Pautadas pelo modelo tradicional de ensino, as escolas promovem poucas atividades educativas no espaço da cidade, tanto para os alunos como para a comunidade. A avaliação é do criador do movimento educativo Coolmeia, Rafael Reinehr, feita durante o Seminário A Sociedade em Rede e a Educação, promovido pelo Instituto Vivo, em setembro, em São Paulo (SP).?As escolas tem trazido a comunidade para dentro delas, mas dificilmente interagem nos espaços da cidade?, avaliou Reinehr, na mesa ?Educação na Sociedade em Rede?, que fez uma releitura do acadêmico Ivan Illich, autor de ?Sociedade sem Escolas?. ?Apesar da a educação estar monopolizada pelas instituições formais, a maior parte do conhecimento se conquista com os amigos, nos clubes e nos bares?, exemplificou.A sugestão é que os colégios promovam atividades educativas não formais nos espaços da cidade. ?Pensamos em transformar as cidades em localidades educadoras e a escola formal pode ser uma corresponsável por esse movimento?, afirmou. ?Temos possibilidade de aprender em todos os lugares e com todas as pessoas?, disse Reinehr. ?Um restaurante tem uma relação 100% comercial com a comunidade, mas ele poderia oferecer cursos de gastronomia aos clientes, ou um banco poderia instalar telões próximos às filas para divulgar iniciativas de economia solidária?, sugeriu.