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Fórum de Cursos
Fórum Módulo 1
Espaço para discussão entre alunos e tutores sobre do conteúdo do módulo 1.
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Comentários 50 comentários sobre “Fórum Módulo 1”
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Pessoal,
Separamos cinco vídeos de iniciativas sociais que podem inspirá-lxs a pensar em temas para os vídeos que vão produzir. Associamos cada um a um princípio, mas certamente outros princípios também estão presentes nessas iniciativas.
Os cinco princípios, na verdade, são amplos e interdependentes.
E vocês, que iniciativas conhecem que ilustram esses princípios? Compartilhem conosco. Pode ser vídeo, relato, notícia, etc. A ideia é relacionarmos os princípios da democracia e as muitas iniciativas bacanas que têm feito diferença na vida das pessoas, ainda que muita gente não conheça.
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Desabafo Social – igualdade
Monique Evelle é criadora do Desabafo Social, uma organização que utiliza a comunicação e novas tecnologias para promover Educação em Direitos Humanos através de formação e produção de conteúdo.
Meu corpo é real – diversidade
Michele Simões é cadeirante e criadora dos projetos Meu corpo é real, Fashion Day Inclusivo e Dressvolution.
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Meu Rio – participação
Alessandra Orofino é uma das fundadoras do projeto Meu Rio (atualmente, Rede Nossas Cidades), uma plataforma online que estimula os cidadãos a participar da pauta política das cidades.
Favela Heliópolis – Solidariedade
A favela Heliópolis é a maior de São Paulo e é referência de urbanização; tem quase 90% de infraestrutura urbana por força da mobilização dos moradores.
Imagens do Povo – liberdade
Realizado pelo Observatório de Favelas, o Imagens do Povo é um centro de documentação, pesquisa, formação e inserção de fotógrafos populares no mercado de trabalho. Mais do que um curso técnico, o Imagens do Povo ensina filosofia, direitos humanos e história da arte.
A liberdade existe enquanto direito fundamental, mas como exercício e conquistada através da ocupação democrática dos espaços públicos e da representação das minorias nestes espaços e sem violência.
Sob o titulo de liberdade hoje, existe muito comercio, muita enganação. Dai a importância de conquistas locais e autônomas. A expressão e a ação autônomas de diferentes grupos sociais, garantem a participação livre e democrática, se não em todos os locais ao menos naquele espaço conquistado.
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É verdade Beatrice, todos os direitos só se concretizam a partir de nossa atuação cidadã.
A igualdade e condição para o tratamento adequado dos seres humanos enquanto seres vivos e para o exercício da justiça.
A complacência e a indulgência não são pela igualdade, são antes formas de acentuar desigualdades… exercício de igualdade e dado através da tolerância e empatia, sem retirar a capacidade de ação e intervenção do outro, mesmo que este seja aparentemente mais fraco e parte de uma minoria social.
A igualdade se fortalece na medida em que a diversidade se expressa, pois neste caso trata-se da igualdade de condições e oportunidades e não na planificação das personalidades e modelos de participação social.
Não ha corpo certo, não ha lugar certo para este ou aquele. Quando o discurso caminha através destas ideias a desigualdade e o preconceito já estão operando seus estragos.
Uma das principais perdas causadas pela desigualdade e preconceito e a imobilização social daquele cidadão, daquela comunidade atingida.
Por exemplo, shows e apresentações culturais com ingressos acessíveis e coleta de alimentos reduzem as distâncias entre população e cultura/lazer…
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Como dizia Betinho: “Por um princípio ético, todos devem ter direitos iguais, apesar de diversos. Eu diria que o conceito de igualdade é muito mais ético do que político, embora se realize pela política. Uma sociedade só pode ser democrática na medida em que ela cria e institucionaliza condições para que o direito à igualdade seja plenamente exercido por pessoas diversas.”
maravilhaaa,todos reais…precisamos ser um pouco da lição que eles nos passa.
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Mais um vídeo de Betinho para nos inspirar:
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PARTICIPAÇÃO
Betinho dizia que “nós temos condições de mudar o país, mas é preciso ter confiança de que a mudança vai partir de nós, não vai cair do céu, não vai ser feita pelos outros para nós, e sim por nós para os outros”.
Ele defendia que “um cidadão com sentido ético forte e consciência de cidadania não abre mão do poder de participação”, e dizia que é preciso que a participação “assuma formas diversas: participação na vida da família, da rua, do bairro, da cidade, do país. Também da empresa, da escola e da universidade.”
