Uma coisa &eacute; preciso afirmar: o Brasil &eacute; um pa&iacute;s rico, de grandes potencialidades. Dispomos de recursos naturais ainda intocados e at&eacute; desejados por outros. Precisamos encontrar meios de negociar a nosso favor, de estabelecer prioridades para n&oacute;s e criar medidas de prote&ccedil;&atilde;o para que n&atilde;o aconte&ccedil;am movimentos indesej&aacute;veis por parte daqueles que, em nome de um desenvolvimento econ&ocirc;mico, criem em nosso pa&iacute;s, as condi&ccedil;&otilde;es de destrui&ccedil;&atilde;o que se pode constatar em outras regi&otilde;es do planeta, mesmo na Europa, onde o meio ambiente est&aacute; superutilizado h&aacute; s&eacute;culos, remanejado, reciclado, exaurido. E n&oacute;s ainda temos espa&ccedil;os totalmente virgens!</span></span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Embora n&oacute;s, cidad&atilde;os, possamos fazer de nossa parte o que entendemos dever fazer (a&iacute; estou me referindo aos diversos pap&eacute;is que muitas vezes temos que exercer na sociedade e precisamos faz&ecirc;-lo com consci&ecirc;ncia ambiental), &eacute; o governo que tem a responsabilidade de garantir uma autonomia no que diz respeito ao que fazer pela preserva&ccedil;&atilde;o do nosso meio ambiente, t&atilde;o rico e diverso, &agrave; soberania sobre o nosso territ&oacute;rio, &agrave; utiliza&ccedil;&atilde;o dos recursos de nossa biodiversidade para nosso pr&oacute;prio bem.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
&nbsp;</p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Mobilizadores COEP – <b style=”font-size: small;”>O que seria preciso mudar nos atuais padr&otilde;es de produ&ccedil;&atilde;o e de consumo para assegurarmos um desenvolvimento sustent&aacute;vel ao nosso pa&iacute;s? Como &eacute; poss&iacute;vel introduzir as necess&aacute;rias mudan&ccedil;as?</b></span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”><b style=”font-size: small;”>R.:</b> Muita coisa. O modelo de desenvolvimento, da forma como est&aacute; implantado, espelhado no desenvolvimento industrial europeu e americano, dominado pelas empresas multinacionais e orientado pelas atividades do Mercado, certamente n&atilde;o pode ser identificado como aquele que pode conduzir a um desenvolvimento sustent&aacute;vel (no caso de se aceitar esta denomina&ccedil;&atilde;o como a v&aacute;lida).</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>O que vai ser expresso aqui pode ser tomado como muito idealista, mas n&atilde;o estamos fazendo mal a ningu&eacute;m ao faz&ecirc;-lo:</span></span></p>
<ol style=”FONT-FAMILY: Verdana” type=”a”>
<li>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”><span style=””>a cultura ocidental, e a sociedade dela decorrente, cresceu com a ideia de progresso, impondo a si mesma uma exig&ecirc;ncia de produ&ccedil;&atilde;o intensa, desde que se precisava prover a uma popula&ccedil;&atilde;o numerosa, do necess&aacute;rio para viver (isto, claro, nos prim&oacute;rdios dela, mas ficou nos seus mecanismos inconscientes relacionados &agrave; ansiedade pela sobreviv&ecirc;ncia). Logo, o modelo de produ&ccedil;&atilde;o, os padr&otilde;es de produ&ccedil;&atilde;o que orientam o funcionamento desta sociedade n&atilde;o s&atilde;o aplic&aacute;veis a um pa&iacute;s rico em recursos naturais e energia como o nosso. Sen&atilde;o, n&oacute;s estaremos atendendo &agrave;s necessidades dos outros e n&atilde;o &agrave;s nossas, n&atilde;o &eacute; mesmo?</span></span></span></li>
</ol>
<ol start=”2″ style=”FONT-FAMILY: Verdana” type=”a”>
