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Erradicação da Miséria

Agricultores familiares buscam alternativas de comercialização no RS


13 de outubro de 2010

No Brasil, há cerca de 4 milhões de propriedades da agricultura familiar, que empregam 80 % da mão de obra do campo e produzem cerca de 70% dos alimentos que vão para a mesa dos brasileiros. Para garantir seu espaço no mercado e atrair a atenção dos consumidores, muitos agricultores perceberam a necessidade de ter um produto com qualidade, produzir com diversidade e divulgar as diferenças de sua produção. Mas, principalmente, viram na criação de associações e cooperativas um caminho para fortalecer a agricultura familiar e torná-la mais competitiva no mercado.



No vídeo “Cooperativismo: Comércio justo e solidário – Parte I”, disponível na COEP Tevê, são apresentadas três experiências que vêm dando certo no sul do país. O casal William e Maria Helena Rocha, pequenos agricultores de Pareci Novo, no Rio Grande do Sul, criaram em 1998 a agroindústria familiar Novo Citrus e fizeram vários cursos para trabalhar com a agricultura orgânica. Hoje o carro-chefe da Novo Citrus é a geléia sem adição de açúcar e conservantes, produzida 100 % com frutas orgânicas.



No Sítio Falkoski, em Dois Irmãos (RS), Cláudio Falkoski percebeu que a monocultura pode trazer problemas e que na diversidade é possível enfrentar os imprevistos e as intempéries. ?Se der problema numa atividade, você tem a outra?, diz, acrescentando que hoje o sítio produz ainda vinho, em parceria com um amigo, também dono de uma pequena propriedade. ?O vinho produzido na agricultura familiar tem um diferencial muito grande, porque é produzido artesanalmente, é um vinho puro, sem conservantes.?



Ricardo Fritsch, agricultor de Picada Café (RS), é um dos sócios da cooperativa Coopernatural. Ele produz suco de uva, vinho e doce de leite, enquanto seus sócios produzem, dentre outras coisas, compotas, geléias e outras qualidades de suco.



Ricardo ressalta a importância de apresentar o produto da agricultura familiar de uma forma diferenciada ao consumidor, mostrando que é artesanal. ?No momento que o consumidor percebe isso, ele experimenta o produto e vê a diferença de um produto industrializado em larga escala de outro, feito artesanalmente, em pequena escala e com carinho, como o da agricultura familiar.?



Comercialização



Mas, não basta ter um produto de qualidade. É preciso comercializá-lo, e este é um dos grandes obstáculos enfrentados pelos pequenos agricultores. Neste sentido, o comércio justo e solidário e o cooperativismo vêm abrindo portas para a comercialização da agricultura familiar. A criação de cooperativas mostra-se um caminho para fortalecer a agricultura familiar e torná-la competitiva.




?Produzir é 50% e vender é os outros 50%. Não adianta ter um bom produto e não ter onde vendê-lo?, diz William Rocha, que viu nas lojas do segmento justo e solidário um caminho para escoar a produção da Novo Citrus. O agricultor e sua esposa fazem parte também de um grupo chamado ?Companheiros da Natureza?, que tem hoje 10 famílias e se formalizou como associação em 2004. O grupo comprou um ônibus para comercializar conjuntamente a produção, e todo sábado vai até a capital gaúcha para vender junto toda a sua produção.




Já o Sítio Falkoski comercializa seus produtos na merenda escolar local, nas cooperativas de economia solidária e nas feiras locais e nacionais. E a Coopernatural, formada por 26 famílias, comercializa pequenas quantidades, agregando valor ao produto de pequena escala. Com a cooperativa, segundo Ricardo, um dos grande ganhos foi que o agricultor passou a participar novamente da comercialização de seus produtos, percebendo como devem ser e por quanto podem ser vendidos.



No final do vídeo é apresentada também a Consol, cooperativa que surgiu em 2003 em Novo Hamburgo (RS), e que tem como um dos parceiros o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) Miguel Steffens, presidente da Consol diz que a cooperativa se tornou um ponto de referência para a agricultura familiar, dispondo de pontos de comercialização em Novo Hamburgo e Porto Alegre. A cooperativa está prestes a abrir também duas lojas na cidade de São Paulo (SP) e estudando a viabilidade de ter outra em Brasília (DF). Assista também aos vídeos Cooperativismo: Comércio justo e solidário – Parte II e Cooperativismo: Comércio justo e solidário – Parte III, disponibilizados na COEP Tevê.

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