O professor Fábio de Freitas lembra que “no Brasil, como é sabido, as grandes maiorias — do ponto de vista socioeconômico — permanecem alijadas da participação política, apesar de votarem nas eleições. O desafio democrático para a construção da cidadania é, justamente, a transformação dessa maioria social em maioria política”.
Para pensar sobre o tema, assista entrevista que o ator Wagner Moura concedeu ao site Celebrar Betinho:
Sem duvida a participação garante o acesso e a manutenção de direitos. Através de participação popular, diferentes grupos sociais demonstram sua capacidade de organização e ação na direção de conquistas sociais. Portanto para que outros princípios democráticos sejam expressos,a participação e fundamental.
Contudo, creio que a participação deve ser autentica e legitima, sempre autoral. Isto porque, quando a participação ocorre por representação, verifica-se alteração da demanda, modificação do discurso e; inclusive; perda de direitos já adquiridos.
A escola tem papel fundamental no desenvolvimento da pro atividade e senso critico, necessários a participação.
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Verdade Beatrice. Precisamos de uma educação para a cidadania ativa e também de espaços onde possamos nos educar politicamente, não acha? As pessoas tendem a associar política à questão partidária, mas essa é apenas uma vertente. Somos seres políticos e precisamos entender nosso papel social.
O pensador brasileiro Michael Löwy afirma:
“ninguém está fora do rio da história, olhando para ele de suas margens”.
Portanto, quem vive em sociedade não pode deixar de agir, ficar apenas contemplando o rio…
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Bom dia a todxs!
O tema de hoje é PARTICIPAÇÃO e o papel de cada um.
Como a participação pode nos ajudar a colocar em prática os princípios da liberdade, igualdade, solidariedade e diversidade?
Deixamos o princípio da participação por último porque o convite de Betinho durante toda sua vida foi um convite à participação cidadã. Ele dizia que sem a participação, não é possível transformar em realidade nenhum dos outros princípios: igualdade, liberdade, diversidade e solidariedade.
Por isso, nosso convite para você é que pense em iniciativas e ações que possam valorizar e fortalecer os cinco princípios da democracia. Depois transforme essa ideia em vídeo e concorra ao Prêmio Betinho Imagens de Cidadania!
Cordialmente,
Equipe Rede Mobilizadores
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Para nos inspirar a refletir sobre esse tema sugerimos um pequenos vídeo gravado por Betinho:
Tambem não vou apagar nenhum fogo sozinha e farei minha parte…mas convencida de que a soma e mais do que a junção das partes…espero mais beija-flores…
É muito interessante falar de cada um destes temas, porém, prefiro ver os documentários dos Especialistas como o Cortella, da Rosiane Rodrigues e de outros para postar melhor o meu comentário, assim como os comentários de outras pessoas participantes deste excelente curso. Até mais.
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Obrigada Tiago. Aguardamos seus comentários. Bom dia!
Boa noite. Só tem gente fera dando relatos nos vídeos, desde Especialistas a pessoas simples que fizeram e fazem algo para que o mundo seja melhor. Gostei muito do depoimento do Cortella a respeito de Betinho, pois, segundo ele, Betinho em momento algum da sua caminhada em todas as lutas nunca fraquejou e sempre levantou a auto- estima das pessoas. Nos anos 90, lembro das campanhas lideradas por Betinho contra a fome, pois antes de tudo e de todos os problemas, precisamos matar a fome, e de fome ainda morrem muitos neste nosso Brasil tão desigual Regionalmente. Não lembro de Betinho se infiltrando em campanhas políticas de lado algum, talvez com parcerias não declaradas aos Partidos Socialistas da época, contudo não me lembro. Não lembro de Betinho em momento algum querendo aparecer, pois o cara só se preocupava em ajudar de fato o povo brasileiro e a todos que precisassem.
Agora, para mim, o tema mais difícil de se debater é a Diversidade, pois a sua empregabilidade é muito complexa, e observo nas lutas da Juventude uma confusão entre Diversidade e apoio a Movimentos LGBTT principalmente, e nessas lutas, esquecem- se que os Movimentos Populares sem vínculos políticos- partidários, os Movimentos Quilombolas, Indígenas e outros também se incluem neste tema, e infelizmente, dá- se mais ênfase para a questão homoafetiva. Não que eu seja contra, porém, o tema Diversidade vai muito além de uma só bandeira, mas de várias.
