As Paraolimpíadas de Pequim começaram no dia 6 de setembro, e os atletas brasileiros estão confiantes de que será a melhor participação brasileira na história dos jogos. Acomodados na Vila Paraolímpica desde 30 de agosto, eles dizem que encontraram a melhor estrutura física e de serviços já oferecida em competições.
André Luiz Garcia, do atletismo para pessoas com baixa visão, está em sua terceira Paraolimpíada e conta que o desempenho dos brasileiros tem evoluído muito. ?Muitos atletas melhoraram suas colocações nos rankings mundiais, o que aumentou muito a expectativa de o Brasil fazer uma ótima participação, principalmente no atletismo?.
Segundo ele, os investimentos no esporte paraolímpico cresceram também. A participação dos atletas em mais competições internacionais e o período de aclimatação em Macau, antes de chegar a Pequim, podem ser grandes diferenciais em relação aos últimos jogos.
Percepção dos espectadores
Garcia chama a atenção para a determinação e a alegria dos atletas que participam da competição. ?Os telespectadores devem observar a determinação dos atletas, seu empenho nas competições, pois além de superar adversários, eles precisam superar limitações físicas. É importante também frisar a alegria, porque o esporte paraolímpico, além de tudo, demonstra a alegria do atleta em participar de uma competição desse porte?, disse.
Atleta estreante em Paraolimpíadas, André Luis Oliveira, da corrida e do salto em distância, diz estar preparado para fazer o melhor e falou do incentivo que recebeu para vir a Pequim. ?É tudo novo, estou super contente, muito ansioso, mas pronto para enfrentar as feras. O Zequinha Barbosa, antes de eu vir do Brasil pra cá, disse: André, você está numa festa de leão onde tigre não entra. Então, você é um leão também. Pra cima deles!?, contou.
Na vila, a delegação brasileira tem como vizinhos os dinamarqueses, ao lado, e a Grã-Bretanha, à frente. Carlos Garletti, atleta do tiro esportivo, disse que por ali não há muita interação entre as delegações. ?A bagunça acontece é no refeitório?. Mas entre os próprios brasileiros não falta interação. O movimento de entrada e saída de pessoas no prédio é dos maiores.