Uma pesquisa realizada pelo Serviço Florestal Brasileiro e pela Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente revelou que, em 2006, foram plantadas 627 mil hectares de florestas industriais – um recorde em comparação com os anos anteriores. A maior parte das áreas plantadas é composta por eucalipto, pinos e teça, mas foram detectadas ainda áreas de espécies nativas, como a seringueira e a paricá.
Os dados estatísticos foram obtidos pelos técnicos do Ministério do Meio Ambiente a partir de levantamentos realizados com instituições estaduais de meio ambiente e florestas, entidades setoriais, empresas florestais, consumidoras de madeira, prestadores de serviços, universidades, produtores de sementes, viveiristas, consultores e agentes financiadores de todo o país.
Segundo a pesquisa, houve um crescimento da participação do pequeno e médio produtor florestal, o que ?revela uma mudança no perfil social das florestas plantadas no Brasil?, explica o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro. O documento também mostra que os estados com maiores áreas plantadas foram Minas Gerais (145 mil hectares), São Paulo (98 mil hectares) e Rio Grande do Sul (90 mil hectares). Em termos regionais, os destaques foram a Região Centro-Oeste (26%) e a Região Sul (36%). Foi observada uma sensível mudança nos estados da Região Norte, como Acre, Amazonas e Rondônia, que ultrapassaram a barreira de 500 hectares plantados em um ano.
Nesta mesma data, foi divulgado o relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, que confirma que o mundo está se reflorestando, apesar da prática extrativista ainda forte. A causa das ações de reflorestamento se deve à prosperidade econômica e à administração florestal, mais enfatizadas hoje pelas nações que buscam o desenvolvimento sustentável. Outra conclusão do relatório é que o crescimento econômico contribui para banir o desmatamento e favorecer políticas de administração sustentável de desenvolvimento.