No dia 9 de novembro, a Anistia Internacional lançou, no Rio de Janeiro, a campanha Jovem Negro Vivo. A mobilização chama a atenção para o alto número de mortes de jovens no país, em especial entre a juventude negra.
“Além de ser um país com um dos maiores índices de homicídios no mundo, o Brasil está matando mais seus jovens e, entre estes, os negros. Os números são chocantes. Dos 56 mil homicídios que ocorrem por ano, mais da metade são entre os jovens. E dos que morrem, 77% são negros. A indiferença com a qual o tema é tratado na agenda pública nacional é inaceitável. Esteve presente de forma tímida no debate eleitoral, está fora das manchetes dos jornais. Parece que a sociedade brasileira naturalizou esta situação”, afirma Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional Brasil.
Com a campanha Jovem Negro Vivo, a Anistia Internacional convida todas as pessoas a conhecer e contribuir para mudar esta realidade. Para isso, mobiliza a sociedade para assinar o manifesto “Queremos ver os jovens vivos”, que defende o direito a uma vida livre de violência e preconceito. E ainda pede políticas públicas de segurança, educação, saúde, trabalho, cultura, mobilidade urbana, entre outras, que possam contribuir para o enfrentamento desta realidade.
“A morte violenta não pode ser aceita como destino de tantos jovens. As consequências do preconceito e dos estereótipos negativos associados a estes jovens e aos territórios das favelas e das periferias devem ser amplamente debatidas e repudiadas”, destaca Atila Roque.
Para assinar o manifesto e saber mais sobre a Campanha, acesse anistia.org.br/campanhas/jovemnegrovivo/
Fonte: Anistia Internacional