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Participação, Direitos e Cidadania

Ativistas querem desconstruir visão negativa do SUS propagada pelas mídias


7 de abril de 2017

A Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) sediou, no dia 4 de abril, a Conferência Livre de Comunicação e Saúde. O debate sobre a forma como o Sistema Único de Saúde (SUS) é retratado pela imprensa comercial e a visão privatista dos veículos de comunicação sobre a saúde envolveu movimentos sociais, pesquisadores e ativistas.

Segundo Renata Mielli, coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), as mídias vêm desconstruindo o papel do Estado como responsável pela garantia do direito à saúde. “O discurso hegemônico produzido pela mídia de que tudo que é público é ruim, e o bom é oferecido pela iniciativa privada. Construiu o imaginário da sociedade a partir de um senso comum. A população reproduz que o público é ruim, aí contrata um plano de saúde mais barato e quando é atendido, os equipamentos de saúde privados são muitas vezes de qualidade pior que o atendimento do SUS”, afirma a jornalista, em entrevista à  Rádio Brasil Atual.

Para Marcio Derbli, diretor de comunicação do Instituto de Saúde do Estado de São Paulo, o principal desafio é estabelecer uma política de comunicação que favoreça o SUS. “Como não há uma contra narrativa da mídia sobre o SUS, é preciso pensar também as estratégias de comunicação que possam ser usadas para contrapor os interesses do grande capital.”

A documentarista Eveline Araujo, integrante do Cine Tornado Festival, trouxe exemplos de conteúdos audiovisuais que destacaram as boas práticas de saúde. “Há um seriado chamado Unidade Básica e que poucas pessoas têm acesso porque está no sistema privado. Precisava levar um trabalho desse para o sistema público e desmistificar o que é a unidade básica no dia a dia das pessoas.”

“Nós tivemos o caso do Centro de Saúde Geraldo de Paula Souza, ameaçado de fechar pelo reitor, e os usuários, que são idosos, fizeram uma mobilização intensa e aderiram à linguagem do cinema, produzindo então o documentário e revertendo a situação”, conta Eveline.

A criação de uma rede para impulsionar as várias vozes e ações que envolvem a saúde pública foi uma das saídas apontadas por Renata. “Uma rede de iniciativas que dialoguem entre si, aproveitando iniciativas que já existem, como a da Fiocruz e outras universidades. Porém, isso está desintegrado. É importante integrar para potencializar e, uma vez integradas, elas tem mais visibilidade.”

Fonte: Rede Brasil Atual

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