Acaba de ser lançado o Plano Social Inclusão da Pessoa com Deficiência. Ao todo, serão investidos cerca de R$ 2,4 bilhões até 2010. Estão previstas medidas nas áreas de saúde, educação, infra-estrutura, transportes e habitação. O investimento na fabricação e concessão de próteses e órteses ? cadeiras de rodas, e muletas, por exemplo ?, foi a ação destacada coordenadora da Organização Nacional de Entidades de Deficientes Físicos Roseane Cavalcanti. De acordo com ela, atualmente há uma demanda reprimida de cerca de 1 milhão de pessoas que buscam esses aparelhos na rede pública. ?A falta de acesso impede a inclusão social dessa parcela da população?, acrescenta.
“A pessoa não consegue sequer chegar a um centro de reabilitação, a um hospital para fazer o tratamento. Se ela não consegue a reabilitação inicial, nunca conseguirá se incluir na sociedade, porque vai ficar em casa por falta de uma cadeira, de uma perna. Assim, não terá condições de chegar a uma escola, de se capacitar para o mercado de trabalho?, diz a coordenadora.
Cavalvanti chama a atenção para a dificuldade de se conseguir aparelhos de qualidade no sistema público de saúde. Segundo ela, há 11 anos o Sistema Ùnico de Saúde (SUS) não reajusta a tabela do valor pago pelas peças. ?Uma cadeira de rodas, na tabela, custava R$ 430 naquela época. Hoje se paga o mesmo valor. É impossível encontrar uma cadeira de rodas com qualidade e durabilidade por esse preço?.
O plano do governo prevê a implementação de dez oficinas ortopédicas até 2009. Segundo a coordenadora nacional para a Integração da Pessoa com Deficiência da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Izabel Maior, os investimentos nas oficinas e na produção de próteses e órteses será feito ano a ano até acabar com a atual lista de espera.
Fonte: Agência Brasil (www.agenciabrasil.gov.br/ ) , com base em matéria de Yara Aquino.