O Brasil pode transformar seu potencial de riqueza ambiental em motor para uma nova maneira de fazer desenvolvimento. Esta é a opinião da ministra do Meio Ambiente Marina Silva. No lançamento da Bolsa de Valores Sociais e Ambientais (BVS&A), da Bovespa, no dia 29 de maio, a ministra acrescentou que, no futuro, cidadãos do mundo todo poderiam preferir produtos e serviços com forte carga ambiental ? desde forma de energias limpas até produtos que valorizam a biodiversidade e respeitem a diversidade social e cultural.
De acordo com Raymundo Magliano Filho, presidente da Bovespa, a BVS&A tem como objetivo captar recursos financeiros para projetos de ONGs brasileiras voltados ao meio ambiente e à educação e amplia para a área de meio ambiente a atuação da Bolsa de Valores Sociais (BVS), criada em 2003, com foco em projetos educacionais, e que neste período captou cerca de R$ 5 milhões para 36 projetos. Embora utilize o nome de Bolsa e utilize expressões como ?investimento? e ?pregão?, a BVS&A não intermedia a venda de ações, e sim aproxima doadores de recebedores. A vantagem é que a Bovespa acresecenta credibilidade às doações e permitirá acompanhamento dos projetos patrocinados.
Definidos a partir de pesquisa do Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVCes) da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo são cinco as áreas temáticas que vão integrar o programa de responsabilidade socioambiental BVS&A: Educação para a sustentabilidade, mudanças climáticas, recursos hídricos, biodiversidade e florestas e cidades sustentáveis. ONGs interessadas devem fazer seu cadastro pelo site www.bovespasocial.org.br Se forem selecionadas ficarão ?listadas? na bolsa para receber donativos de interessados. No momento a BVS&A mantém 15 projetos listados pela antiga BVS, nas áreas de capacitação profissional, cidadania e cultura.
Fonte: Envolverde (www.envolverde.com. br), com base em matéria de Rogerio Ruschel.