Para reduzir as perdas na produção e ampliar o acesso a mercados e a melhores condições de comercialização dos seus produtos, 11 floricultores de Agudo e Santa Maria ingressarão na Cooperativa RS Flores. A adesão à entidade, instalada em Santa Cruz do Sul, cidade distante 150 quilômetros de Porto Alegre (RS), deverá significar uma redução de 15% nas perdas dos produtores de flores. Os empreendedores integram o Pólo de Flores da Região Central. São 27 profissionais, que atuam nas cidades de Santa Maria, Agudo, Santa Cruz do Sul e Cachoeira do Sul.
Eles são atendidos pelo Sebrae no Rio Grande do Sul, por meio do Programa Juntos para Competir. O projeto é desenvolvido por meio de uma parceria entre o Sebrae, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). Além do setor de floricultura, a iniciativa beneficia os segmentos de fruticultura, bovinocultura de corte, suinocultura, ovinocaprinocultura, vitivinicultura e cana-de-açúcar e derivados.
Segundo o consultor do Sebrae Carlos Antônio Cunha, a adesão à cooperativa garantirá aos produtores o acesso a uma série de condições que favorecerão seu desenvolvimento e a manutenção dos seus empreendimentos. A perspectiva é de que as perdas na produção caiam de 25% para 10%. “Atualmente, os prejuízos dos floricultores são muito altos para os padrões do setor, pois eles encontram dificuldades no acesso aos mercados”, explica.
A RS Flores tem 20 integrantes, e passa por uma reestruturação visando fortalecer o setor e disponibilizar aos empreendedores as condições necessárias para escoar a produção. Uma das alterações é a criação de um código de ética da entidade. A cooperativa responsabiliza-se pela venda das flores e reorganizou o sistema operacional dos associados, o que colaborará para o posicionamento da organização de forma mais competitiva no mercado.
De acordo com dados da Associação Rio-grandense de Floricultura (Aflori), o Rio Grande do Sul importa 60% das flores consumidas no Estado, sendo que 70% deste total provêm de São Paulo e Santa Catarina. Aproximadamente 750 produtores de 180 municípios atuam no setor, e são responsáveis pelo cultivo de cerca de 800 hectares. O segmento envolve diretamente 2,8 mil profissionais, e movimenta R$ 800 milhões por ano, em média. Os floricultores concentram-se principalmente nos Vales do Sinos e do Caí.