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Participação, Direitos e Cidadania

Comunicadores se articulam em defesa da convivência com o semi-árido


13 de outubro de 2010

Fortalecer a organização popular das comunidades localizadas na Bacia do rio São Francisco para que defendam o principal patrimônio hídrico do povo nordestino e difundam tecnologias para o desenvolvimento sustentável da região. Este é o objetivo da Rede de Educomunicadores Populares da Bacia do São Francisco, criada, em setembro de 2008, no Encontro de Educadores e Comunicadores Populares da Bacia do São Francisco, na cidade de Lauro de Freitas (BA). O evento reuniu cerca de 60 integrantes de movimentos sociais, ONGs, rádios comunitárias, grupos de teatro e associações.


A rede atua, ainda de maneira incipiente, em cinco frentes: rádio, Internet, teatro, audiovisual e educação popular. De acordo com a jornalista Érika Dourado, assessora da Comissão Pastoral da Terra (CPT) em Salvador, o encontro realizado na Bahia serviu para que mapear as experiências de comunicação direta ou indiretamente relacionadas com o Velho Chico e articulá-las.


“A gente vai criando várias formas de se encontrar”, observa Érika. Para 2009, está prevista a realização de encontros regionais ainda no primeiro semestre. Segundo Érika, a idéia é fortalecer a atuação da rede para que no segundo semestre seja organizado o 2° Encontro de Educomunicadores da Bacia do São Francisco.


Várias experiências


Desde 2002, o programa Rio São Francisco Vivo difunde ações de recuperação, revitalização e proteção dos recursos naturais, em parceria e de forma integrada com organizações oficiais, entidades ambientalistas e sociais, comunidades e produtores da região.


Em 2007, um grupo de educadores populares do Baixo São Francisco criou um site para discutir a revitalização do Velho Chico e a convivência com o semi-árido, a partir dos princípios da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA).


De acordo com a jornalista Lívia Bacelete, uma das iniciativas mais importantes desenvolvidas pelos comunicadores populares é a sistematização de experiências dos moradores da bacia do rio. Para a jornalista, que trabalha na sede da Cáritas de Januária, no Norte de Minas Gerais, o trabalho direto com os trabalhadores rurais é fundamental para fortalecer a auto-organização da população. Além de realizar a assessoria convencional, divulgando as atividades das organizações ligadas à Articulação Popular pela Revitalização da Bacia do São Francisco, os comunicadores produzem spots de rádio e informativos que são distribuídos entre os veículos de comunicação da região.


O informativo “O Candeeiro”, por exemplo, é uma publicação voltada para o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), que apresenta essencialmente experiências de vida dos camponeses. Numa folha tamanho A4, os agricultores falam da sua relação íntima com a terra e detalham de que forma conseguiram superar as dificuldades de conquistar a propriedade para garantir o sustento da família. O P1+2 tem como princípio dotar cada família de uma terra (1) com tamanho suficiente para produzir alimentos e viver de maneira sustentável. As duas águas (2) significam: água para o consumo humano e água para produção de alimentos ou criação de animais.


Com mais de 2.800 km de extensão, o Velho Chico nasce em Minas Gerais e passa pelos estados da Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas.

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