Será possível produzir gasolina menos tóxica? E utilizar microalgas e embriões de ostras nesse processo? Por incrível que pareça, isso é viável. É o que demonstra a pesquisa da bióloga Joana Fidelis da Paixão, 27 anos, segunda colocada na categoria graduado do XXII Prêmio Jovem Cientista. Além de ser uma inovação na área, o estudo pode ser aplicado em qualquer tipo de indústria, no Brasil e no exterior. Durante dois anos, a estudante de pós-graduação da Universidade Federal da Bahia (UFBA)desenvolveu estudos ecotoxicológicos para formular gasolinas mais eco-compatíveis. Ela fez diversos testes em laboratório, com microalgas e embriões de ostras, que foram expostos por um período determinado à fração solúvel em água de diferentes formulações de gasolina. Ao relacionar estatisticamente as respostas dos ensaios ecotoxicológicos aos resultados das análises químicas dos teores de hidrocarbonetos no combustível, a bióloga consegue ordenar as gasolinas, da mais tóxica a menos tóxica. O trabalho aponta ainda como as gasolinas podem se tornar menos nocivas por meio da indicação de seus componentes mais tóxicos, que podem ser reduzidos nas formulações. O trabalho de Joana Fidelis também visa a proteção do ambiente, ao indicar quais são as gasolinas mais eco-compatíveis, e que por isso devem ser prioritariamente produzidas e comercializadas. Joana Fidelis da Paixão é bacharel em Ciências Biológicas pela UFBA. A pesquisa que conquistou o segundo lugar do Prêmio Jovem Cientista é resultado da sua dissertação do mestrado, feito em Ecologia e Biomonitoramento, também pela UFBA. Atualmente, Joana faz doutorado em Geologia Marinha Costeira e Sedimentar. Outras informações sobre a pesquisa podem ser obtidas pelos telefones (71) 3347-8975/9205-6211; pelo e-mail: jopaixao@ufba.br ou pelo e-mail de sua orientadora, Iracema Andrade Nascimento iraceman@ufba.br.