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É verdade Tiago. A diversidade diz respeito à própria condição humana, somos iguais em humanidade, mas totalmente distintos em personalidade, aparência física, crenças, ideologias , etc e é preciso que saibamos conviver uns com os outros com respeito.
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DIVERSIDADE
Segundo Betinho, “o princípio da diversidade consiste em admitir que as pessoas podem ser iguais e, ainda assim, ter atitudes e práticas diferentes.”
Da mesma forma, o professor Fábio de Freitas explica que “o contrário da igualdade não é a diferença, mas a desigualdade, que é socialmente construída, sobretudo numa sociedade tão marcada pela exploração classista”.
Segundo ele, “a diferença pode ser enriquecedora, mas a desigualdade pode ser um crime. É nesse sentido que se entende porque, no Direito contemporâneo (inclusive na legislação brasileira), manifestações de discriminação ou racismo — no trabalho, no acesso a bens e serviços, nas diversas formas de expressão social — são tipificadas como crime, em alguns casos insuscetíveis de fiança ou prescrição. No entanto, as desigualdades sociais, tão evidentes no Brasil — com sua herança da escravidão sempre presente —, não são ainda entendidas como crime, mesmo quando decorrem de políticas ostensivamente excludentes.”
Veja agora entrevista que a antropóloga, escritora e professora Rosiane Rodrigues concedeu ao site Celebrar Betinho:
A diversidade promove o exercício da liberdade e da participação, já que para lidar com o “outro não igual” e necessário dialogo, conversação… Mas este dialogo deve ser autentico e legitimo, pois o preconceito e a discriminação são reais e tem bases históricas profundas.
Na formação e manutenção de grupos multi-diversos todos crescem e são empoderados; se não no enriquecimento cultural, ao menos em capacidade dialógica.
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SOLIDARIEDADE / FRATERNIDADE
Betinho afirmava que “para nascer um novo Brasil, humano, solidário, democrático, é fundamental que uma nova cultura se estabeleça, que uma nova economia se implante e que um novo poder expresse a sociedade democrática e a democracia no Estado.”
O professor Fábio de Freitas explica que “a solidariedade, que os franceses chamaram de fraternidade, corresponde ao direito e ao dever de coresponsabilidade pela busca do bem comum, o que implica participação na vida pública.”
Ele ressaltava ser preciso “destacar o direito-dever da solidariedade, sobretudo num país como o nosso, pois comumente a palavra assume, entre nós, significados próximos à idéia de caridade, assistencialismo, boa vontade. No entanto, se aceitamos a premissa da igualdade na dignidade humana, a solidariedade deve ser entendida em várias acepções:
1) a coesão entre diferentes indivíduos e grupos é indispensável à manutenção do todo social, pois cada qual traz ao conjunto uma contribuição insubstituível;
2) os indivíduos ou grupos que se acham em situação de fraqueza ou deficiência, devem ser amparados pelos outros. Todos têm igual direito a uma vida digna, sem privações do que é razoavelmente considerado essencial (Comparato, 1993). Justificam-se aqui, por exemplo, os programas de renda mínima.
Na discussão de direitos e valores democráticos nunca será demais enfatizar a solidariedade como uma virtude política ativa — por isso difícil de ser cultivada —, pois exige uma ação positiva para o enfrentamento das diferenças injustas (que, por serem injustas caracterizam desigualdades) entre os cidadãos.”
Para aprofundar a reflexão assista entrevista que o filósofo, professor e escritor Mario Sergio Cortella concedeu ao Celebrar Betinho:
Solidariedade talvez seja o principio democrático de mais difícil exercício nos dias atuais.
Congregar hoje e uma raridade…as pessoas hoje se tcl…mas conviver, congregar…
Ate desanimo… as pessoas só querem se envolver ate onde não interfira em suas rotinas preestabelecidas. Triste.
Mas, sem duvida, a solidariedade e importante amalgama social.
Acho que a geração de espaços sociais favoráveis a solidariedade; talvez seja um começo…e um dia chegaremos ao nível de Butão.
Porque necessário mesmo e modificar critérios de valor social… enquanto tiver gente mentindo para usar fila prioritária em bancos e tals…não rola solidariedade…esta pequena infração, revela imenso buraco na formação humana…e, vemos isso todos os dias.
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IGUALDADE
Para Betinho, “a igualdade deve realizar-se nas relações econômicas, sociais, culturais e políticas. Se não for assim, não se realiza, nega-se.”
