O cenário tranquilo, verde e produtivo da Fazenda Matos, na Comunidade Matos de Cima, em Capim Branco, representa bem a agricultura familiar em Minas Gerais. Com simplicidade e variedade, a família Moura aproveita a fertilidade da terra e a experiência produtiva para garantir, por gerações, o sustento que vem da atividade agropecuária e agricultura de subsistência.
Na pequena propriedade rural, o casal Raimundo Avelar Moura, 76 anos, e Maria Aparecida de Moura, 74, junto a três filhos, se dedicam exclusivamente ao cultivo de leite, hortaliças e frutas. Em um passeio pelas terras da fazenda, é possível encontrar plantações que vão do urucum, mandioca e milho até a banana, tangerina e alface.
Hoje, a família vive dos ganhos da lavoura e comercializa seus produtos para municípios circunvizinhos (Sete Lagoas, Prudente de Morais e Matozinhos), feiras, entrega porta a porta e mesmo na própria fazenda. Parte da produção do cultivo de hortaliças e frutas orgânicas é direcionada às escolas estaduais.
Política nacional
Por lei, é determinado que pelo menos 30% dos recursos recebidos pelo poder público sejam aplicados para aquisição de alimentos junto aos agricultores familiares. Garantir o fluxo para o fornecimento da alimentação escolar, em Minas Gerais, é a estratégia escolhida pela Secretaria de Estado de Educação.
Tais escolas integram o programa governamental “Cultivar, Nutrir e Educar”, que garante a inserção dos agricultores familiares em todo o estado. Foram atendidos, de 2012 a 2014, 3.600 agricultores familiares em 220 municípios. Entre os principais produtos cultivados, destaque para hortaliças, legumes, frutas, feijão, mel, leite, iogurte, polpa de frutas, fubá, farinha de mandioca, rapadura, bolos, biscoitos e outros panificados.
Desde que começaram a fazer parte do programa, há aproximadamente dois anos, parte da produção da família Moura – em torno de 30% – vem tendo como destino certo a alimentação nas escolas.
Fonte: Ciclo Vivo