Foi realizado de 22 a 25 de outubro, em Roma, o 2º Encontro Internacional de Mulheres em Luta. Convocado pela Associação Mães da Praça de Maio, o encontro reuniu mulheres de 25 países para intercâmbio de experiências e discussões. No final do evento, as participantes relataram e assinaram um documento com amplo número de demandas relacionadas ao direito à vida e demais direitos das mulheres. O documento foi entregue, no dia 24 de outubro, ao presidente da Câmara de Deputados da Itália, Fabio Bertinotti.
Entre alguns pontos da declaração, se enfatiza que sejam aplicadas as leis internacionais que protegem as mulheres, como a Convenção de Belém do Pará, ou a Cedaw, nos países que a assinaram, que anulem as reservas impostas e que sejam assinadas pelos Estados que ainda não o fizeram.
Além disso, as mulheres exigem o direito de dispor de seus corpos, à identidade e à cidadania plena; denunciam o tráfico de mulheres, a prostituição, a violação, o feminicídio, o uso do corpo das mulheres como instrumento de guerra, a limpeza como mecanismo de controle e a mutilação genital.
O documento final pede também o processo por genocídio, desaparecimentos e assassinatos em todos os países; a prevenção do HIV/Aids por parte dos Estados; a proteção dos doentes com assistência social e médica; e a criação de um tribunal internacional que julgue todos os criminosos de guerra e genocidas que assassinaram e continuam assassinando a milhões de homens e mulheres.
Fonte: Adital (www.adital.org.br)