O jornal paulistano Diário do Comércio inaugurou, no início de 2009, o Museu da Corrupção (Muco) Online, espaço importante num momento de expansão no uso da internet e, principalmente, para pesquisa em tempos de ano eleitoral. Mas o Muco tem um desafio: tornar-se um espaço o mais imparcial possível, afinal, ser neutro diante de todos os escândalos políticos, desse ou daquele partido, e não sucumbir diante das pressões do poder é tarefa árdua.
O Museu foi criado a partir de um desenho básico inspirado no Museu do Louvre, em Paris, pelo arquiteto mineiro Rodrigo de Araújo Moreira e da ajuda de alunos de arquitetura. O auditório e a fachada ganharam jogo de sombras e transparências para dar destaque aos dois lados da corrupção. O conteúdo foi preenchido pelo trabalho de pesquisa da jornalista Kássia Caldeira.
No site, depois da introdução em flash, a visita é iniciada pelo saguão principal onde é possível visualizar os “atrativos” do Museu. Daí pra frente é só entrar nas salas dos horrores. Em cada uma delas uma figurinha carimbada do cenário nacional e amostras dos “deslizes profissionais” de que foram acusados – alguns provados.
Há tanta coisa por debaixo do tapete que o Muco recebeu um “puxadinho” na lateral. Lá você pode conferir, por exemplo, a Linha do Tempo, um espaço de exibição e reflexão sobre os escândalos que marcaram a história do País. Começa em 1960. O pessoal da corte, ditadores, republicanos e outros patrões do País, por enquanto, ficaram de fora. Pelo visto não há museu virtual que comporte tamanho “deslize profissional”.
O tour pelo Museu termina na lojinha da “instituição”, onde o visitante encontrará lembranças como camisetas, algemas, aparelhos de escuta, malas pretas e até propinas virtuais.
* Com informações do MCCE