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Assim como São Paulo, Rio quer ‘reorganizar’ escolas


30 de novembro de 2015

Em São Paulo, estudantes da rede pública já ocupam quase 200 escolas contra um projeto do governador Geraldo Alckmin (PSDB) que ameaça fechar 94 colégios e modificar outros 752, 30% do total. A medida pretende reorganizar as unidades para que elas ofereçam turmas apenas para um dos três segmentos: 1º ao 5º ano, 6º ao 9º ano ou ensino médio. No Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Educação (SME) quer implementar um projeto semelhante em relação à separação das turmas.

Por lá, pais, professores e alunos paulistas denunciam que o projeto irá superlotar turmas com o fechamento de unidades escolares e que dividir crianças e adolescentes é um grave erro. Especialistas alertam que isso irá separar irmãos das escolas e prejudicar as famílias, já que o mais velho costuma levar o mais novo para a escola. “Esta bagunça vai alterar muita coisa na vida de estudantes, suas famílias e professores”, alerta o Sindicato dos Professores de São Paulo (Apeoesp). 

No Rio

Também chamado de reorganização da rede, o projeto da Prefeitura do Rio tem sido aplicado desde 2012 e pode afetar, direta ou indiretamente, as 1.463 escolas municipais e seus mais de 650 mil alunos. A tentativa do governo municipal é também dividir as unidades escolares em três: creche e pré-escola; 1º ao 6º ano; e 7º ao 9º ano, com a justificativa de garantir maior foco no trabalho escolar.

O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ (Sepe) acusa o governo de Eduardo Paes (PMDB) de não revelar os estudos que levaram à Prefeitura a tomar tal atitude. “Não existe nenhuma justificativa para esse tema. Por conta da mobilização, o governo foi obrigado a recuar, mas está fazendo de forma fatiada”, aponta Susana Gutierrez, diretora do SEPE. Ela explica que professores e funcionários estão sendo transferidos, contra sua vontade, para outras escolas dentro do processo de implementação do plano. 

Possíveis ocupações

Da Ilha do Governador vem um exemplo de resistência ao projeto. Segundo o professor Marcelo Sant’anna, a Escola Municipal Jornalista Orlando Dantas, onde ele trabalha, foi a primeira onde a Prefeitura tentou aplicar a mudança, ainda em 2012. Ele não descarta a possibilidade de o Rio viver o mesmo processo de ocupação das escolas para barrar a reorganização apresentada pelo governo.

“Tudo é possível. A Prefeitura deu uma parada nesse projeto não foi à toa, pois ela sabe que as comunidades escolares estão se mobilizando. Ninguém quer que essa escola mude. Eles deveriam reestruturar a escola colocando mais serventes, inspetores, agentes de portaria”, propõe Marcelo, que também é diretor do SEPE. Em sua escola, o projeto de reorganização foi rejeitado por pais e profissionais da educação.

Pais criticam

Roberto Rangel é um dos responsáveis que não quer que seu filho, de 13 anos e que estuda na rede municipal da Ilha do Governador, tenha que frequentar uma escola ‘reorganizada’. “Meu filho vai perder a integração com a escola. Fizemos uma reunião na escola e os responsáveis não concordaram”, recorda.

Rejeição compartilhada por Sandra Quintela, mãe de uma aluna de 8 anos de uma escola municipal no centro do Rio. “Esse projeto serve a uma lógica individualista. Querem acabar com a comunidade. Temos que barrar esse projeto”, convoca.

Secretaria responde

Questionada pelo Brasil de Fato, a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que, atualmente, 80% das unidades escolares já estão organizadas por segmento e que a SME está “na etapa de análise, que tem como objetivo aprimorar todo esse processo, a partir dos resultados já alcançados”.

 

Fonte: André Vieira, Brasil de Fato

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