A extrema desproporção entre eleição de homens e mulheres na Câmara tem também uma explicação econômica, conforme levantamento feito pela Agência Repórter Social. As 46 deputadas que tomaram posse no dia 1º de fevereiro receberam 30,1% menos doações de campanha que os homens eleitos.
Elas receberam, ao todo, R$ 16,5 milhões, contra R$ 243,5 milhões dos deputados. A média entre as mulheres foi de R$ 358 mil – bem abaixo da média total de R$ 506 mil. A média masculina ficou próxima da média total: foram R$ 512 mil por deputado.
Somente três deputadas receberam mais de R$ 1 milhão dos doadores de campanha, conforme os dados apresentados à Justiça Eleitoral: a paulista novata Janete Pietá (PT), com R$ 1,25 milhão, e as goianas reeleitas Íris Araújo Rezende (PMDB) e Raquel Teixeira (PSDB), com R$ 1,38 milhão e R$ 1,081 milhão, respectivamente.
Tanto Janete como Íris ganharam projeção na política por serem mulheres de políticos, respectivamente do prefeito de Guarulhos (Eloi Pietá ) e do ex-governador e prefeito de Goiânia (Íris Rezende).
Apenas outra quatro deputadas tiveram entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão para investir na campanha. São elas: Thelma Pimentel (PSDB-MT) ? quase R$ 900 mil; Rita Camata (PMDB-ES) – R$ 724 mil; Rose de Freitas (PMDB-ES) – R$ 622 mil; e Marinha Raupp (PMDB-RO) – R$ 593 mil.
A deputada eleita com menos verba foi a fluminense Suely Santana (PFL), com apenas R$ 8.620. Em seguida vêm Maria Gorete Pereira (PL-CE), com R$ 36.654; Ângela Portela (PTC-RR), com R$ 69.269; Maria Helena Rodrigues (PTC-RR), com R$ 74.490; e Janete Capiberibe (PSB-AP), com R$ 89.626.
A lista das demais deputadas eleitas e os valores recebidos por elas na campanha podem ser conferidos no link http://www.reportersocial.com.br/noticias.asp?id=1327&ed=governo.
Fonte: Agência Repórter Social (www.reportersocial.com.br)