Angela Borba nasceu no Rio de Janeiro, onde se formou em história pela Pontifícia Universidade Católica (PUC/RJ). Foi ativista feminista e política e lutou pela redemocratização do Brasil. Na década de 1970, na Ação Popular, colaborou na resistência à ditadura militar. Ajudou na fundação de grupos de reflexão, de apoio a mulheres e de divulgação das lutas feministas, como a Sociedade Brasil Mulher, a Associação Nós Mulheres e a ONG Ser Mulher.
Assessorou numerosos agregados, redes e iniciativas de mulheres no Brasil e na América Latina e promoveu a gestação do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Estado do Rio de Janeiro (Cedim). Em 1979, ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT) e, em 1982, participou de uma experiência pioneira na construção de um modelo feminista de exercício de mandato eletivo. Foi fundamental na defesa das cotas de mulheres nas direções partidárias, que de maneira firme ajudou a construir. Na Assembléia Estadual, desenvolveu um trabalho político marcante: participou da criação da Delegacia das Mulheres no estado do Rio de Janeiro e do Conselho Comunitário de Saúde, colaborando ativamente na elaboração de leis voltadas para a garantia dos direitos das mulheres na Constituinte Estadual.
Também integrou o Fórum Feminista do Rio de Janeiro e a Rede Nacional de Saúde e Direitos Reprodutivos. Angela elaborou trabalhos sobre os rumos do feminismo no Brasil, escrevendo artigos sobre a situação da mulher. Nos últimos anos de vida, colaborou com a organização não-governamental Ser Mulher, de Nova Friburgo, no estado do Rio de Janeiro, e trabalhou como membro do conselho da Fundação Perseu Abramo.
Fontes: Fundação Perseu Abramo e ?Dicionário das Mulheres do Brasil – de 1500 à atualidade?, org. Schuma Shumaher (Redeh) e Érico Vital Brazil, Editora Zahar, 2000.