De acordo com a pesquisa ?O que o brasileiro pensa sobre biodiversidade?, realizada pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Instituto de Estudos da Religião (Iser), o Ibama está no topo de uma lista de órgãos e entidades de defesa do meio ambiente reconhecidos pelo brasileiro. O número de pessoas que reconhece o trabalho do Ibama na defesa do meio ambiente aumentou de 77% para 83% nos últimos quatro anos. Na seqüência (3º lugar), vem o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo Projeto Tamar, que cresceu de 14% para 35%.
?A consciência ambiental cresce vertiginosamente no Brasil, e isso é muito bom. Significa que estamos caminhando para uma mudança cultural. Significa que as pessoas acreditam cada vez mais na importância do meio ambiente para suas vidas?, afirmou a cientista social e pesquisadora do Iser, Samyra Crespo.
Ao todo foram entrevistadas 2.200 pessoas, distribuídas igualmente pelas cinco regiões brasileiras, sendo 83% residentes em centros urbanos. O estudo, que teve outras versões em 2001, 1997 e 1992, revelou, nesses 14 anos de pesquisa, a significativa evolução na consciência ambiental.
A preocupação com o meio ambiente não é exagerada para 49% dos entrevistados. Para 44%, a exploração e o uso dos recursos naturais brasileiros precisam ser controlados. E quando o assunto é problema relacionado ao meio ambiente, o desmatamento de florestas está no topo da lista (65%), seguido da contaminação de rios, lagos e praias (43%) e da poluição e contaminação do ar (31%).
O conceito de meio ambiente permanece no imaginário dos brasileiros como o de reino intocado, onde predomina a natureza (animais, plantas, mares, rios, etc), e o homem está dissociado dele. Para 65% dos entrevistados, a natureza é sagrada, e o homem não deveria interferir nela.
Mas o crescimento na consciência ambiental não vem acompanhado de comportamentos que indiquem mudanças significativas de hábito. Quando questionados sobre o que estariam dispostos a fazer para preservar o meio ambiente, 78% dos entrevistados estão dispostos a separar lixo para reciclagem; 65%, a reduzir o desperdício de água; e 51%, a reduzir o consumo de energia elétrica.
Entre os hábitos de consumo, predomina a compra de lâmpadas (57%) e eletrodomésticos (44%) que consomem menos energia. Os interessados podem conferir a pesquisa na íntegra pelo site www.iser.org.br