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Estimulação tátil ajuda crianças com atrasos no desenvolvimento


13 de outubro de 2010

Um grupo de professores, médicos e voluntários do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto criou o Centro Multiprofissional de Atendimento à Criança (Cemac). O objetivo do centro é aplicar a estimulação tátil e cinestésica para recuperar crianças com atrasos no desenvolvimento físico e psicológico ocasionados pela desnutrição ou por exposição a outros fatores, como nascimento prematuro, por exemplo.


Localizado no bairro Planalto Verde, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, o Cemac conta com a participação dos professores Luiz Marcellino de Oliveira, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCLRP) e Carolina Funayama, da Faculdade de Medicina (FMRP), além da doutora em ciências pela FMRP, Juracy Gonçalves de Lima, e de voluntários. O projeto começou a ser desenvolvido há quatro anos, e o atendimento foi iniciado no final de 2006.


A estimulação tátil consiste no deslizamento suave e com leve compressão dos dedos sobre a pele do rosto, dos membros superiores e inferiores dos bebês, por cerca de 10 minutos. A estimulação cinestésica é feita com movimentos de flexão e extensão suaves nas articulações dos membros superiores (cotovelos e pulsos) e dos membros inferiores (joelhos e tornozelos), por mais ou menos 5 minutos.


Segundo Luiz Marcellino de Oliveira, a literatura científica relata que a estimulação produz alterações em enzimas existentes nas células do organismo, melhorando-o como um todo. “Dados laboratoriais comprovaram que essas estimulações reduzem o estresse que altera, por exemplo, o óxido nítrico no organismo e interfere nas terminações nervosas”, explica.


Acompanhamento O Cemac é dotado de berçário, lactário, sala de estimulação, banheiros adaptados, sala de esterilização e vestiários. As crianças também recebem além da estimulação tátil e cinestésica, alimentação e acompanhamento multiprofissional, com assistente social, enfermeira, médico, fonoaudiólogo, nutricionista, fisioterapeuta e pessoal de apoio, todos voluntários.


O professor Oliveira relata que o centro pretende dar um atendimento diferenciado e completo. “As mães ou cuidadores participam de treinamento para cuidar das crianças que tenham atraso de desenvolvimento, além de orientações sobre estimulação, higiene e nutrição”, conta. “Além da sede onde as crianças são atendidas, uma casa nas imediações foi adaptada para oferecer às mães oficinas de costura e bordado”.


Atualmente o centro atende a três crianças da favela Monte Alegre, sendo duas de uma mesma família, mas espera chegar a cinco crianças em breve, incluindo o acompanhamento familiar. “O atendimento de crianças com atraso no desenvolvimento no hospital é pontual”, explica Juracy de Lima. “Queremos dar suporte para que elas tenham acompanhamento diário, com atividades em casa e a participação da família na recuperação”.


A escolha das crianças a serem atendidas, uma vez encaminhadas pelos serviços de saúde da cidade, será feita a partir de uma avaliação neuropediátrica do desenvolvimento, além de entrevista com as mães e visita domiciliar para verificar a situação socioeconômica. O Cemac já funciona na Rua Gervásio Aparecido Baraldi, 199, Planalto Verde, em Ribeirão Preto.


Fonte: Agência USP (www.usp.br ), com base em matéria publicada.

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