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Erradicação da Miséria

Artesanato mineiro com palha de milho ganha reconhecimento internacional


13 de outubro de 2010

Há seis anos as fiandeiras de Patos de Minas (MG) aproveitaram a coincidência dos nomes e a vontade de trabalhar para criar a Associação das Marias Artesãs de Patos de Minas. O grupo produzia peças de tecelagem, mas com o tempo descobriram na palha um grande diferencial. Pelas mãos das artesãs, as palhas de milho são transformadas em bonecas, flores, presépios e santos. “A região é uma grande produtora de milho, o que facilita a produção das peças e a diminuição dos custos, já que as palhas são doadas por agricultores da cidade” explica Marialda Coury, artista plástica e coordenadora da associação. O grupo, que começou com 12 artesãs, hoje possui 25 integrantes. São mulheres com mais de 60 anos que encontraram no artesanato uma ocupação e fonte de renda. Elas foram capacitadas pelo Programa Sebrae de Artesanato nas áreas de inovação, associativismo, finanças, atendimento, mercado e design. O programa estimula a geração de emprego e renda em mais de 300 municípios de Minas Gerais. Capacitação e divulgação Depois de serem treinadas, as artesãs tiveram os produtos divulgados no Catálogo de Artesanato Minas Gerais. A edição do Sebrae-MG, criada para facilitar a comercialização entre artesãos e lojistas, rendeu bons resultados. Desde que tiveram, em 2006, as peças divulgadas, as artesãs receberam encomendas do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Alagoas e Pernambuco. Em agosto de 2008, elas participaram da Rodada de Negócios Internacional durante o Encontro Mineiro de Artesanato, em Uberaba. No evento, tiveram contato direto com representantes comerciais de grandes empresas nacionais e internacionais. Entre elas uma holandesa, que em novembro, fechou a encomenda de 600 presépios com o grupo. Nosso objetivo é criar oportunidades para que os artesãos busquem novos mercados e melhorem cada vez mais a qualidade dos produtos”, explica o técnico do Sebrae-MG em Patos de Minas, Eduardo Luiz Alves Ramos. Além das encomendas, as artesãs produzem peças que são estocadas para serem comercializadas durante a Festa Nacional do Milho, realizada em maio em Patos de Minas. Todas as peças são feitas em um barracão com 200 m² emprestado ao grupo. Para se ter uma idéia do aumento da produção, em 2008 foram feitas 8.260 flores de palhas, o que rendeu às artesãs um faturamento de R$ 33 mil. “Nunca pensávamos que iríamos tão longe. Nosso sonho virou realidade”, relata Marialda. As artesãs, que também produzem peças feitas com fibras de bananeira, coqueiro, buriti e capim, ainda contam com o apoio do Sindicato dos Produtores de Patos de Minas e da Agência de Desenvolvimento Econômico e Social da cidade.

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