<li>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”><span style=””>Quando eles aqui chegaram, j&aacute; viviam, em nossas terras, popula&ccedil;&otilde;es inteiras, convivendo harmoniosamente com o meio ambiente, pois, aqui, n&atilde;o havia guerra dos seres humanos com a natureza. </span></span></span></li>
</ol>
<ol start=”3″ style=”FONT-FAMILY: Verdana” type=”a”>
<li>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”><span style=””>Seria necess&aacute;rio encontrar um meio termo entre estes dois modelos: um, de produ&ccedil;&atilde;o intensa de bens de consumo; outro, de compreens&atilde;o da falta de necessidade de se produzirem coisas para serem consumidas e gerarem lucros para uma pequena parcela da popula&ccedil;&atilde;o humana…haja vista que, entre os ind&iacute;genas brasileiros, a maior parte das culturas tinha uma estrutura comunit&aacute;ria, onde ningu&eacute;m tem mais vantagem que o outro em nada. E foi assim, durante mil&ecirc;nios, pois parece que h&aacute; mais de quinze mil anos, se viveu assim por aqui.</span></span></span></li>
</ol>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Deixando o idealismo de lado e voltando &agrave; realidade concreta, precisa haver a distribui&ccedil;&atilde;o de renda; a Educa&ccedil;&atilde;o Ambiental, desde a mais tenra idade; o pleno exerc&iacute;cio da liberdade de express&atilde;o; o direito ao acesso ao conhecimento universalizado, oferecido por uma escola de qualidade, onde os professores sejam valorizados, bem formados, bem pagos e respeitados. Sem uma escola e um Sistema Nacional de Educa&ccedil;&atilde;o com objetivos e metas bem definidos neste sentido, ser&aacute; quase imposs&iacute;vel realizar mudan&ccedil;as nos padr&otilde;es de produ&ccedil;&atilde;o e se buscar um desenvolvimento mais apropriado &agrave; nossa realidade.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>A curto prazo, isto &eacute;, enquanto a Educa&ccedil;&atilde;o proposta acima n&atilde;o faz seus efeitos (e isto n&atilde;o &eacute; de um dia para o outro), o recurso a <i style=”font-size: small;”>pol&iacute;ticas p&uacute;blicas</i> direcionadas no sentido de se obterem comportamentos mais adequados &agrave; preserva&ccedil;&atilde;o do meio ambiente, &agrave; despolui&ccedil;&atilde;o das &aacute;guas e &agrave; preserva&ccedil;&atilde;o dos nossos mananciais aqu&iacute;feros, &agrave; reutiliza&ccedil;&atilde;o de recursos renov&aacute;veis, precisa ser meta dos governos, tanto federal, quanto estadual e, principalmente, municipal. Estou me referindo a campanhas, propostas de programas federais, estaduais e municipais, onde a popula&ccedil;&atilde;o seja solicitada, n&atilde;o s&oacute; a participar, mas a mostrar mudan&ccedil;a em seus comportamentos. O Amigos da Escola &eacute; uma coisa deste tipo. A coleta seletiva do lixo, ainda muito pouco divulgada, outra.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Muito do que se sabe sobre polui&ccedil;&atilde;o poderia ser evitado se a Educa&ccedil;&atilde;o Ambiental estivesse associada &agrave; responsabilidade social, &agrave; consci&ecirc;ncia da cidadania, aos conselhos comunit&aacute;rios em suas delibera&ccedil;&otilde;es a favor de medidas mais adequadas &agrave; preserva&ccedil;&atilde;o ecol&oacute;gica, nos munic&iacute;pios. A comunidade, se quiser, pode tomar conhecimento e evitar muito do que, por ignor&acirc;ncia e falta de consci&ecirc;ncia dos seus pr&oacute;prios membros, ocorre, nos mais distantes lugares, deste nosso pa&iacute;s de dimens&otilde;es continentais. E, quem quer fazer errado, &eacute; claro, vai procurar evitar a publicidade, o protesto, o afrontamento com quem defende o meio ambiente; e continuar&aacute; fazendo, se n&atilde;o for impedido por um grupo de pessoas que sabe o que est&aacute; defendendo. Sem viol&ecirc;ncia, claro! Viol&ecirc;ncia gera viol&ecirc;ncia.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