O professor Fábio de Freitas explica que “a igualdade é sempre uma dimensão social, não individual. Ela ocorre sempre dentro de um grupo social, ou entre grupos sociais, e não entre indivíduos isoladamente considerados. Podemos identificar quatro dimensões da igualdade democrática:
• a igualdade diante da lei; é um pressuposto da aplicação concreta da lei, quer proteja, quer puna. É o que os gregos chamavam de isonomia;
• a igualdade do uso da palavra, ou da participação política; é o que os gregos chamavam de isegoria;
• a igualdade que decorre, num paradoxo apenas aparente, do direito à diferença, ou seja, o direito que todos igualmente têm de preservar sua identidade, bem como exigir tratamento específico em atendimento a necessidades singulares dessa identidade (no caso, por exemplo, dos direitos específicos das mulheres);
• a igualdade de condições socioeconômicas básicas, para garantir a dignidade humana. Desconhecida dos gregos antigos, é o resultado das revoluções burguesas mas, principalmente, das lutas do movimento operário e socialista nos séculos XIX e XX.
Para refletir sobre o tema, assista entrevista que a jornalista Eliane Brum concedeu ao site Celebrar Betinho:
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LIBERDADE
Betinho dizia que “a liberdade rompe as fronteiras do individualismo e do egoísmo para situar-se no âmago da justiça social e da democracia.”
O professor Fábio de Freitas explica que “em termos de direitos universais, a liberdade corresponde aos direitos e garantias para o exercício das liberdades individuais ou coletivas; inclui do direito à integridade física e psíquica aos direitos de expressão e de organização política”.
Para refletir sobre o tema assista a entrevista que o músico e arte educador Negro Grilo concedeu ao Celebrar Betinho:
Esse tema é muito importante ser estudado, pois hoje fala tanto em democracia, mas será que o nosso pais é tão democrático e as pessoas têm liberdade para se expressar e serem ouvidos???
Para ter liberdade e poder cumprir com seu dever de cidadão, as pessoas devem conhecer sobre politica e tudo o que o certa. E assim exercer sua democracia.
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Obrigada Mariah pela sua participação. Temos mesmo de repensar o tempo todo a democracia que temos e aquela que queremos e perceber que todos temos um papel nessa construção.
Como diz o professor Fábio de Freitas: “não podemos perder de vista o potencial revolucionário e transformador da democracia onde a noção de cidadania individual deixa de ser passiva, como na tradição liberal, e aparece como uma força simbólica capaz de liberar energias sociais de luta possibilitando a criação de condições que abrem caminho á conquistas no campo da cidadania coletiva”.
A participação de todos é importante na formação do exercício do poder, pois é com essa participação que são realizadas as decisões políticas.
Os cidadãos precisam questionar e dizer o que pensam, além de cobrar dos políticos melhoras na sociedade e para isso, é preciso transparência do governo.
A sociedade participando e articulando sobre o planejamento e utilização da verba pública em seu município já é de grande valia para um Brasil melhor.
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IGUALDADE, LIBERDADE E SOLIDARIEDADE
O professor Fábio de Freitas afirma que “a tríade liberdade-igualdade-solidariedade é a base do regime democrático”.
Ele explica que “para fins didáticos e de compreensão histórica, costuma-se classificar os direitos humanos em três gerações: liberdade, igualdade e fraternidade.
A PRIMEIRA GERAÇÃO, englobando os direitos civis e políticos e as LIBERDADES INDIVIDUAIS, é fruto da longa marcha das ideias liberais e tem sua inserção histórica marcada pelas conquistas da “democracia americana”.
A SEGUNDA GERAÇÃO, correspondente aos direitos econômicos e sociais — basicamente vinculados ao mundo do trabalho —, permanece associada às lutas operárias e socialistas na Europa, e sempre referidas ao IDEAL DA IGUALDADE.
A TERCEIRA GERAÇÃO, entendida como o conjunto de direitos decorrentes do IDEAL DA FRATERNIDADE E DA SOLIDARIEDADE corresponde ao direito à autodeterminação dos povos e passou a incluir, mais recentemente, o direito ao desenvolvimento, o direito à paz, o direito ao meio ambiente saudável, ao usufruto dos bens qualificados como “patrimônio comum da humanidade”.
A seguir vamos falar de cada um desses princípios e também da diversidade.
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Bom dia a todxs!
O tema de hoje é Liberdade, Igualdade, Diversidade e Solidariedade.
