Criado para agregar iniciativas no campo da economia solidária, o Centro Público de Economia Solidária de Belo Horizonte, em Minas Gerais, vem desenvolvendo atividades para formar e capacitar órgãos, governamentais ou não, que tenham o interesse de fortalecer e fomentar a economia solidária na cidade.
Fruto de uma parceria entre a Prefeitura e o Ministério do Trabalho e Emprego, o Centro Público tem uma gestão participativa e compartilhada entre gestores públicos, entidades de apoio e fomento e empreendimentos, através do Comitê Gestor e da Coordenação Executiva.
No espaço “Arte Mostra Solidária”, que divulga e comercializa os produtos e serviços produzidos por meio da economia solidária, pelo menos 31 empreendimentos solidários de Belo Horizonte atuam em forma autogestionária decidindo todo o processo de comercialização dos seus produtos.
O Centro abriga também um núcleo de documentação e informação, onde empreendedores e interessados na economia solidária podem consultar um acervo de publicações e vídeos sobre o tema e assuntos relacionados. O espaço oferece ainda um núcleo de articulação de oportunidades e para a troca de experiências entre empreendimentos.
A idéia é conseguir formar empreendimentos econômicos solidários (cooperativas e grupos solidários de trabalho) que consigam adquirir auto-sustentabilidade. Para isso, diversas oficinas e palestras são oferecidas para a população interessada em se aprimorar ou ingressar na atividade (ver agenda de programação abaixo).
Como ponto de articulação, o Centro relaciona-se com os programas e projetos que compõem as políticas sociais do município, com destaque para os de Transferência de Renda, Inclusão Produtiva, Qualificação Profissional, Saúde Mental e Educação de Jovens e Adultos.
Segundo informações do Ministério do Trabalho, Belo Horizonte tem aproximadamente 230 empreendimentos produtivos ligados a programas de economia solidária, desde a produção de artesanato à prestação de serviços. Só a reciclagem de resíduos sólidos como papel, metal, plástico e resíduos da construção envolve cerca de 2.100 pessoas.
A cidade possui também uma rede formada por 50 organizações da sociedade civil – filantrópicas e assistenciais – que atuam na formação social, cultural, política, econômica e profissional dos trabalhadores e no apoio, fomento e assessoramento dos empreendimentos. Em todo o Brasil, mais de 20 centros solidários são vinculados ao Governo Federal.