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Meio Ambiente, Clima e Vulnerabilidade

Brasil reforça divisão entre pobres e ricos em conferência do clima


11 de dezembro de 2014

Representante do país defendeu obrigações distintas para as nações.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, se mostrou ontem disposta a manter as posições do Brasil que estão se somando à lista de itens que polarizaram o debate entre países ricos e pobres na Conferência do Clima da ONU, a COP 20.

Um dos pontos de conflito para o novo acordo de redução de emissão de gases do efeito estufa remonta a um impasse que dura anos. É a pressão que países ricos fazem para que o novo acordo não distinga obrigações de nações com diferentes estágios de avanço na economia.
Em propostas antigas, países pobres ficavam isentos de obrigação de mitigação –corte de emissões– por terem contribuído menos para os CO2 acumulado. Apesar da pressão do mundo desenvolvido, não há sinal de que isso possa cair no próximo acordo do clima, a ser assinado em 2015 em Paris.

“A diferenciação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento é absolutamente essencial para garantir o nível global de ambição requerido para manter as temperaturas abaixo de um limiar consensual”, disse Izabella. Ela criticou a proposta defendida por EUA de que cada país assuma a posição de diferenciação que quiser.

“Autodiferenciação não é uma opção. Não seria razoável nem justo esperar que países em desenvolvimento assumam mais obrigações e ao mesmo tempo reduzir o nível de ambição esperado dos países desenvolvidos”, disse.
O discurso de Izabella, que chegou ontem a Lima, ocorreu logo após uma entrevista coletiva da delegação dos EUA, na qual o país também não deu sinais de que as nações ricas devem recuar.

Outro ponto de conflito é sobre os anúncios que cada país deverá fazer sobre o corte de emissões que está disposto a fazer para contribuir com a redução global.

Países em desenvolvimento querem que esse anúncio traga medidas de adaptação aos impactos do aquecimento global e compromissos de financiar países pobres. Países ricos querem que os anúncios tragam apenas medidas de mitigação.

A questão sobre a força de implementação do acordo também pode travar as negociações. O Brasil reforçou hoje a posição de que o acordo para redução de emissões preveja sanções para quem quebrá-lo. Já os americanos questionam essa noção.

Izabella ainda voltou a mencionar a proposta brasileira para tentar romper o impasse ricos versus pobres que se instalou nas negociações climáticas.

A ideia de que haveria uma diferenciação gradual entre diferentes países em desenvolvimento chegou a entrar no esboço de acordo que estava sendo negociado na semana passada, mas depois sumiu. Em entrevista com a imprensa brasileira, porém, a ministra diz que o texto já foi recuperado.

“Voltou a proposta do Brasil nos termos que o país tinha solicitado”, disse Izabella, que terá reuniões bilaterais com representantes de outros países nesta quinta. “As [conversas] que eu tive até agora foram com organizações multilaterais, todas elogiando a proposta brasileira”

Fonte: Folha de SP

 

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