Qual a importância desses princípios para a democracia?
Para embasar nossa discussão, sugerimos que vejam os slides da aula 1 e 2 leiam o artigo “Política e (é) liberdade: reflexões sobre alguns pressupostos”, do professor Pedrinho Guareschi e Moises Romanini, disponível na Biblioteca, e a entrevista concedida por Pedrinho Guareschi à Rede Mobilizadores: “Participação é cidadania e a cidadania é exercício” (http://mobilizadores.org.br/entrevistas/participacao-e-cidadania-e-a-cidadania-e-exercicio/?eixo=)
Cordialmente,
Equipe Rede Mobilizadores
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ÉTICA
Para Betinho, “a ética é uma espécie de cimento na construção da sociedade: se existe um sentimento ético profundo, a sociedade se mantém bem estruturada, organizada; e quando esse sentimento ético se rompe, ela começa a entrar numa crise autodestrutiva.”
O professor Fábio de Freitas afirma que “a violação sistemática de direitos humanos em nosso país, em todas as áreas, é incompatível com qualquer projeto de cidadania democrática” e, por isso, ele defende a educação para a cidadania democrática, que “consiste na formação de uma CONSCIÊNCIA ÉTICA que inclui tanto sentimentos como razão; passa pela conquista de corações e mentes, no sentido de mudar mentalidades, combater preconceitos e discriminações e enraizar hábitos e atitudes de reconhecimento da dignidade de todos, sejam diferentes ou divergentes; passa pelo aprendizado da cooperação ativa e da subordinação do interesse pessoal ou de grupo ao interesse geral, ao bem comum.”
Como você acha que democracia, cidadania e ética se relacionam?
Democracia (do grego demos, “povo”, e kratos, “autoridade”).
Segundo o dicionário Aurélio: ”1- Governo do povo; soberania popular; democratismo. 2-Doutrina ou regime político baseado nos princípios da soberania popular e da distribuição eqüitativa do poder.”
“É o governo do povo, para o povo, pelo povo”. “Governo do povo” quer dizer governo com um sentido popular; “para o povo” significa que o objetivo é o bem do povo; “pelo povo” quer dizer realizado pelo próprio povo. Na democracia é o povo quem toma as decisões políticas importantes (direta ou indiretamente por meio de representantes eleitos).
A Democracia surgiu na Grécia onde o governo era realmente exercido pelo povo, que fazia reuniões em praça pública para tratar de vários assuntos e problemas, era a chamada Democracia Direta. Neste tipo de democracia, as decisões são tomadas em assembléias públicas. Com o crescimento das populações, as reuniões em praça pública ficaram impossíveis de acontecer, surgiu, então um novo tipo de Democracia, a Democracia Representativa, onde o povo se reúne e escolhe – por meio do voto – os representantes que irão tomar decisões em seu nome. Este é o processo mais comum de tomada de decisão nos governos democráticos, também chamado de mandato político.
A democracia se opõe à ditadura e ao totalitarismo e reúne princípios e práticas que protegem a liberdade do ser-humano.
Em seu livro “Política”, o filósofo Aristóteles analisou vários sistemas de governo, chamou de injusta a democracia (demokratia) e de justa a República (politeia). A demokratia de Aristóteles se aproxima mais da democracia direta e a politeia da democracia representativa
Alguns fundadores dos EUA usaram os termos “Democracia” e “República” de forma similar a usada por Aristóteles. “República” era usada para designar a democracia representativa, que na opinião deles era a única capaz de proteger os direitos dos cidadãos, já o termo “democracia” era usado para designar a democracia direta que para eles era sinônimo de tirania e injustiça.
Muitos cientistas políticos usam o termo “democracia” para caracterizar um governo que atua em favor do povo (direto ou representativo), enquanto que “Republica”, seria o sistema político onde o chefe de estado é eleito por um determinado período de tempo.
Os comunistas costumam dizer que as democracias não são democráticas, pois para eles, a classe dominante é que exerce o poder. Na opinião deles, o povo é manipulado pela mídia, que faz com que a classe trabalhadora seja influenciada na hora de votar.
Os comunistas acreditam que, somente em um regime socialista é que haveria uma verdadeira democracia.
Não é possível contabilizar quantas democracias existem no mundo, mas estima-se que existam mais de 120.
