Apresentar como a produção de pequenos agricultores e a adoção de novas tecnologias podem contribuir para um desenvolvimento sustentável de Santa Catarina. Com este objetivo que a ?Feira Sustentável 2009 ? Agricultura Familiar, Economia Solidária, Pesca, Reforma Agrária e Energias Renováveis? reuniu, de 30 de outubro a 1º de novembro, no Centro Sul de Florianópolis, 250 expositores em 150 estandes.
O evento foi promovido por diversos órgãos públicos, como a Delegacia do Ministério do Desenvolvimento Agrário e a superintendência regional do Incra de Santa Catarina bem como organizações não-governamentais (ONGs) e promoveu produtos e tecnologias relacionados à agricultura familiar, economia solidária e energias renováveis, sendo também um espaço de valorização da cultura regional catarinense.
Participaram da feira agricultores familiares, assentados da reforma agrária, organizações e movimentos sociais do campo, empreendimentos de economia solidária, consumidores, empresários, técnicos e pesquisadores, bem como representantes dos órgãos públicos. Além da exposição dos produtos, o evento contará com palestrantes e debatedores para eventos complementares como oficinas e seminários e programação cultural, com apresentações regionais e shows nacionais.
Produção de alimentos
O segmento da Agricultura Familiar desempenha um relevante papel socioeconômico no Brasil e em Santa Catarina. Além de produzir 70% dos alimentos para os brasileiros, assegura a vida de milhares de famílias no campo. Além de economicamente viável, socialmente justa e integrada ao meio ambiente, a produção familiar compõe vários segmentos importantes na economia rural catarinense: os pequenos produtores rurais, os assentados, a população indígena, as comunidades quilombolas, extrativistas, ribeirinhos e pescadores artesanais.
Santa Catarina também conta com mais de 800 empreendimentos de Economia Solidária mapeados em todo seu território, responsáveis por uma economia ?invisível?, mas importante na geração de emprego e renda nas diversas áreas. São pequenos empreendedores que têm construído um modelo de economia baseado nos princípios do preço justo, do consumo consciente, das finanças solidárias, da gestão coletiva e da cooperação.
Na área de Energias Renováveis foram apresentadas soluções tecnológicas e possibilidades de implantação de equipamentos em residências e estabelecimentos comerciais. O Brasil tem a matriz energética mais limpa do mundo, sendo que 46% da energia necessária ao desenvolvimento advêm de fontes renováveis, enquanto no restante do mundo é de apenas 13%. Esta situação coloca o Brasil em uma posição especial para o futuro de novas gerações, permitindo combinar o crescimento econômico, com proteção ambiental e o desenvolvimento social.