A Fiepe publicou em dezembro do ano passado a série Perfil Setorial do Estado 2005/2006, com dados extraídos do Cadastro Industrial levantado pela Federação, e constatou que a maioria das empresas do setor industrial não desenvolve ou adota programas voltados para o desenvolvimento social. São informações referentes a 7.633 empresas formais, atuantes no parque fabril estadual, que geram 175.101 postos de trabalho diretos. A série aborda 18 atividades da indústria pernambucana e classifica as informações referentes a cada uma delas em quatro grupos ?estabelecimentos; mão-de-obra; produção; e gestão. É no quesito gestão que se pode observar o pouco investimento das empresas do setor em ações sociais.Um dos exemplos mais expressivos é o segmento das empresas de extração de minerais não-metálicos. Apesar de serem apenas 59 unidades fabris, em 2004, 100% delas revelaram não promover nenhum programa social. Já na construção civil ? segmento com maior representatividade no Cadastro Industrial 2005-2006, com 36,3% das empresas constantes do documento ?, 78% das empresas declararam não atuar socialmente. E no segmento de Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas ? 32% do total da indústria de transformação pernambucana em 2002 ?, a situação não é muito diferente: 61,9% dos estabelecimentos disseram não desenvolver programas sociais.Nos demais segmentos o cenário é semelhante. A grande parte das unidades industriais não inclui ações sociais em seus planejamentos estratégicos, nem racionalizam os recursos de energia, e ainda produzem resíduos que, em alguns casos, não são totalmente reaproveitados. Mais informações no Cadastro Industrial de Pernambuco.