Com o foco nas famílias de baixa renda, a Associação para o Desenvolvimento Solidário de Palmácia inaugurou, em dezembro de 2005, o Banco Serrano que vai oferecer créditos em até R$ 1 mil e lançar para a comunidade a moeda social denominada “Palmeira”. Com o Serrano, o Ceará amplia para quatro a rede de bancos comunitários.
A expectativa é colocar em circulação, na primeira semana de funcionamento, duas mil “Palmeiras”. Os organizadores pretendem iniciar com uma carteira de crédito de R$ 20 mil para concessão de empréstimos de até R$ 1 mil, com juros de 2% ao mês.
O Banco Serrano foi criado com apoio do Banco Palmas, pioneiro no País ao criar uma linha de crédito, sem burocracia, para as famílias com renda até três salários mínimos. A intenção é que em 2006 sejam criados100 bancos comunitários no Nordeste. Atualmente, a rede é composta por oito bancos comunitários, sendo quatro no Ceará, dois no Espírito Santo, um na Bahia e outro em Pernambuco. A Senaes já investiu cerca de R$ 300 mil em treinamento dos agentes e gerentes de crédito. Para a criação de novos bancos comunitários no Nordeste no próximo ano, o coordenador do projeto Joaquim Melo pretende pleitear recursos no Ministério do Trabalho e Emprego. “Os bancos comunitários são ações efetivas de combate à pobreza e geração de renda entre as famílias mais carentes”, justifica Melo.