O secretário executivo substituto do Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome (MDS), Onaur Ruano, assinou, no dia 28 de junho em Salvador (BA), convênio com o governador da Bahia, Jaques Wagner, para a construção de 18.150 cisternas de captação de água da chuva. Para essa ação, o MDS está investindo R$ 23,9 milhões com contrapartida do governo estadual de R$ R$ 2,7 milhões. A ação vai beneficiar famílias de 110 municípios.
Para o secretário, o sucesso do programa é o envolvimento da sociedade, das famílias e das organizações civis locais. “A água é o fundamento para a segurança alimentar e nutricional. A escolha adequada é governar para quem mais precisa”, destacou ele na cerimônia que reuniu 1.200 pessoas, entre famílias beneficiadas e representantes de entidades parceiras na construção de cisternas. Já o governador elogiou o programa do MDS. “O importante desse projeto é que estamos resgatando a cidadania da população baiana”.
O representante da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) na Bahia, Naidson Batista, entidade parceira do MDS, disse que esse novo convênio tem duas novidades. Uma é que as famílias com casas com menos de 40 metros quadrado vão receber telhados para fazer a captação da água das chuvas. “A outra novidade é que terá formação de agentes da saúde para fazer o acompanhamento da qualidade da água das cisternas?.
Presente na cerimônia, o agricultor Dominício Araújo Santos, de Queimados (BA), sabe muito bem a importância de ter uma cisterna para captação de água da chuva em casa. “A vida da minha família mudou quando começamos a ter água em casa. Sobrevivo e tiro minha sustentação da pequena propriedade depois da construção das cisternas”, disse ele. Manoel Pereira Oliveira, agricultor de vitória da conquista (BA), contou que antes de ter cisternas tinha que comprar hortaliça em feiras, mas era caro e de má qualidade. “Hoje, alimento minha família e comercializo produto saudável”, ressaltou ele que tem cisterna de produção em casa.
O programaO programa do MDS investe na construção de cisternas de placas para o consumo humano e de produção, destinada ao apoio à agricultura familiar. A de placa é também chamada de primeira água, pois é a que serve para o consumo das famílias. São construídas com placas de cimento por meio de tecnologia popular que capta a água das chuvas. O tanque permite armazenar 16 mil litros, o suficiente para o uso de uma de cinco pessoas durante o período da seca, que pode durar até oito meses. A outra é chamada de segunda água com capacidade até 50 mil litros.
Desde o início do programa, o MDS já apoiou a construção de 294 mil cisternas, atendendo 1,3 milhões de pessoas na região. Para 2010 está previsto investimento de R$ 119 milhões na construção de 70 mil cisternas.
Com informações Fome Zero (www.fomezero.gov.b) / MDS /Adriana Scorza e Dimas Ximenes.