O Japão vai reduzir sua emissão de gases causadores do efeito estufa em 15 por cento até 2020 em relação aos níveis de 2005. O anúncio foi feito no dia 10 de junho, pelo primeiro-ministro Taro Aso. O Japão, quinto maior emissor de CO2 do mundo, tem sofrido grande pressão dos países em desenvolvimento para comprometer-se com um novo acordo climático global, e analistas afirmam que a meta anunciada pode não ser suficiente para impulsionar as negociações.
A meta, que exclui a compra de créditos de carbono do exterior, é equivalente a um corte de 8% em relação ao nível das emissões de 1990. O Partido Democrático, de oposição e que lidera as pesquisas de opinião, disse que o corte de emissões deveria ser de 25% em relação a 1990.
“Muito pouco e muito tarde”, disse o professor Yoshi Murasawa, da Universidade de Tóquio. “Uma redução de 15% das emissões em relação ao nível de 2005 até 2020? Isso é apenas 8,5% de redução do nível de 1990.”
Em dezembro, a ONU vai promover uma discussão climática em Copenhague com o objetivo de selar um novo acordo climático global que substitua o Protocolo de Kyoto a partir de 2013. O anúncio do Japão é considerado um importante sinal das intenções de cortes dos países ricos para combater o aquecimento global.