&nbsp;</p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Mobilizadores COEP – <b style=”font-size: small;”>Muitos estudiosos apontam a pobreza como uma das principais causas e uma das principais conseq&uuml;&ecirc;ncias dos problemas ambientais. Como voc&ecirc; analisa esta rela&ccedil;&atilde;o pobreza/problemas ambientais?</b></span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”><b style=”font-size: small;”>R.:</b> Esta &eacute; uma das muitas armadilhas colocadas para nossa ingenuidade cair nelas. Eu perguntaria: os interesses de quem estes estudiosos est&atilde;o defendendo? Como acusar a pobreza de ser a causa dos problemas ambientais, se todos n&oacute;s sabemos, atrav&eacute;s dos meios de comunica&ccedil;&atilde;o de massa, que &eacute; o processo de industrializa&ccedil;&atilde;o um dos principais culpados? Tanto na produ&ccedil;&atilde;o de subst&acirc;ncias poluentes lan&ccedil;adas no ar, como a polui&ccedil;&atilde;o das &aacute;guas dos rios, quanto em rela&ccedil;&atilde;o ao aquecimento global (n&atilde;o fosse apenas pela atividade continuada de suas caldeiras pelo mundo afora, mais a atividade de todos os motores dos ve&iacute;culos que est&atilde;o ligados, consumindo petr&oacute;leo em todo o planeta, e por a&iacute; vai!).</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>O problema da pobreza pode, sim, se manifestar em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; polui&ccedil;&atilde;o ambiental, quando as comunidades, tendo sido for&ccedil;adas a abandonar seus locais de origem ou a conviver com uma ind&uacute;stria poluente e com a degrada&ccedil;&atilde;o ambiental que esta provoca, n&atilde;o tendo acesso &agrave; escola, &agrave; informa&ccedil;&atilde;o sobre o que ocorre bem pr&oacute;ximo de si, vai se utilizando deste cen&aacute;rio polu&iacute;do e degradado para prover seus meios de sobreviv&ecirc;ncia. &Eacute; o caso daqueles que vivem dos lix&otilde;es das grandes cidades, ou lavam suas roupas nas mesmas &aacute;guas onde se lava o merc&uacute;rio das ferramentas de minera&ccedil;&atilde;o. Mas essas condi&ccedil;&otilde;es de vida n&atilde;o s&atilde;o humanas. Estas pessoas est&atilde;o abaixo da linha de pobreza. O que se deveria fazer &eacute; oferecer a elas melhores condi&ccedil;&otilde;es de vida.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Aqueles grupos que por vezes encontramos e que, diante dos conhecimentos hoje &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o, podem ser considerados poluentes, certamente fazem parte de uma grande parcela da popula&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o tem acesso &agrave; informa&ccedil;&atilde;o sobre meio ambiente; ou, na escola onde seus filhos estudam, n&atilde;o se fala de Educa&ccedil;&atilde;o Ambiental. S&atilde;o, muitas vezes, grupos humanos que vivem alheios ao que se veicula na m&iacute;dia, embora hoje isto seja muito dif&iacute;cil de ocorrer, a n&atilde;o ser em locais de dif&iacute;cil acesso. Podem, ainda, ser comunidades tradicionais, que praticam seus h&aacute;bitos culturais, aprendidos atrav&eacute;s dos s&eacute;culos, em suas fam&iacute;lias, conhecimentos esses que, por eles mesmos, se dentro do contexto da comunidade em quest&atilde;o, n&atilde;o provocariam a degrada&ccedil;&atilde;o ambiental a que se referem os estudiosos de que se fala na pergunta. Entretanto, devido ao aumento populacional, &agrave; migra&ccedil;&atilde;o de grupos para a periferia das grandes cidades, &agrave; densidade populacional desses n&uacute;cleos, o que se fazia como h&aacute;bito tradicional numa comunidade, transposto para uma favela, um bairro de periferia, pode vir a provocar consequ&ecirc;ncias desastrosas do ponto de vista ambiental. N&atilde;o fosse pelo fato de que, nestes lugares, a sujeira e o desgaste do ambiente &eacute; muito maior que no lugar de origem desta comunidade.