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Erradicação da Miséria

Fórum debate como resgatar valores culturais e fortalecer as comunidades


6 de março de 2013

Como resgatar manifestações culturais que estão se perdendo? De que forma podemos divulgar e ampliar o conhecimento sobre tradições culturais das diferentes regiões brasileiras? Qual o papel dos valores culturais para o fortalecimento comunitário? Como os veículos de comunicação podem trabalhar a serviço das manifestações culturais populares? Esta e outras questões estarão em pauta no fórum online Cultura e Fortalecimento Comunitário, que a Rede Mobilizadores promove de 11 a 15 de março.

Para facilitar o fórum, foi convidado o coordenador da rádio comunitária Casa Grande FM, Aécio Diniz, que participa do projeto SerTão Sonoro, realizado no sertão do Cariri cearense. O projeto foi construído coletivamente por crianças e jovens da Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri e pela Rede Coletivo, e tem permitido que os jovens entrem em contato direto com mitos e lendas representativas da identidade Kariri, bem como com suas tradições culturais, aprendendo o valor da sabedoria popular e a importância de se preservar e difundir o patrimônio imaterial do Cariri.

Os participantes percorreram várias cidades da região, registrando mitos e lendas representativas da identidade Kariri, bem como com suas tradições culturais e sabedoria popular. Os resultados da iniciativa geraram um cd com 30 programas radiofônicos de 10 minutos cada um, que está sendo distribuído a escolas públicas da região, bem como a rádios educativas, comunitárias e universitárias.

Esse projeto é um exemplo de como um veículo de comunicação como o rádio pode ser usado como ferramenta para promoção e valorização das tradições e cultura de uma comunidade. O objetivo do fórum é debater sobre o projeto SerTão Sonoro e sobre outras possibilidades de resgate e valorização das manifestações culturais que ajudam a criar a identidade de comunidades por todo o Brasil.

Outros Exemplos

Multiplicam-se em todo o país os exemplos de grupos que têm atuado para valorizar manifestações culturais tradicionais, resgatar tradições que vêm se perdendo, e despertar nos mais jovens o interesse por suas raízes e histórias. Apresentamos abaixo mais alguns exemplos:

Companhia Carroça de Mamulengos

A companhia Carroça de Mamulengos, integrada por crianças, adultos e bonecos, sai em caravana pelo Brasil adaptando espetáculos à realidade local e incorporando histórias do imaginário social que estão se perdendo. A companhia, criada há 35 anos, está se tornando referência nacional no resgate da cultura popular e na democratização do acesso à arte no país.

“Muitas vezes, chegamos a cidades apresentando um personagem que faz parte da história local, mas que as crianças já não conhecem. A cultura está muito massificada. No interior, muitos ouvem música de cidade grande ou do exterior. Quando o Carroça chega, é um barato porque os velhos se reconhecem, cantam conosco, e desperta a curiosidade das crianças e dos adolescentes”, explica Maria Gomide, responsável pela produção dos espetáculos do grupo.

A companhia promove também oficinas para de confecção de brinquedos populares, bonecos, perna-de-pau, preparo de comidas tradicionais, como pamonhas, farinha de mandioca, Mané Pelado (bolo de aipim), pães integrais, doces.

Clique aqui para saber mais sobre o grupo.

Grupo Cultural Meninas de Sinhá

Outro exemplo são o grupo cultural Meninas de Sinhá. Criado em 1998, é formado por 36 mulheres, na faixa etária de 39 a 93 anos de idade, que difundem e ajudam a preservar antigas cantigas de roda, cirandas e brincadeiras infantis. O grupo foi um dos ganhadores do Prêmio Cultura Viva, do Ministério da Cultura, em dezembro de 2007, ficando com o primeiro lugar na categoria Grupo Informal.

Dona Valdete da Silva Cordeiro, coordenadora do grupo, conta que começou a reunir outras mulheres do bairro Alto Vera Cruz, situado na região leste de Belo Horizonte (MG), primeiro para bater papo, depois para produzir artesanato e hoje em dia para fazer apresentações de música e dança. Esse envolvimento ajudou muitas das integrantes a superar dificuldades como depressão, baixa auto-estima, timidez e problemas familiares. Aos poucos o grupo foi se fortalecendo e dele nasceu a vontade de preservar a memória e cultura popular. Em 2007 foi lançado o CD “Tá Caindo Fulô” com uma releitura do universo das cantigas de roda.

Leia entrevista com Dona Valdete da Silva Cordeiro, publicada na Rede Mobilizodores. Acesse aqui.Assista tambémao vídeo disponível na COEP TeVê .

Cia. de Dança Negra-Contemporânea Kina Mutembua

Composto por jovens de 11 a 22 anos, o Kina Mutembua (que significa “dançando com o vento” na língua quicongo da etnia banto) integra capoeira com as danças afro e contemporânea com objetivo de valorizar a cultura afro brasileira. O grupo já fez apresentações no exterior e em diversos eventos culturais. A partir desse trabalho, surgiu a Orquestra de Berimbaus da Ação Comunitária do Brasil (ACB)/RJ que tem como proposta mesclar o ritmo tradicional da capoeira com música popular brasileira e ritmos africanos.

Mais informações aqui.

Companhia de Jovens Griôts

Criada em outubro de 2003, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio de Janeiro, a companhia pesquisa contos da mitologia e diáspora Africana no Brasil e resgata histórias com anciões. O objetivo é contribuir para o fortalecimento do imaginário e das identidades e para o respeito às diferenças entre crianças, adolescentes e jovens negros e não negros.

Além das historias contadas de “memória afetiva” como na tradição oral, a companhia faz leituras de livros e montagem de espetáculos com as historias dramatizadas. A companhia tem produzido metodologias de mediação de leitura, contação de historias, historias dramatizadas, espetáculos teatrais e vídeos com anciões.
Para saber mais clique aqui.

E você conhece algum grupo cultural em sua comunidade?Divida conosco essa história.

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