Uma campanha em defesa da acessibilidade em todo o país marcou o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado no dia 21 de setembro. O objetivo da campanha foi incentivar a reestruturação das cidades brasileiras, buscando a construção de espaços acessíveis às pessoas com deficiência e adaptando os já existentes, de modo a atender a todos os cidadãos indiscriminadamente.
?Os grandes problemas hoje, sem dúvida, são os prédios de uso público. Agências bancárias, lotéricas, hospitais, lojas, restaurantes, todos esses espaços precisam se adaptar, e essa é a razão da nossa campanha. Não basta ter lei, ela tem que ser cumprida e ela é cumprida à medida que há cobrança?, disse Martinha Clarete Dutra, do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade).
De acordo com a conselheira, o Conade tem cada vez mais cobrado e acompanhado o processo de mudanças para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência. ?Nunca houve no Brasil tantas políticas públicas voltadas à deficiência, como nesses últimos dez anos”, afirmou. “O nosso movimento social tem se fortalecido?.
Martinha Dutra disse que uma das prioridades na luta dessas pessoas é a educação, já que grande parte das escolas, principalmente as estaduais, ainda é inacessível, tanto no aspecto físico, quanto no pedagógico. Segundo ela, isso justifica a baixa escolaridade das pessoas com deficiência.
No Brasil, 22% das pessoas com deficiênci são analfabetas, e a repetência entre crianças e jovens com deficiência é quatro vezes maior. Como parte da campanha em defesa da acessibilidade está sendo distribuída uma cartilha nas escolas públicas de todo o país para sensibilizar os alunos e os gestores e dar mais valor social aos deficientes.
As pessoas com deficiência podem buscar os seus direitos, procurando os conselhos municipais. Mais informações podem ser obtidas no Conade, no telefone (0xx61) 3429 – 3673.
Fonte: Agência Brasil (www.agenciabrasil.gov.br/ ), com base em matéria de Deborah Souza.