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Mas nada que uma boa escola, universal e de qualidade, ou uma administra&ccedil;&atilde;o municipal voltada para resolver os reais problemas da popula&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o possa ajudar a solucionar.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
&nbsp;</p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Mobilizadores COEP – <b style=”font-size: small;”>Em termos de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas, o que o Brasil tem feito, nos &uacute;ltimos tempos, em prol de um modelo de desenvolvimento mais sustent&aacute;vel?</b></span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”><b style=”font-size: small;”>R.:</b> Acredito que tanto o governo Lula deteve, quanto o governo Dilma det&eacute;m conhecimentos suficientes para caminharmos no sentido de um desenvolvimento que seja, ao menos, sustent&aacute;vel.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”><span style=””>Acredito, ainda, que, aqui no Brasil, a classe dirigente conhece bem as nossas potencialidades. O Brasil, com a natureza de que disp&otilde;e, est&aacute; muito al&eacute;m da grande maioria de pa&iacute;ses do mundo, em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; exist&ecirc;ncia de recursos naturais. N&oacute;s temos, em nosso territ&oacute;rio, &aacute;reas ainda intocadas e uma biodiversidade invej&aacute;vel, e &eacute; a&iacute; que mora o perigo! Quem j&aacute; n&atilde;o tem isto, deve estar interessad&iacute;ssimo no que temos por aqui…e j&aacute; est&atilde;o! &Eacute; s&oacute; observar as ind&uacute;strias de cosm&eacute;ticos<span style=””> </span>e os seus novos lan&ccedil;amentos, em que o elemento fundamental vem de alguma regi&atilde;o brasileira rica em plantas e min&eacute;rios.</span></span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Entretanto, de fato, s&oacute; h&aacute; pouco, a quest&atilde;o ecol&oacute;gica faz parte da agenda dos governos, em todos os n&iacute;veis. No discurso, h&aacute; mais tempo. Mas, na pr&aacute;tica, encontramos alguns movimentos, pontuais, como por exemplo, nos Par&acirc;metros Curriculares Nacionais, o Meio Ambiente faz parte dos Temas Transversais. Os Pontos de Cultura, cuja cria&ccedil;&atilde;o &eacute; incentivada pelo governo, s&atilde;o pontos de desenvolvimento e pr&aacute;tica de informa&ccedil;&atilde;o a respeito da cultura local, assim como pontos de dissemina&ccedil;&atilde;o de informa&ccedil;&otilde;es valiosas sobre a preserva&ccedil;&atilde;o ambiental e suas pr&aacute;ticas.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Embora se tenha falado muito das grandes vantagens que haveria no deslocamento do Rio S&atilde;o Francisco, acredito que n&atilde;o precisamos disto. Parece que este empreendimento estaria mais atendendo a interesses econ&ocirc;micos do que &agrave;s popula&ccedil;&otilde;es nordestinas. Estar&iacute;amos em um governo de car&aacute;ter popular, atendendo, ainda, aos interesses das elites coloniais. &Eacute; uma pena!