Jovens da zona rural de Pentecoste, cidade a 92 quilômetros de Fortaleza (Ceará), estão sendo capacitados para gerenciarem pequenos empreendimentos. Eles aprendem a acessar crédito, redes de cooperativas e tecnologias que contribuem para o desenvolvimento da agricultura familiar.
A capacitação é promovida pelo Programa Jovem Empreendedor Rural, tecnologia social criada em 2009 pela Agência de Desenvolvimento Local (Adel), de Pentecoste, fundada e gerida por jovens de comunidades rurais do semiárido cearense. O projeto foi o 3º colocado na categoria Juventude, do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2013.
Um dos principais objetivos do programa é reduzir a migração de jovens da zona rural para a área urbana por falta de trabalho, muitas deles atraídos pela proposta de uma vida mais digna, com melhores empregos e facilidades na cidade, o que nem sempre acontece.
Além de contribuírem para a melhoria da agricultura familiar, os jovens desenvolvem cadeias produtivas locais e aumentam a produtividade e rentabilidade dos pequenos agricultores. Os integrantes do projeto são incentivados a cursarem o ensino superior e a retornarem para suas comunidades, a fim de aplicarem seus conhecimentos, habilidades e talentos na promoção do desenvolvimento sustentável local.
De acordo com Francisco Wagner, diretor executivo da Adel, o programa atende, hoje, a 320 jovens e, a partir de 2014, a intenção é reaplicar a tecnologia em outros territórios, levando informações sobre plano de negócio, fundo de crédito, computadores com internet, além de capacitação sobre fortalecimento organizativo.
“Somos filhos de agricultores familiares e trabalhamos para que os nossos jovens permaneçam na zona rural e perto de suas famílias. O Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social vai nos ajudar nessa importante tarefa. Além do dinheiro, recebemos material de divulgação, que será usado para ampliar o conhecimento das pessoas sobre o nosso trabalho”, afirma Wagner.
Prêmio A 7ª edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social recebeu 1.011 inscrições, de todo o país, e certificou 192 tecnologias. Esses projetos passaram a compor o Banco de Tecnologias Sociais da Fundação Banco do Brasil, um cadastro online com 696 soluções desenvolvidas e aplicadas por instituições, para os mais diversos problemas sociais.