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DE UMA DEMOCRACIA
– liberdade individual
– igualdade perante a lei sem distinção de sexo, raça ou credo
– direito ao voto
– educação
– direito ao livre exercício de qualquer trabalho ou profissão
OBS: Hoje, todas as pessoas podem exercer o direito ao voto, sem nenhum tipo de preconceito. No Brasil, os cidadãos a partir de 16 anos já podem votar, com exceção dos prisioneiros. Em alguns países mesmo após a liberdade, dependendo do crime cometido, os detentos continuam sem o direito de votar.
É preciso cultivar a chamada “consciência política” em todos os cidadãos, não só nos dias de eleição, nem na época da campanha eleitoral. A medida em que o povo for adquirindo essa consciência política, nosso regime democrático vai melhorando.
Na verdade, fiz uma pesquisa na internet para uma pincelada a respeito do que é Democracia e o que são os Valores Democráticos. Já na ótica do nosso grande Mestre Heberth de Souza (o Betinho), vai muito além de ” cultivar a chamada consciência política”, pois devemos ser participativos, cobradores deste sistema Político- Social e Econômico que rege as nossas vidas e lutar com todas as forças para que a corrupção em nosso país acabe, uma vez que o Brasil é uma das Nações mais corruptas do Planeta (Pesquisar dados no IPC/2011/ índice de Percepção de Corrupção), ocupando classificação vergonhosa próxima a 100, dentre as 176 nações existentes.
Concordo.
Ha necessidade de desenvolver consciência e ação politicas cotidianas; não de politica profissional; mas de politica pública cotidiana, como exercício ético de cidadania.
Estamos carentes disto…Desta empatia ao problema publico, como a Cracolândia ou a questão indígena; de tal modo que estes problemas “jamais atingiriam” o cidadão comum.
Dai, quando os problemas tornam-se visíveis, já são só a ponta do ICEBERG.
Na media hoje, vejo ou um grande descaso ou mesmo uma negação da necessidade de ação politica. E, acho que e exatamente esta lacuna de ação que favorece ações antiéticas e corrupção em todos os níveis de ação publica.
Boa noite a todos(as). A participante acima trouxe uma questão importante: existem alguns políticos no Brasil (não vou citar o nome, pois só pela prática já sabemos) que estão utilizando o rótulo de “eu não sou político, sou Gestor” e tomam atitudes tão iguais as quais outros já tomaram, e acabam cometendo os mesmos erros do passado. Um exemplo disso foi a ação na Cracolândia situada na cidade de São Paulo- SP, onde não se conseguiu resolver nada, apenas “ferrou” com a vida de alguns moradores honestos de áreas ocupadas irregularmente próximas a ela. Ou seja, como eram pessoas pobres, humildes, acabaram sofrendo as consequências. E os viciados e os Traficantes da Cracolândia Paulistana? Foram Presos? Foram encaminhados para tratamentos? Estão do mesmo jeito até hoje, nada mudou. A PMSP e outras forças de Segurança chegavam “mandando bala de borracha” e bombas de efeito moral em cima deles e simplesmente corriam para uma praça próxima a ela, e depois retornavam. Prenderam alguns Traficantes e outros apareceram, ou seja, enquanto a Lei e as Punições a esses criminosos forem frouxas como está sendo, esse tipo de crime sempre compensará. Outra situação é a dos Indígenas no Brasil, uma vez que, mesmo com a criação da FUNAI e demarcação de algumas terras no território brasileiro, os poucos índios que ainda restam estão fadados ao desaparecimento. Outro dia, na TV Câmara legislativa, estava passando um documentário relatando sobre essa situação, e no final das contas, o índio que deveria ter total ajuda e total apoio do Governo, é o que é mais prejudicado, perdendo sua cultura, sua identidade enquanto indígena suas terras, e quando não é assassinado pelos jagunços que trabalham para os brancos (latifundiários), acabam se entregando ao álcool e ao suicídio. A safadeza dos Governos é tão grande, que acabam dando o Direito de Posse das terras indígenas a agricultores, pecuaristas e a grandes latifundiários, e quando demarcam as terras, são pequenos hectares, e ninguém consegue resolver isso. Os Irmãos Villas Boas sofreram as mesmas coisas ao protegerem os índios há + ou – uns 50 anos atrás. O General Rondon também tentou fazer a sua parte, porém a “força política no Brasil” fala mais alto, inclusive até manda no Poder Judiciário. E ainda ficar escutando de Pré- Candidato que o poder de participação de indígenas e quilombolas no Brasil será reduzido,quanto retrocesso…
Uma outra situação é a dos Governos anteriores a este “atual” sobre duas questões (não vou citar nomes pois já sabemos a quem se trata):
A primeira sobre a enganação de que a Dívida Externa do Brasil junto aos Grandes Credores e Organismos Internacionais (FMI,BID,BIRD e outros)foi sanada: quanta mentira. O Brasil simplesmente conseguiu o “aval” destes Organismos Internacionais para começar a quitar parte dos juros dessa dívida, o que foi bem visto por eles, dando a nosso país ” o Direito de fazer parte” ou de ser um Credor Internacional como os países Centrais (Desenvolvidos) uma vez que nosso momento econômico era favorável, onde fomos pouco afetados pela Crise Norte- Americana de 2008 ( O Mercado Imobiliário Norte- Americano).