</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Sem dizer do aproveitamento da energia solar. Quando vivi na Europa, estava come&ccedil;ando o uso deste recurso. E l&aacute;, &eacute; t&atilde;o pouco sol que se tem. Daqui do nosso pa&iacute;s, n&atilde;o fazemos id&eacute;ia de como os pa&iacute;ses europeus s&atilde;o quase permanentemente cobertos de nuvens. O sol n&atilde;o bate diretamente como aqui, chove uma boa parte do ano. E eles se utilizam da energia solar! Ficava, naquela &eacute;poca, pensando o que n&atilde;o seria em termos de economia de energia, se este recurso fosse desenvolvido em larga escala, pelo governo, aproveitando a quantidade de calor que se produz pelo efeito da incid&ecirc;ncia direta da luz solar sobre nosso territ&oacute;rio. Isto, sem falar das hidrel&eacute;tricas. Mas estas trazem um efeito de desequil&iacute;brio nos ecossistemas, que tamb&eacute;m n&atilde;o &eacute; aconselh&aacute;vel. Ou da energia e&oacute;lica….em um territ&oacute;rio de climas t&atilde;o variados, principalmente no Nordeste, parece que se est&aacute; tendo consci&ecirc;ncia disto.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
&nbsp;</p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Mobilizadores COEP – <b style=”font-size: small;”>Como estimular pr&aacute;ticas individuais ou coletivas que contribuam para minimizar mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas e favore&ccedil;am o desenvolvimento sustent&aacute;vel?</b></span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”><b style=”font-size: small;”>R.:</b> De uns tempos para c&aacute;, ando acreditando que a Educa&ccedil;&atilde;o &eacute; o meio sistem&aacute;tico mais eficaz para proporcionar o desenvolvimento de atitudes, comportamentos, pr&aacute;ticas mesmo, relacionadas a um tratamento adequado da quest&atilde;o ecol&oacute;gica. Educa&ccedil;&atilde;o Ambiental, acompanhando a Educa&ccedil;&atilde;o Formal, na Escola.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Os movimentos comunit&aacute;rios, muitas vezes de rea&ccedil;&atilde;o &agrave; implanta&ccedil;&atilde;o de uma ind&uacute;stria poluente, &agrave; utiliza&ccedil;&atilde;o de um manancial intocado, podem vir a constituir-se em locais onde se realizem debates e se sugiram mudan&ccedil;as nos h&aacute;bitos poluentes das diversas popula&ccedil;&otilde;es deste nosso pa&iacute;s de dimens&otilde;es continentais e extrema diversidade natural; mas nada mais eficaz do que um projeto ligado &agrave;s atividades escolares, em que toda a comunidade local participe.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
&nbsp;</p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>obilizadores COEP – <b style=”font-size: small;”>O COEP acaba de lan&ccedil;ar o Banco de Pr&aacute;ticas Clima, Vulnerabilidade e Adapta&ccedil;&atilde;o para dar visibilidade a iniciativas a pr&aacute;ticas que tenham enfoque nas mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas e que possam servir de exemplo para novos projetos de adapta&ccedil;&atilde;o. Qual a import&acirc;ncia de iniciativas como estas para um desenvolvimento sustent&aacute;vel?</b></span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”><b style=”font-size: small;”>R.:</b> Acredito que o COEP &eacute;, j&aacute;, uma iniciativa de imenso valor! Sinto-me orgulhosa de fazer parte da sua Rede de Mobilizadores. E o que vejo como valiosa &eacute; esta troca de informa&ccedil;&otilde;es entre pessoas das mais diversas origens e forma&ccedil;&otilde;es e que &eacute; possibilitada pela internet. No caso do Banco de Pr&aacute;ticas Clima, penso que vai oferecer oportunidade de se ter informa&ccedil;&atilde;o sobre diversas iniciativas que est&atilde;o sendo desenvolvidas em todo o pa&iacute;s e no exterior, relacionadas ao conhecimento sobre as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Cada um, dentro dos conhecimentos de que disp&otilde;e, poder&aacute; contribuir de forma efetiva para a divulga&ccedil;&atilde;o, seja de atos danosos ao ambiente, seja de pr&aacute;ticas valiosas que poder&atilde;o ser replicadas por outros, desde que bem informados. Estaremos, assim, mais uma vez, compartilhando conhecimentos e experi&ecirc;ncias, dentro desta comunidade humana que habita o planeta Terra.