“A pior deficiência é a da alienação?, denuncia a professora da Faculdade de Educação Física da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Roberta Gaio, referindo-se aos membros da sociedade, que têm olhos, ouvidos, cérebro, em perfeitas condições, e não entendem e nem pensam nas necessidades dos portadores de deficiência. A professora aborda em seu livro ?Para além do corpo deficiente: histórias de vida?, a necessidade de conhecer as diferenças e aprender a atender os portadores de deficiência.
?O livro mostra quem são os deficientes, suas aspirações e necessidades, e ensina como promover a acessibilidade a eles”, diz Gaio. Segundo a professora, os depoimentos de 12 portadores de deficiência são um dos destaques da publicação, pois expressam suas dificuldades e possibilidades com uma visão pessoal. A maioria dos entrevistados é atendida pelo Centro Interdisciplinar de Atenção ao Deficiente (Ciad), órgão de extensão da PUC-Campinas, que promove atividades culturais, esportivas e sociais de apoio ao portador de deficiência, visando à inclusão social. O Ciad foi a principal fonte de informações para a elaboração do livro.
O tema é desenvolvido em 186 páginas, dividas em cinco capítulos. No primeiro, Gaio explica os conceitos e valores das deficiências. No segundo, aborda o corpo do portador de deficiência, e, na seqüência, apresenta detalhes da pesquisa que gerou o livro. Nos dois últimos capítulos, a professora enfatiza o perfil dos entrevistados e suas histórias, e deixa recomendações à sociedade para o atendimento aos deficientes.
?Para além do corpo deficiente: histórias de vida? foi publicado pela Editora Fontoura, e seu preço nas livrarias é de R$30.