Número de casos de dengue este ano já é três vezes maior que o registrado no ano passado.
Agentes de controle de vetores estão em greve em meio a um surto de microcefalia no Nordeste. Para agravar a situação, falta larvicida para combater o mosquito Aedes aegypti enquanto o número de casos de dengue não para de aumentar.
Além da dengue e do chikungunya, o Aedes aegypti também transmite o vírus zika, apontado como maior transmissor da microcefalia no país, segundo informações da Folha de S. Paulo. O Nordeste tem aproximadamente 90% dos casos registrados de má-formação do cérebro em recém-nascidos. Até agora foram 1.248 casos em 14 estados brasileiros, sendo que quatro já decretaram emergência.
Em meio a este cenário, vários estados sofrem ainda com a falta de funcionários. No Rio Grande do Norte, a greve já dura um mês; em Pernambuco, estado onde há maior número de registros de dengue, 40% dos agentes de controle de vetores foram demitidos; no Piauí, os prefeitos estão dispensando funcionários por falta de repasse de verbas; na Bahia, a União custeia apenas 1.100 dos 2.400 agentes.
Além de greve e demissões, falta também larvicida. Sergipe, Rio Grande do Norte e Paraíba ficaram sem larvicida durante quatro meses, enquanto na Bahia, Piauí, Ceará e Alagoas foi preciso racionar o produto, aplicado nas casas para evitar possíveis criadouros do mosquito transmissor.
O Ministério da Saúde afirma que o larvicida é repassado aos estados e pede que os governos acompanhem o uso do produto pelas prefeituras.
Fonte: Brasil ao Minuto