Cerca de 20% do plástico utilizado no Brasil em 2010 foi reciclado de forma mecânica, aquela em que há a transformação para o reaproveitamento do produto, segundo estudo da consultoria especializada MaxiQuim, divulgado recententemente. A boa notícia é que houve crescimento da reciclagem em relação ao ano anterior, quando 17,9% desse material retornou ao consumo.O Brasil fica abaixo de países como Alemanha (34%), Suécia (33,2%) e Bélgica (29,2%) nesse quesito. O que deixa mais a desejar é a reciclagem energética, em que o produto é reutilizado para geração de energia. “A energética usa o plástico que não se pode limpar. Há muitos países na Europa onde ela supera a mecânica. No Brasil, nem temos esse tipo de reciclagem. Precisamos avançar na regulação do setor”, afirmou Solange Stumpf, da MaxiQuim.A capacidade instalada da indústria de reciclagem, de 64,5%, ilustra o potencial do país, na esteira da Política Nacional de Resíduos Sólidos sancionada pelo governo em agosto de 2010, e cujo Plano Nacional de Resíduos Sólidos encontra-se, atualmente, em fase de discussão em audiências públicas regionais e via internet.Menos de 10% dos municípios brasileiros possuem coleta seletiva estruturada, segundo o presidente da Plastivida (associação do setor), Miguel Bahiense. “Depende de outros fatores, além da preparação da indústria, como a consciência da população e a coleta das prefeituras”, explicou.Materiais como latas de alumínio têm índices acima de 90%, observou Stumpf. Entre os setores que mais consomem estão os têxteis, produtos domésticos e calçados.