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Erradicação da Miséria

Dados da FAO revelam que há menos famintos no mundo


29 de maio de 2015

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) anunciou, dia 26 de maio, que o número de pessoas com fome no mundo caiu para 795 milhões. Em 1990 eram mais de 1 bilhão de famintos.

A FAO afirma que o próximo objetivo é a erradicação da fome. Segundo o relatório o “Estado da Insegurança Alimentar 2015″, nos países em desenvolvimento a prevalência da desnutrição sofreu uma redução de 23,3% há 25 anos para 12,9% agora.

Progresso Mais Lento

A prevalência da desnutrição mede a proporção de pessoas sem condições de consumir comida suficiente para manter uma vida ativa e saudável.

Em Roma, o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva falou sobre o relatório:

“Continuamos progredindo, mas o progresso é mais lento. A lentidão se deve ao fato de a crise ter atingido os países em desenvolvimento, particularmente os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Agora se vê mais claramente uma tendência que já se delineava antes com alguns bolsões de fome num mundo que caminha para a erradicação da fome. Nós temos algumas regiões que definitivamente ficaram para trás, Ásia do oeste, basicamente os países que estão em conflito e a África central, Subsaariana”.

Graziano da Silva disse ainda que o mundo pode erradicar a fome até a metade desse século. Segundo ele, “há alimento demais, é um problema de acesso aos mais pobres”.

Brasil

O documento mostra que o Brasil atingiu tanto os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), como os da Conferência Mundial de Alimentos.

Eles determinam a redução pela metade dos índices de pessoas que passam fome em comparação com os dados registrados em 1990, sendo que as metas da Conferência Mundial têm como foco os números absolutos da população e não apenas a porcentagem.

A FAO diz que atualmente menos de 5% da população brasileira está desnutrida, em 1990 eram 14,8%. Em números absolutos, houve uma redução de mais de 22 milhões para menos de 10 milhões agora.

De Lisboa, o representante da FAO junto à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Hélder Muteia, falou sobre o desempenho do Brasil e de outros países lusófonos:

“O Brasil foi naturalmente um dos países que melhor resultado alcançou comparado aos países desenvolvidos com vista à segurança alimentar. Mas também temos outros países como Angola e São Tomé e Príncipe que deram saltos quantitativos e qualitativos muito significativos. E temos outros países como Moçambique, Cabo Verde e Timor-Leste que de um modo global estão perto ou já alcançaram as metas do milênio.”

Progresso Prejudicado

O relatório afirma que 72 dos 129 países monitorados pela agência da ONU alcançaram os ODMs, com as regiões em desenvolvimento registrando bons desempenhos.

Ele revela ainda que o progresso em direção às metas de segurança alimentar foi prejudicado nos últimos anos por vários desafios econômicos globais.

O documento cita que condições climáticas extremas, desastres naturais, instabilidade política e guerra civil também ajudaram a impedir o avanço.

A FAO diz que além desses desafios, a população global aumentou 1,9 bilhão entre 1990 e 2015, o que dificultou ainda mais a tarefa de reduzir o número de pessoas que passam fome.

Fonte: Edgard Júnior, da Rádio ONU

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