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Estaremos contribuindo para a pr&aacute;tica de uma forma de desenvolvimento que seja sustent&aacute;vel, no sentido de que as gera&ccedil;&otilde;es vindouras possam, daqui a algumas centenas de anos, relatar o que foi vivido agora, como uma experi&ecirc;ncia de crescimento humano e social e n&atilde;o como uma experi&ecirc;ncia de tentativa de sobreviv&ecirc;ncia em um meio ambiente degradado e destru&iacute;do.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
&nbsp;</p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Mobilizadores COEP – <b style=”font-size: small;”>Poderia citar exemplos de pr&aacute;ticas, projetos socioambientais bem sucedidos e que possam ser replicados?</b></span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”><b style=”font-size: small;”>R.:</b> Por este nosso pa&iacute;s afora podemos encontrar, por toda a parte, tentativas, umas bem sucedidas, outras n&atilde;o t&atilde;o bem assim, mas tentadas, que &eacute; o que importa. &Eacute; o caso das agrovilas, em Santa Catarina; das agroflorestas, na Amaz&ocirc;nia; da comunidade costeira de Crapu&iacute;, no Nordeste, que se re&uacute;ne em cooperativas de pescadores e de rendeiras, num projeto de incentivo ao turismo, dentro das normas ambientais; dos projetos de sustenta&ccedil;&atilde;o de comunidades de baixa renda, onde se produz artesanato com materiais retirados de &aacute;rvores e sementes, como o <i>Linha do Tucum</i>, na fronteira dos estados do Amazonas e Acre; ou como o projeto que se prop&ocirc;s a replantar o Buriti, que &eacute; uma palmeira que nasce na regi&atilde;o do Oeste de Minas, criado numa escola rural de um bairro deste nome, apoiado pelo IEF, &eacute; claro, pois &eacute; esta uma de suas fun&ccedil;&otilde;es. Ou um Ponto de Cultura em uma cidade mineira, que est&aacute; fazendo o levantamento das hist&oacute;rias dos idosos que vivem na Casa de Idosos Frederico Ozanan, buscando resgatar conhecimentos que, no momento, est&atilde;o se perdendo, diante da avassaladora entrada da sociedade de consumo nas comunidades de origem desses idosos, como em todo o planeta.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Para mais informa&ccedil;&otilde;es, acessar o <strong style=”font-size: small;”><a href=”http://www.wwf.org.br/informacoes/bliblioteca/?26162/Relatrio-Planeta-Vivo-2010″ target=”_blank”>Relat&oacute;rio Planeta Vivo 2010</a></strong>.</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<span style=”font-family:arial,helvetica,sans-serif;”><span style=”font-size: 12px;”>Outro site bastante interessante &eacute; o da <strong style=”font-size: small;”><a href=”http://www.rets.org.br/?q=node/822″ target=”_blank”>RETS</a></strong>.&nbsp;</span></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
<br />
<span style=”font-family:verdana,geneva,sans-serif;”><font size=”1″><span style=””>MOREIRA, Gl&oacute;ria Maria de P&aacute;dua. <b>Por uma Ecologia Social</b>: uma aproxima&ccedil;&atilde;o da no&ccedil;&atilde;o de Desenvolvimento aos Princ&iacute;pios &Eacute;ticos do Desenvolvimento Humano Dur&aacute;vel. 2004. 164 p. Tese de Doutorado. Programa EICOS (Estudos Interdisciplinares de Comunidades e Ecologia Social), Instituto de Psicologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.</span></font></span></p>
<p style=”FONT-FAMILY: Verdana”>
&nbsp;</p>
<p>
<span style=”font-family:verdana,geneva,sans-serif;”><span style=”font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 205); font-size: x-small;”>Entrevista do Grupo Meio Ambiente, Mudan&ccedil;as Clim&aacute;ticas e Pobreza</span></span></p>
