Explicar de forma simples como obter crédito para a agricultura familiar. Esse é o objetivo da Cartilha de Acesso ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), desenvolvida pelo Sebrae em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O material está sendo enviado, agora no final de janeiro, para as unidades estaduais da instituição, que repassarão o material para os pequenos produtores de todo o país. O Pronaf tem as taxas de juros mais baixas do sistema financeiro, variando de 0,5% a 4,5% ao ano. Ao todo foram confeccionadas 16 mil cartilhas. O produtor pode retirar seu exemplar nas unidades estaduais ou acessar, a partir de fevereiro, a versão eletrônica do material, no portal www.sebrae.com.br. É importante ressaltar que, nesta publicação, as condições das linhas de crédito são válidas até 30 de junho de 2011. Segundo o gerente da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae, Alexandre Guerra, no mês de maio deverá ser publicada nova cartilha referente ao Plano Safra 2011/2012. ?Temos buscado cada vez mais levar informação direcionada para este público, que tem dificuldade nesse acesso. Utilizamos linguagem simples, que orienta e informa sobre o que é agricultura familiar, o que pode ser financiado, os grupos do Pronaf com suas condições de enquadramento, o Programa de Garantia de Preços (PGPAF), entre outras informações?, explica o gerente Alexandre Guerra.O material foi elaborado pelas áreas de Acesso a Serviços Financeiros (UASF) e Agronegócios (Uagro), no Sebrae. Na avaliação de Reginaldo Rezende, responsável pela publicação na Uagro, não faltam recursos, mas informação e orientação para o pequeno produtor. ?Crédito funciona como um dos insumos da produção da atividade, e, como todo insumo, deve ser utilizado de forma correta para que não cause efeito negativo. Por isso, a importância da orientação?, explica.O Pronaf, executado pelo MDA, é a principal política pública do Governo Federal para apoiar os agricultores familiares. Em 2009, segundo o Banco Central, os agentes financeiros contrataram mais de 1,7 milhão de operações, aplicando mais de R$ 11 bilhões. Os principais agentes são o Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia, bancos cooperativos, de desenvolvimento e inúmeras cooperativas de crédito.