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Joelho computadorizado é testado pela primeira vez na América do Sul


13 de outubro de 2010

Um joelho computadorizado resistente à água e que pode ser regulado pelo próprio usuário. A tecnologia, desenvolvida nos Estados Unidos e lançada em maio na Alemanha, foi apresentada pela primeira vez na América do Sul no 3º Encontro Brasileiro de Amputados, que ocorreu de 30 de outubro até 2 de novembro, em Itapema (SC).


Para quem não tem parte do membro inferior, a novidade representa a garantia de independência. Com o joelho à prova de umidade, o amputado pode fazer atividades não permitidas a quem usa próteses comuns, como tomar banho sozinho, caminhar à beira da praia, andar na chuva e lavar carro.


Com um microprocessador que fornece respostas rápidas aos movimentos, o joelho eletrônico permite ao usuário regular a prótese sozinho, sem a necessidade de um técnico. Assim, o amputado pode mudar a velocidade e se adaptar rapidamente a diferentes tipos de terreno durante a caminhada, podendo, por exemplo, correr para pegar um ônibus.


Principal atração do evento, o joelho computadorizado está sendo testado em duas pessoas. Segundo os organizadores do encontro, o preço da prótese ainda não está definido, mas a intenção é que a tecnologia seja comercializada no Brasil o mais rápido possível.


O encontro reuniu 900 amputados e pessoas que nasceram sem um membro. Especialista em órteses e próteses, Agenor Souza, da organização não-governamental (ONG) Oportunizar, que organizou o encontro, ressalta que o evento não se resumiu à apresentação de novidades tecnológicas. ?Nosso principal objetivo foi fazer com que o amputado supere barreiras e se insira cada vez mais na sociedade e no mercado de trabalho?, diz.


Durante o evento, os amputados fizeram atividades esportivas, como escaladas, arvorismo, paintball. Participam ainda de aulas de golfe e de uma oficina de tênis promovida por uma entidade ligada ao tenista Gustavo Kuerten. Além disso, profissionais de saúde ministraram palestras técnicas e debates sobre a reintegração dos amputados à sociedade.


?Atualmente, muitos amputados ficam reclusos em casa porque não são estimulados a participar de esportes e desafios?, afirma Agenor. Ele defende um trabalho de conscientização sobre o tema e a parceria com os empregadores para garantir a inserção no mercado de trabalho: ?muitas empresas aposentam precocemente os funcionários que perdem um membro e se esquecem de que essas pessoas ainda podem ser bastante produtivas?, diz.


Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) existem 145 mil brasileiros sem pelo menos um dos membros. O número de usuários de próteses, no entanto, pode ser maior porque os dados são do censo de 1991 e exclui deficiências provocadas por doenças degenerativas. De acordo com a ONG Oportunizar, os acidentes automobilísticos, acidentes de trabalho, problemas vasculares e tumores malignos são as principais causas de amputamento no país.

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