<p>
<span style=”font-family:verdana,geneva,sans-serif;”><font size=”1″ style=”COLOR: rgb(0,0,205); FONT-FAMILY: Verdana”><span style=”font-weight: bold;”>Concedida &agrave;: </span>Renata Olivieri<br />
<span style=”font-weight: bold;”>Editada por: </span>Eliane Araujo</font></span></p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
<link href=”file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CLUIZCL%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml” rel=”File-List” />
</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
<link href=”file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CLUIZCL%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_themedata.thmx” rel=”themeData” />
</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
&nbsp;</p>
<p>
<link href=”file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CLUIZCL%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_colorschememapping.xml” rel=”colorSchemeMapping” />
<style type=”text/css”>
<!–
/* Font Definitions */
@font-face
{font-family:”Cambria Math”;
panose-1:0 0 0 0 0 0 0 0 0 0;
mso-font-charset:1;
mso-generic-font-family:roman;
mso-font-format:other;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:0 0 0 0 0 0;}
@font-face
{font-family:Verdana;
panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:swiss;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:536871559 0 0 0 415 0;}
/* Style Definitions */
p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal
{mso-style-unhide:no;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:””;
margin:0cm;
margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:12.0pt;
font-family:”Times New Roman”,”serif”;
mso-fareast-font-family:”Times New Roman”;}
span.MsoFootnoteReference
{mso-style-noshow:yes;
mso-style-unhide:no;
vertical-align:super;}
p.MsoBodyText, li.MsoBodyText, div.MsoBodyText
{mso-style-unhide:no;
mso-style-link:”Body Text Char”;
margin:0cm;
margin-bottom:.0001pt;
text-align:justify;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:12.0pt;
mso-bidi-font-size:10.0pt;
font-family:”Times New Roman”,”serif”;
mso-fareast-font-family:”Times New Roman”;}
a:link, span.MsoHyperlink
{mso-style-unhide:no;
color:blue;
text-decoration:underline;
text-underline:single;}
a:visited, span.MsoHyperlinkFollowed
{mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
color:purple;
mso-themecolor:followedhyperlink;
text-decoration:underline;
text-underline:single;}
span.BodyTextChar
{mso-style-name:”Body Text Char”;
mso-style-unhide:no;
mso-style-locked:yes;
mso-style-link:”Body Text”;
mso-ansi-font-size:12.0pt;}
.MsoChpDefault
{mso-style-type:export-only;
mso-default-props:yes;
font-size:10.0pt;
mso-ansi-font-size:10.0pt;
mso-bidi-font-size:10.0pt;}
@page Section1
{size:595.3pt 841.9pt;
margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm;
mso-header-margin:35.4pt;
mso-footer-margin:35.4pt;
mso-paper-source:0;}
div.Section1
{page:Section1;}
/* List Definitions */
@list l0
{mso-list-id:187569434;
mso-list-type:hybrid;
mso-list-template-ids:1914832330 68550681 68550681 68550683 68550671 68550681 68550683 68550671 68550681 68550683;}
@list l0:level1
{mso-level-number-format:alpha-lower;
mso-level-tab-stop:36.0pt;
mso-level-number-position:left;
text-indent:-18.0pt;}
ol
{margin-bottom:0cm;}
ul
{margin-bottom:0cm;}
–> </style>
</p>
Fantástica entrevista!!!! Sem dúvida, a base é a Educação. É um privilégio ter acesso a todas essas informações e poder repassar a quem ainda não tem. Fico feliz em ser mais uma mobilizadora e poder contribuir um pouco com um futuro melhor pro nosso planeta.
