No dia 1º de outubro, comemora-se o Dia Internacional do Idoso. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para mostrar as dificuldades que essas pessoas enfrentam em seu dia a dia. Problemas como falta de meios de transporte adequados e o precário atendimento hospitalar na saúde pública são as principais queixas de quem chegou à terceira idade.
Para a dona de casa Elza Maria, de 65 anos, a maior dificuldade é entrar nos ônibus. “O degrau é lá nas alturas. A gente tem quase que andar com um banquinho para subir. E outra dificuldade, é atendimento nos hospitais. A melhor conquista do idoso, nem sei direito o que é. Mas, o restante a gente vai levando.?
A aposentada Dora Ribeiro, de 67 anos diz que os idosos tiveram algumas conquistas. “Nós temos muitas coisas que melhoraram como as filas preferenciais para idosos, pois são mais reduzidas. E certas tarifas que para o idoso são menores. Então não é tão ruim assim ser idoso.”
A comerciante aposentada Salam Qozak, de 81 anos, nasceu na Síria e se diz que se preocupa com os mais pobres.”Eu posso andar de táxi, e ter acompanhante. E os outros que não tem ninguém? Esse privilégio conquistei quando ainda era jovem. Mas quem não conseguiu e ficou velho, me conta?”
Envelhecimento
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2000 havia 600 milhões de idosos no mundo, mas este número irá dobrar em 2025.
O envelhecimento continua a ser visto como uma condição de profunda degradação. Os idosos são infantilizados e desvalorizados como se fossem excluídos sociais, por isso cabe à sociedade contribuir para a construção de uma nova imagem associada ao envelhecimento.
À medida que a pirâmide do envelhecimento se transforma num retângulo, é importante compreender que a faixa etária dos 65 aos 80 engloba um número cada vez maior de pessoas, cujas qualidades e competências se mantêm suficientemente ativas para serem cidadãos tão válidos como qualquer outra pessoa.
Para a ONU, os idosos estão divididos em três categorias: pré-idosos (entre 55 e 64 anos), os idosos jovens (entre 65 e 79 anos ou 60 e 69 anos, para quem vive na Ásia e na região do Pacífico) e idosos avançados (com mais de 70 ou 80 anos).
A ONU considera que o envelhecimento populacional deveria representar um triunfo do desenvolvimento social e da saúde pública. Nos países desenvolvidos, o desenvolvimento socioeconômico tem ocorrido junto com o envelhecimento populacional, enquanto que nos em desenvolvimento o surgimento de tecnologias médicas, preventivas, diagnósticas e curativas, com novos recursos terapêuticos, fornece meios para prevenir as mortes causadas pelas doenças na meia-idade e nos indivíduos que começam a envelhecer.
A Espanha será o país mais velho do mundo em 2050, com uma média de idade de 55 anos e quatro pessoas sexagenárias por cada criança, segundo dados das Nações Unidas, resultante do estudo de uma socióloga.
O estudo indica que depois da Espanha estarão a Itália, Eslovénia e Áustria, com 54 anos de idade média em 2050. Outros dez países terão mais de 10% da população com mais de 80 anos.No Brasil, dados do IBGE mostram que a população de idosos vem aumentando. Em 2008, havia mais de 21 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade, aproximadamente 2 milhões a mais do que no ano anterior.
A data
Desde 1991, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o primeiro dia do mês de outubro como Dia Internacional do Idoso, para estimular a reflexão, a promoção e proteção dos seus direitos.Com informações da Agência Brasil (www.agenciabrasil.gov.br)