A Segunda, como a primeira, tem os seus reflexos na atualidade, porém trata- se de uma questão ambiental gravíssima: a Transposição das Águas do São Francisco.Além do Gasto altíssimo para a execução dessas obras,onde muitas não foram concluídas totalmente, a água já escassa no leito do próprio Rio São Francisco não consegue chegar para quem de fato precisa dela, pois, o Governo não consegue fiscalizar os Grandes Latifundiários que captam grande parte dessa água para irrigarem suas monoculturas, ficando o pequeno agricultor e o sertanejo sobrevivendo ainda de caminhões pipas, isso quando a água chega até eles, ou seja, essa realidade eles não mostram. E o pior, os efeitos devastadores dessa Transposição sem Revitalização da Bacia Hidrográfica do São Francisco, já estão sendo sentidos na sua Foz, entre cidades Alagoanas e Sergipanas com a Salinização, o avanço das águas do Mar para dentro do Rio / porção do continente. A Transposição tem grande culpa nisso e Governo Federal nada faz para ajudar essa população que sofre os efeitos dessa Salinização e falta de Saneamento Básico. Infelizmente enquanto não acabarmos com essas desigualdades regionais e fracassos governamentais, o Brasil ainda estará com o pé no 3º Mundo. E a Corrupção? É melhor parar por aqui.
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Obrigada Tiago por suas reflexões.
Betinho dizia que nós temos de ser os protagonistas das transformações que queremos ver na sociedade. Podemos parecer pequenos e frágeis diante desse desafio, mas se estivermos unidos temos poder. Um exemplo recente foi toda a mobilização da sociedade contra a extinção da Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), na floresta Amazônica. Sabemos que o governo não descarta voltar a debater o fim da reserva no futuro, por isso temos de continuar vigilantes e participativos. Mas é inegável que foi uma vitória dos ativistas e da população que se mobilizou.
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Obrigada Tiago pela sua participação. Como vemos, os conceitos de democracia são complexos e não uniformes. Cada época histórica suscitou uma interpretação. O professor Fábio de Freitas diz que “há há todo um conjunto de disputas em torno do sentido da democracia e que muito mais do que pensar a democracia apenas na sua forma universal, cabe entendê-la como uma proposta política que expressa anseios, interesses e até mesmo estratégia política das classes que constituem o espaço da política”.
Assim, o importante é pensarmos na democracia que temos em nosso país. Quais os desafios que temos para que realmente todos os segmentos sociais e populacionais estejam representados no nosso Parlamento? Para que todos tenham voz e possam efetivamente influenciar nas decisões políticas?
Vamos discutir isso?
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CIDADANIA
Para Betinho, cidadania é a condição da democracia. O poder democrático, afirmava, “é aquele que tem gestão, controle, mas não tem domínio nem subordinação, não tem superioridade nem inferioridade. Uma sociedade democrática é uma relação entre cidadãos e cidadãs. É aquela que se constrói da sociedade para o Estado, de baixo para cima, que estimula e se fundamenta na autonomia, independência, diversidade de pontos de vista e, sobretudo, na ética – conjunto de valores ligados à defesa da vida e ao modo como as pessoas se relacionam, respeitando as diferenças, mas defendendo a igualdade de acesso aos bens coletivos”.
O professor Fábio Freitas afirma que o desafio democrático para a construção da cidadania é a transformação da maioria social – que permanece alijada da participação política, apesar de votarem nas eleições – em maioria política.
Ele distingue a CIDADANIA PASSIVA — aquela que é outorgada pelo Estado, com a ideia moral da tutela e do favor — da CIDADANIA ATIVA, aquela que institui o cidadão como portador de direitos e deveres, mas essencialmente criador de direitos para abrir espaços de participação e possibilitar a emergência de novos sujeitos políticos.
