O fortalecimento das extensões tecnológicas e a criação do fundo de extensão da educação profissional foram assuntos de destaque na abertura do fórum Extensão Tecnológica dos Institutos Federais, no dia 7 de julho, na Câmara dos Deputados. Durante todo o dia, os participantes discutiram como os institutos federais podem ajudar suas comunidades na capacitação de populações de baixa renda e na criação de oportunidades de emprego, dentre outras coisas.
O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, destacou que a educação profissional é fundamental para o desenvolvimento do país, porque acolhe as pessoas que querem trabalhar em diversas áreas. ?O Brasil, durante muito tempo, privilegiou a educação superior, o que foi útil, mas gerou problemas no campo do trabalho?, afirmou.
?A rede federal de educação profissional tem um papel forte na formação dos trabalhadores que contribuem para o desenvolvimento da nação?, disse o ministro da Educação interino, José Henrique Paim. Ele também ressaltou a ampla missão dos institutos federais, que inclui a formação de professores para a educação básica, nas áreas de química, física, biologia e matemática. ?Sem os institutos, não seria possível implementar o Plano Nacional de Formação de Professores?.
Na visão do reitor do Instituto Federal de Goiás e presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Paulo César Pereira, a rede federal está pronta para desenvolver o trabalho de extensão tecnológica em todo o país. ?Por causa da expansão, que cria 214 novas escolas técnicas, a rede tem capilaridade e capacidade de ir ao encontro do mais simples trabalhador brasileiro, onde quer que esteja?, salientou.
Fundo de extensão
O projeto de lei 7394/06, que cria o fundo de extensão da educação profissional, tramita desde 2006 na Câmara dos Deputados. De acordo com a proposta, os recursos viriam do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O projeto já foi aprovado pelas comissões de ciência e tecnologia, comunicação e informática e educação e cultura; agora, aguarda votação na comissão de finanças e tributação.
O objetivo do fundo é proporcionar a inclusão digital da população de baixa renda e aumentar as oportunidades de essas pessoas conquistarem postos de trabalho com salários mais elevados. O projeto foi apresentado pelos deputados Ariosto Holanda (PSB-CE) e Inocêncio Oliveira (PR-PE). Entre as ações voltadas para a capacitação tecnológica da população, o projeto prevê, além de cursos de qualificação profissional, atividades de extensão, inclusive rural, e de assistência técnica.Com informações do MEC/Envolverde (www.envolverde.com.br)/Letícia Tancredi