O couro de tilápia é utilizado como matéria prima para confecção de bolsas, sapatos, cintos, brincos, pulseiras e tiaras artesanais pela Associação dos Artesãos em Couro de Tilápia de Piranhas, no oeste de Alagoas. Os artesãos vêm passando por diversas capacitações para melhorar a qualidade dos produtos e aumentar sua renda.Para a coordenadora do APL Piscicultura pelo Sebrae em Alagoas, Liza Mirella, é importante que esses artesãos melhorem as técnicas de produção, o que refletirá diretamente na qualidade das peças. ?Nós já trabalhamos com essa associação desde 2007, e à medida que eles vão aprendendo novas técnicas de produção, conseguem agregar valor ao seu artesanato e, conseqüentemente, aumentam sua renda. Eles são incentivados a aproveitar todo o conteúdo do peixe, nada é jogado fora?, explica Liza.
Para a presidente da associação, Maria Cleonice dos Santos, entre as principais dificuldades enfrentadas pelos artesãos estão o reduzido número de associados e a falta de locais de comercialização dos produtos. ?O único lugar onde vendemos as peças é a nossa própria cidade, Piranhas. Acontece que às vezes nós ficamos sem mercado, e precisamos aumentar nossas vendas, já que todos os artesãos têm esse trabalho como única fonte de renda, o que nos proporciona cerca de R$ 100 ou, no máximo, R$ 200 por mês?, explica a artesã.
Entretanto, a presidente destaca o trabalho que vem sendo feitocom osartesãos da associação. Desde 2007, o Sebrae Alagoas e seus parceiros oferecem cursos de curtimento vegetal do couro, de confecção de calçados, de formação de custos e preços de vendas, de gestão ambiental, além de consultorias em gestão de negócios, em associativismo, entre outras.
?A qualidade dos nossos produtos vem melhorando bastante, e isso se deve, também, às capacitações que vêm sendo oferecidas. É importante que nós possamos melhorar nossas técnicas de produção para acompanhar as exigências do mercado?, avalia Maria Cleonice.
APL Piscicultura
O APL Piscicultura no Delta do São Francisco atinge 15 municípios do Baixo São Francisco Alagoano nas regiões da Zona da Mata, Agreste e Alto Sertão: Delmiro Gouveia, Olho D?água do Casado, Pão de Açúcar, Piranhas, Traipú, Belo Monte, São Brás, Porto Real do Colégio, Igreja Nova, São Sebastião, Penedo, Piaçabuçu, Feliz Deserto, Coruripe, e Jequiá da Praia.
Com o objetivo de consolidar a piscicultura no território através do aumento sustentável da produção e da conquista de novos mercados, o APL abrange 242 piscicultores, distribuídos em 15 associações, quatro cooperativas, três colônias de pescadores e uma câmara setorial.
O APL faz parte do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL) e é uma realização do governo do estado, através da Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan), e do Sebrae.Com informações ASN