O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 63,5 milhões para dar acesso aos serviços de abastecimento de água e esgoto sanitário a 57 mil famílias de Rondonópolis (MT). As obras vão gerar cerca de 3 mil empregos diretos.
O projeto, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), também inclui a implementação de melhorias nos sistemas existentes e aumento da qualidade dos serviços. O apoio do BNDES equivale a 95% do custo total, de R$ 66,9 milhões.
Após a conclusão das obras toda população urbana do município terá acesso à rede de coleta de tratamento de esgoto. Atualmente, apenas 25% desta população é atendida, e 76,3% do esgoto coletado é tratado. Ao todo, 57 mil famílias serão contempladas com o projeto.
Os investimentos no sistema de abastecimento de água garantirão suprimento para toda a população urbana, especialmente em áreas de menor renda. Em função disso, reduzirão a mortalidade infantil e a incidência de doenças. O projeto prevê redução de perdas e regularização do serviço, o que evitará as eventuais interrupções no abastecimento, além de melhorar as condições ambientais ao universalizar o tratamento de esgoto.
Rondonópolis tem 173 mil habitantes, dos quais 94,4% residem em área urbana. Na década de 80, o município passou a ser pólo da região sul de Mato Grosso por sua importância econômica, demográfica e urbana. Na década de 90, a agricultura, a pecuária, o comércio e a indústria tornaram-se bases da economia local, sendo a agricultura pólo gerador de emprego e renda.
O sistema de saneamento não acompanhou o crescimento da cidade. As ligações de água eram feitas de forma precária, com materiais não padronizados e muitas vezes inadequados. A utilização desse tipo de material provoca aumento de perdas de água tratada no sistema, aumenta o risco de rompimento da rede por excesso de pressão e, ainda, amplia o risco de contaminação da água.
O projeto trará impactos ambientais positivos, como a redução do lançamento de produtos químicos no Rio Vermelho, devido ao reaproveitamento do lodo do tratamento de água; a redução de carga poluente a ser lançada nos rios e no Pantanal Mato-grossense; e a despoluição dos lençóis freáticos.