Extrativistas do assentamento Vila do Tonhão (PA) assistiram, no dia 29 de novembro, ao anúncio de um pacote de medidas voltadas aos povos e comunidades extrativistas da Região Amazônica. As ministras do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e o interino da Casa Civil, Diogo Santana, anunciaram investimentos de R$ 712 milhões até 2016. Na ocasião, também foi lançada a publicação Brasil Sustentável – Políticas Públicas para os Povos da Floresta.
Tereza Campello fez um balanço das ações do governo federal voltadas aos extrativistas, como o Bolsa Verde e o Bolsa Família. “Isso é prova de que o país esta mudando e de que é preciso pensar para frente”, afirmou, destacando que é preciso olhar para as 24 milhões de pessoas que vivem na floresta. A ministra pediu ainda que a população continue cobrando seus direitos.
O MDS anunciou a inclusão de 3.880 famílias no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, como resultado de um mutirão de busca ativa do Plano Brasil Sem Miséria e do Bolsa Verde, realizado desde agosto no Pará. Além disso, em 2014, serão entregues 15 lanchas da assistência social para atender municípios da região Norte, no valor de R$ 5 milhões. As lanchas facilitam o trabalho de busca ativa e acompanhamento de famílias nos locais mais remotos. Serão distribuídas a municípios de todos os Estados da Região Norte, além de municípios do Maranhão, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Mais de mil lideranças extrativistas amazônicas e de outras regiões do país participaram do evento, para um diálogo com o governo federal sobre a pauta extrativista, que inclui demandas sociais, produtivas e de cidadania. São iniciativas e políticas públicas que fomentam atividades extrativistas na região, como regularização fundiária, planos de manejo, Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), criação de novas Unidades de Conservação (UCs), além de infraestrutura, gestão e educação. O anúncio foi feito durante o II Chamado dos Povos das Florestas, encontro organizado pelo Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) entidade que representa, politicamente, o movimento social deste segmento do Brasil.