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Funai estimula produção sustentável dos índios Suruí em RO


13 de outubro de 2010

Fortalecer as iniciativas de produção sustentável dos índios Suruí, em Rondônia, propiciando o escoamento de produtos extrativistas, notadamente a castanha-do-pará até os locais de secagem, beneficiamento e venda ao mercado consumidor. Com este objetivo, a Funai implantou, na Terra Indígena Sete de Setembro, um plano de trabalho de apoio às atividades produtivas. Além de garantir a segurança alimentar e nutricional dos Suruí, a iniciativa ainda promove a geração de renda para os índios.Desde de 2006, a Funai vem implantando projetos de segurança alimentar, com recursos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Entre as populações atendidas estão os Maxakali, de Minas Gerais, e os Kaiwá, de Mato Grosso do Sul. ?São projetos que continuam gerando bons resultados para as duas comunidades?, afirmou Martinho Andrade, da Coordenadoria Geral de Desenvolvimento Comunitário (CGDC) da Funai.De acordo com o coordenador, o projeto elaborado para os Suruí tem grande chance de dar bons resultados porque é de interesse da comunidade, que se queixava da falta de assistência por parte da Administração da Funai, em Cacoal (RO), a qual estão jurisdicionados. A partir de uma nova gestão na Administração da Funai em Cacoal, em 2008, foi promovida a elaboração e implementação de projeto de extrativismo florestal não-madeireiro. A coleta da castanha-do-pará, apesar de representar abundante recurso natural na Terra Indígena Sete de Setembro, não trazia melhorias para a comunidade Suruí, porque não havia como escoar a produção. Em muitos casos, os índios chegavam a quebrar os ouriços, mas todo o trabalho era em vão. As castanhas apodreciam, por falta de transporte até o centro consumidor, ou seja, não resultava em grandes benefícios para os índios. Por isso, afirmou Martinho Andrade, a Funai precisava de parceiros, que pudessem financiar os projetos de interesse dos índios.A Funai propôs, e o MDS, por meio da Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional, se dispôs a participar. Foram estimados recursos de contrapartida, no valor de R$ 36.713,60, que deveriam ser disponibilizados até o dia 25 de outubro de 2008. No entanto, os recursos não chegaram em tempo hábil, e a Funai, para que o projeto não parasse, disponibilizou recursos da própria CGDC, num total de R$ 88.879,20. ?Não podíamos falhar, porque esse projeto representa, a curto prazo, uma alternativa para viabilizar as iniciativas de produção sustentável e geração de renda para aquele grupo indígena. Eram ações cruciais, que possibilitariam melhorar e aperfeiçoar o transporte da produção, incluindo sacaria, ferramentas, combustível e ainda aquisição de animais de tração e carroças, tendo em vista que o transporte da castanha era um dos maiores problemas enfrentados pelos índios”, esclareceu Martinho.Outros projetosA iniciativa não se resume à melhoria das vias de acesso ao castanhal ou ao aperfeiçoamento do transporte das castanhas. Além do aumento e melhoria da produção da castanha, com a abertura de acesso a novos castanhais, que elevará a produção, e conseqüentemente a busca de novos mercados, os índios Suruí de Sete de Setembro – cerca de 1.044 pessoas, distribuídas em 18 aldeias – terão também projetos de subsistência como roças e até mesmo apoio à criação de rebanho bovino e de peixes, possibilitando desenvolver atividades de forma independente.Esses últimos são projetos que até agora não eram otimizados, mas que podem ser implementados porque os recursos estão disponíveis. A atividade de piscicultura será apoiada em 2009, com recursos do MDS, a ser viabilizado por intermédio da Carteira Indígena do Ministério do Meio Ambiente. O projeto vai até setembro de 2009, incluindo a assistência técnica às comunidades envolvidas.A coleta de castanha da Terra Indígena Sete de Setembro teve início em dezembro de 2008 e se estenderá até mês de abril de 2009. Já foi contratada a quantidade de 30 mil quilos, no valor de R$1,50 por quilo, que representa R$45.000,00, conforme informações do administrador da Funai em Cacoal, Walmir de Jesus. A estimativa de produção de castanha da Terra Indígena Sete de Setembro, na safra 2008/2009, é de 60 mil quilos. Esse montante, segundo Walmir de Jesus, pode resultar em aporte superior a R$ 90.000,00 apenas com a renda do extrativismo da castanha pelos Suruí. O plano de extração vem sendo implementado entre os índios Suruí e a Administração da Funai em Cacoal, e toda a produção está sendo entregue na Aldeia Payman, da Terra Indígena Sete de Setembro. A principal compradora da produção é a associação indígena Panganhê do Povo Indígena Zoró, que já detém conhecimento de mercado.

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