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Condutores compartilham sentimento de igualdade durante passagem da Tocha Paralímpica


5 de setembro de 2016

Coragem, determinação, inspiração e igualdade são os quatro valores gravados, em braile, na Tocha Paralímpica que percorre as 5 regiões brasileiras até esta quarta-feira (7), quando acontece o acendimento da pira durante a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

O circuito de revezamento da Tocha Paralímpica passou pelas as cidades de Brasília (DF), Belém (PA), Natal (RN) e São Paulo (SP) e nesta segunda-feira está em Joinville (SC), fechando o percurso regional. Na Capital do país, a chama foi acesa na manhã de quinta-feira (1º) e percorreu locais significativos para o movimento Paralímpico. Na cidade, 103 condutores carregaram a chama do valor Paralímpico de igualdade.

“A igualdade tem relação com tudo o que aprendi com a minha família e com o que procuro conduzir no trabalho. Fiquei emocionada desde a preparação do grupo de condutores, porque já estava evidente que tudo o que as pessoas com deficiência buscam é a igualdade”, disse a condutora da tocha Laura Peiter, engenheira ambiental e especialista em sustentabilidade de uma importante marca de bebidas não alcoólicas.

Laura Peiter recebe tocha paralímpica de Iganani Suruwáha

Laura Peiter recebe tocha paralímpica de Iganani Suruwáha

Indicada pela corporação onde trabalha, Laura participou do revezamento por sua atuação no Comitê de Lideranças para o Futuro na categoria Pessoa com Deficiência. “Queremos que exista a igualdade para todas as pessoas, em todos os níveis, e é por isso que também falamos em diversidade”, explicou.

No Parque da Cidade Sarah Kubitschek, Laura falou sobre o quanto se sentiu emocionada e honrada por receber a tocha de Iganani Suruwáha, símbolo da luta pela vida. “Foi lindo ver a Iganani vindo junto com a mãe e com uma grande torcida, com faixas e cartazes. Foi muito significativo”, relatou.

Há 12 anos, Iganani Suruwáha nasceu em uma terra indígena do Amazonas. A mãe, Muwaji, precisou fugir da aldeia quando a filha completou 10 meses de idade porque seu povo, ao perceber os problemas motores desencadeados por uma pequena paralisia cerebral, passou a rejeitar Iganani. Índios semi-isolados, na época os suruwahá sacrificavam suas crianças quando adquiriam alguma deficiência.

O supervisor de relacionamento Fabrício Egito também percorreu um trecho de 200 metros no Parque. No setor que trabalha como supervisor de relacionamento há, além de Fabrício, mais 14 pessoas com deficiência. Ele foi escolhido pela corporação para representar o grupo durante o revezamento da tocha.

“O atleta já é um herói por ter que superar os seus limites para chegar ao pódio, para estar entre os primeiros. Já um atleta paralímpico, este tem que superar a deficiência, a si próprio, e também superar os desafios do esporte. A oportunidade de percorrer o revezamento da tocha por essas pessoas, sob a ótica do sentimento da igualdade, é um grande orgulho”.

No Parque da Cidade, Fabrício Egito conduz a chama paralímpica

No Parque da Cidade, Fabrício Egito conduz a chama paralímpica

Fabrício explica que passou a ver o mundo com outros olhos depois de um grave acidente de moto que sofreu em 2009. Complicações relacionadas ao acidente e ao período de recuperação fizeram com que ele perdesse a mobilidade da perna direita. Foram 5 anos de tratamento até a alta hospitalar.

Problemas superados, Fabrício, que procura sempre o lado positivo diante das dificuldades, continuou seu caminho ao lado das boas escolhas e relata que a proximidade da família e dos amigos foram essenciais para alcançar a superação.

“Igualdade é a base para o respeito ao outro, é ver o outro como igual, não enxergar diferença no próximo. Todos somos iguais, somos seres humanos. Não existem barreiras de cor, orientação sexual, gênero e uma deficiência não minimiza ninguém. Ao contrário, mostra o quanto o deficiente é uma pessoa forte”, finalizou Fabrício.

Tocha Olímpica – As chamas regionais estarão representadas no Rio de Janeiro, na quarta-feira (7), para o acendimento da pira na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

As tochas de cada cidade foram acesas a partir da energia enviada por mensagens de internautas, via redes sociais, e integrarão um mapa de calor, gerado de acordo com o volume de postagens por região.

Ao todo, a chama paralímpica irá percorrer 250 quilômetros e terá cerca de 700 condutores pelo Brasil. Os Jogos Paralímpicos serão realizados de 7 a 18 de setembro. Terão atletas de 176 países, disputando 528 provas com medalhas, em 23 esportes.

Lei Muwaji – A coragem de Muwaji, ao deixar a tribo para salvar a filha do infanticídio, ficou conhecida em todo o mundo. A partir de sua história, o Congresso Nacional escreveu o Projeto de Lei 1057/2007, que obriga o Estado Brasileiro a salvar crianças indígenas com deficiência que correm algum risco de morte por motivação cultural.

O PL foi aprovado na Câmara dos Deputados em agosto de 2015 e tramita no Senado Federal com a sigla e número PLC 119/2015. Se aprovada, a lei sancionada receberá o nome de Lei Muwaji, em homenagem à mãe da menina Iganani.

Iganani e a mãe vivem desde 2006 em Brasília, onde a menina recebe tratamento médico. Ela cursa o 5º ano do ensino fundamental.

Fonte: Rede Mobilizadores

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