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Jardim Botânico de Brasília inaugura projeto que resgata cultura indígena


7 de junho de 2016

Para conhecer aspectos culturais da tribo Krahô seria necessário viajar cerca de 450km a partir de Palmas (TO) e enfrentar algumas estradas de terra, sem quaisquer pontos de apoio, como postos de gasolina ou restaurantes. O Jardim Botânico de Brasília, no entanto, em parceria com a Fundação Pró-Natureza (Funatra) e a Bancorbrás, facilitou o percurso ao trazer alguns traços da comunidade a Brasília.

No dia 5 de junho, foi inaugurada a Trilha Indígena Krahô, a qual conta com um trajeto de 1,4km caracterizado por troncos marcados pelo grafismo típico da etnia, placas com dizeres tribais e pontos de contemplação. A iniciativa foi idealizada pelo engenheiro agrônomo Eduardo Freire, 59 anos. O agrônomo explica que o parque de preservação sempre elaborou projetos destinados às minorias e priorizou propostas que valorizassem o Cerrado brasileiro. Assim, surgiu a ideia de homenagear uma das maiores comunidades indígenas situadas no bioma. “Queremos colocá-los em evidência, mostrar seus valores e marcar seus costumes”, diz.

Para reproduzir fielmente os aspectos culturais, notou-se a necessidade de trazer um representante da tribo ao território brasiliense. Fernando Lima, engenheiro florestal da Funatra, conta que a organização do evento decidiu, então, convidar Feliciano Krahô, líder do povoado, ao Jardim Botânico. Lá, o índio pôde escolher o trajeto que hoje é utilizado como palco dos objetos artísticos, além de explicar aos artistas plásticos os valores, os costumes e a arte do povo Krahô, e designar quais árvores deveriam ser plantadas ao longo do caminho. “Ele observou todo o local, discorreu sobre a importância das plantas e mostrou as linhas de grafismo usadas por seu povo. Tudo isso ocorreu em forma de curso ou consultoria”, explica Fernando.

A partir desse ponto, 12 artistas brasilienses e componentes de variadas comunidades indígenas reproduziram, em pedaços de troncos colocados nos espaços de descanso e contemplação, os aprendizados assimilados no período compreendido entre 19 de abril e 5 de maio deste ano. Eles se referem aos quatro elementos — ar, terra, fogo e água — e às dualidades próprias da etnia, originada no Nordeste brasileiro. “Tudo que estará exposto é fruto de muito estudo. Buscamos retratar, ao máximo, essa cultura, que é tão bonita e, infelizmente, desconhecida por grande parte da população nacional”, afirma Janice Affonso, responsável pela coordenação das manifestações artísticas.

Fonte: Correio Braziliense

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