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Benefícios da comunicação


13 de outubro de 2010

O impacto dos meios de comunicação é percebido mais nitidamente em regiões com infra-estrutura muito precária, como é o caso de milhares de comunidades tradicionais na região amazônica. Esta é a principal conclusão de uma recente tese de doutorado apresentada na London School of Economics na Political Science, em Londres, que afirma que políticas de comunicação são essenciais para a consolidação da democracia, a descentralização política e econômica e mudanças sociais associadas ao desenvolvimento humano.


Segundo informações da agência Notícias da Amazônia, a tese ressalta que o isolamento do que acontece à sua volta por falta de meios de informação, a impossibilidade de comunicar-se com o mundo exterior e a distância da rede de serviços públicos que se concentra nos centros urbanos é a realidade, por exemplo, da maioria das 100 comunidades tradicionais da ilha de Gurupá, município paraense.


A pesquisadora Mônica Mazzer Barroso, autora do estudo de caso em Gurupá, analisou o impacto do sistema de radiotransmissores instalado na área pelo projeto Rádio Amazônia, em 2000, e a influência da rádio comunitária que abrange 60% do município na vida dos caboclos que vivem nesses povoados afastados. O projeto, uma iniciativa da ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, instalou radiotransmissores em 236 comunidades isoladas na Amazônia.


A cidade conta com 17 radiotransmissores (14 nas comunidades rurais, um na cidade, um no barco de uma ONG e outro no escritório da ONG em Belém) e uma rádio comunitária implantada em 1997, que tem um programa (Alô, Alô Interior) em que as pessoas mandam mensagem para serem lidas no ar. Mônica coletou para análise as conversas trocadas pelos radiotransmissores e as mensagens lidas no ar. “Os temas principais dessa comunicação foram os relacionados à comercialização de produtos produzidos na região, questões de legalização de terras, avisos sobre as aulas, conversas de parentes que moram longe e mobilização política”.


O coordenador da ONG Federação das Organizações pelo Bem-Estar Social e Educação (FASE) Manuel Pantoja conta que o atendimento de saúde e as relações comerciais foram os setores mais favorecidos pelo sistema de comunicação radiofônico. A pesquisadora afirma que as redes de rádio são o sistema de comunicação mais barato e simples, do ponto de vista da instalação e da manutenção, e deveriam ser adotadas em políticas públicas para promover a integração dessas regiões isoladas. No trabalho ela ainda aponta algumas falhas na legislação de rádios comunitárias, como a determinação de que tenham um raio de abrangência de no máximo um quilômetro.


Fonte: Adital

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