Está em fase de acabamento e será enviado para a Pró Reitoria de Extensão, o projeto do Curso de Extensão Universitária em Língua Brasileira de Sinais – Libras, produzido em parceria com a Organização Mulungu e Laboratório em Educação Popular do Núcleo de Saúde Pública da Universidade Federal de Alagoas. O objetivo é difundir o uso da tradução e interpretação de Libras – Português, além de oferecer suporte à formação do tradutor e intérprete .
?O curso tem caráter inclusivo, pois a realidade do deficiente auditivo muitas vezes é marcada pela ignorância de grande parte da sociedade que desconhece a linguagem de sinais. Através da informação o cidadão toma conhecimento dos seus direitos e assim pode sair em busca deles?, afirma a coordenadora do Laboratório de Educação popular em Saúde, Suely Nascimento.
O projeto visa qualificar cinqüenta pessoas inseridas nos movimentos populares, organizações não governamentais, profissionais da área de saúde e educação, educadores populares, pais, colegas de trabalho e escola, amigos e demais interessados no assunto.
O curso será dividido em dez módulos, e cada um deles possui exercícios para fixação dos sinais. Será trabalhada a estrutura da linguagem de sinais e suas regras gramaticais. Foram selecionados mais de 450 sinais da Língua Brasileira de Sinais e o vocabulário foi definido com base em pesquisas dos cursos oferecidos por diversas instituições em todo o Brasil.
A Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, reconhece como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais. Mesmo assim, diz Suely, são poucas as instituições que oferecem o curso básico de Libras. Na lei está previsto que as instituições de educação superior devem incluí-la como objeto de ensino, pesquisa e extensão. ?Faz-se necessário, então, a oferta do curso de extensão universitária em Língua Brasileira de Sinais em parceria com entidades representativas da sociedade civil?, explica ela.