Muito obrigada pelas informações aqui repassadas.
Excelente entrevista. Excelente reflexão. Parabéns!
Ótima entrevista. A educação é, sem dúvida, condição sine qua non para qualquer mudança. E a questão ambiental adquire cada vez mais importância nas escolas. Isso é importante.
Foi uma ótima entrevista, pois principalmente para mim,tocou em um ponto fundamental, que é Educação Ambiental, acompanhando a Educação Formal, na Escola.
Creio que esta é base para todo o processo de desenvolvimento sustentável, apesar do assunto já não ser novidade apenas a consciência adquirida pelos nossos jovens hoje, fará com que este processo seja completamente realizado no futuro. Já que envolve toda a sociedade.
Adorei a entrevista. Especialmente a forma dinãmica e prática com o tema, diferente dos conceitos de desenvolvimento sustentável que são repetidos por muitas pessoas sem contudo entender o verdadeiro significado de sustentabilidade.
Gostei especialmente da entrevista quando Glória Moreira fala da responsabilidade dos governos Fereal, Estadual e Municipal.Evidentemente que esses governos deveriam estar mais comprometidos com as fontes de energias não poluentes. Deveria ser impensável que num país tropical como o Brasil os governos não explore, por exemplo, a energia solar. É inimaginável que os programas de habitaçao pública não contemple casa com geradores solares e com cisternas que coletam águas das chuvas, bem como sistemas de tratamanto de esgostos domiciliares. Isso seria uma prática de fácil implantação e que deveria ser adotada com exigência para liberação de novas contruções em todo o país. Ou seja,compete aos governos adotarem esses procedimentos primários e é lógico investir na educação desde as primeiras séries escolares.Todavia, quando a governança brasileira não faz isso é porque certamente prioriza as companhias que lucram com as fontes de energia poluentes, em especial, com as companhias de energia elétrica e petróleo. O fato de o Brasil se vangloriar do pré-sal atesta o que quero dizer. Maria@newnum.org
Muito boa esta entrevista, as informações que são passadas nos mosntram que iniciativas e modelos de desenvolvimento sustentável existem, falta apenas criarmos condições e investirmos para torná-los acessiveis a todos.
Esta entrevista é bem clara e enriquecedora. Eu desenvolvi,aqui em Curitiba-Pr, um projeto de minha autoria: Oficina de Moda Orgânica como uma prática ambientalmente correta.Utilizando matérias – primas provenientes de um solo sem agrotóxicos como: as sementes.
Gostei bastante das questões levantadas sobre os desafios que temos ainda a trilhar na perspectiva de um mundo mais sustentável para o “presente e o futuro”!
Outros aspectos que me deixa inquieta: como é possível continuar disseminando um modelo de sustentabilidade tradicional, quando já está sendo mais do que provável que esta experiência já está defasado e não atende mais a necessidade de um povo, de uma nação, sobretudo quando estamos falando e que um outro mundo é possível; quando estamos lutando por mundo mais equitativo para tod@s, onde um dia não tenhamos um índice tão alto de fome e miséria; quando as crianças não sejam vistas como objetos, frutos espúrios do nosso país; quando a minoria detém a concentração da riqueza do desenvolvimento ocidental e a maioria da população ainda continua na miséria, sendo esmagada, humilhada e culpada em detrimento deste desenvolvimento e deste progresso?!
Estas e tantas outras questões, são reflexões que temos que repensar e colocar em prática nos diversos espaços onde estamos inseridos, para que de fato e de direito haja a transformação com responsabilidade social, ambiental, educacional e etc, sem esquecer de sermos propositiva nos diversos espaços de mobilização e articulação política.
Que mundo é este que estou ajudando a construir, a se desenvolver, quando não me preocupo com a educação e com a formação dos formadores? e-mail: ray@knhbrasil.org.br