Que exemplos você citaria de cidadania ativa?
O apoio as famílias com crianças no incêndio de Janaúba- MG, ocorrido na semana passada; seria um exemplo de cidadania ativa.
Os movimentos públicos em favor da ciência no Brasil também são exemplos de cidadania ativa; uma vez que todos estes movimentos exigem participação, solidariedade, luta pela igualdade, diversidade e sobretudo liberdade de ação.
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Para ilustrar esse tema, segue um vídeo com Marcela Moreira do Instituto Voz Ativa:
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Vamos começar o debate de hoje falando sobre democracia.
O professor Fábio Freitas afirma que “podemos definir democracia como o regime político fundado na soberania popular e na separação e desconcentração de poderes, com pleno respeito aos direitos humanos. Esta breve definição tem a vantagem de agregar democracia política e democracia social; isto é, reúne as LIBERDADES CIVIS, a separação e o controle sobre os poderes, a alternância e a transparência no poder, a IGUALDADE JURÍDICA e a BUSCA DA IGUALDADE SOCIAL, a EXIGÊNCIA DA PARTICIPAÇÃO POPULAR na esfera pública, a SOLIDARIEDADE, o RESPEITO À DIVERSIDADE E A TOLERÂNCIA.”
Betinho dizia que acreditava na democracia “como o único instrumento capaz de atender as questões da integração social, do combate à pobreza e da geração de emprego. A democracia é um valor ético, um conjunto de princípios éticos que precisam ser perseguidos todo o tempo.”
E para você: o que é fundamental para termos uma democracia?
Acredito que para termos democracia, os cidadãos devem exercer seu papel politico na sociedade de modo consciente.
Acho que o cidadão brasileiro médio ainda acha que exerce cidadania apenas através do voto e a sociedade brasileira esta carente de todo tipo de ação politica…de ocupação dos espaços públicos de ação mesmo…
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Obrigada Beatrice por sua participação. A partir de sua respostas, podemos nos perguntar o que seria preciso para aumentar a participação popular?
Qual o papel das escolas nesse sentido? E da mídia?
Aumentar a participação popular efetiva e uma grande tarefa da escola.
Digo isto porque existe um apelo da mídia para a participação em todo e qualquer tipo de movimento social ou popular.
Assim, apesar de ser papel da mídia esclarecer e revelar a natureza dos movimentos sociais e populares, na pratica, estão frequentes as confusões. E as confusões levam ao desgaste das organizações e a perda de confiabilidade nos movimentos e ações sociais que se criam…
A escola, por sua vez, precisa se modificar e favorecer o desenvolvimento integral dos estudantes, não apenas possibilitando o aprendizado de conteúdos específicos, como promovendo atitudes e habilidades éticas, para a convivência e cultura da paz e criadora de participação cidadã.
Concordo plenamente Beatrice.A cidadania não pode ser exercida apenas pelo voto. A ocupação consciente dos espaços públicos também é uma opção, apesar da população estar exausta e ter diminuído nessas ocupações… não devemos perder a esperança de que podemos sim! Precisamos Progredir urgentemente com ORDEM.
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Obrigada Glauber por sua participação. Como dizia Betinho: “Na cultura brasileira, a participação é percebida de forma limitada e limitante: ‘seja um bom pai de família e o resto virá por acréscimo’; ‘seja um bom trabalhador que os outros cuidarão de sua vida’; ‘seja um cidadão que vota a cada quatro ou cinco anos e o Estado fará o resto’; ‘não participe de tudo nem busque ampliar seus compromissos; isso só lhe trará dor de cabeça!’. No fundo, a mensagem conformista e excludente é essa: cuide de sua vida e esqueça-se do resto!”
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Bom dia a todxs!
Inciamos hoje a segunda edição do curso Imagens de Cidadania.
O tema de hoje é Democracia, Ética e Cidadania.
Para aprofundar os conhecimentos sobre esses temas sugerimos que leia os artigos:
Em nome da ética e Democracia e Cidadania, ambos de Herbert de Souza.
E ainda o artigo Democracia, Igualdade, Diferença e Tolerância, de Fabio de Freitas. Todos os textos podem ser encontrados na Biblioteca.
Ao longo do dia, vamos destacar pequenos trechos dos artigos para debatermos.
Bom curso!
Equipe Mobilizadores
Boa tarde e bom curso para todos!
Espero ampliar as informações e aprendizados